quinta-feira, 28 de junho de 2007

Carlos Simon e Ana Paula. Machismo, ou conspiração?

No jogo Botafogo e Figueirense, válido pela semi-final da Copa do Brasil, a bandeirinha Ana Paula Oliveira anulou dois gols legais para o time carioca. A torcida botafoguense ficou revoltada com a atuação da bandeirinha, e com uma certa razão. Certa razão, pois o Botafogo chegou ali com a ajuda da arbitragem. Na rodada anterior, Carlos Eugênio Simon não dera um pênalti claro para o Atlético Mineiro, que se convertido, daria a classificação para os mineiros. Sua punição demorou mais de um dia para ser dada. No dia do jogo Botafogo x Figueirense, o presidente da Federação Brasileira de Arbitragem suspendeu Ana Paula Oliveira por 3 rodadas. Agora a FIFA a tirou de seu quadro de arbitragem. Afinal, se tiraram a Ana Paula, por que não tiram o Simon também?
Está certo que a Ana Paula Oliveira já vem cometendo alguns erros bizonhos há algum tempo, mas e Carlos Eugênio Simon? Não sei se vocês lembram, mas no jogo Itália vs Gana, na copa da Alemanha, o Simon não deu dois pênaltis claros para Gana. Se os africanos tivessem vencido, a Itália pegaria o Brasil na fase seguinte da copa e, provavelmente, a França nas quartas, adversários muito mais difíceis que Austrália e Ucrânia. Se não fosse pelo Carlos Eugênio Simon, a história da Copa teria sido completamente diferente.
No Campeonato Brasileiro de 1999, Simon apitou a final entre Atlético e Corinthians. Se esquecermos que o zagueiro corinthiano Índio tirou a bola da área com a mão (sem marcação de pênalti) e Marcelinho Carioca esmurrou a cara de Gallo, provocando um corte em sua bochecha, e não tomou sequer um amarelo, a arbitragem foi direitinha. Ah, não foi não! Belleti foi expulso ao fazer uma falta normal num corinthiano. E o Marcelinho jogou até o final...
E agora, mais recentemente, Carlos Eugênio Simon não enxergou o pênalti de Alex, do Botafogo, em cima do Tchô... Pênalti que todas as quarenta e tantas mil pessoas no Maracanã viram, que milhões de telespectadores viram, que 22 jogadores em campo viram... E só Carlos Simon não viu... E o que aconteceu? Botafogo venceu! Parabéns!
Pois é... Mas, vocês sabem o que o Botafogo, o Corinthians e a Seleção Italiana têm em comum? Força politica! Infelizmente, Itália, São Paulo e Rio de Janeiro têm mais força política, e mais voz, que Gana e Minas Gerais, que foram prejudicados. No jogo contra o Botafogo, o zagueiro Lima diz uma frase que resume tudo "Time do Rio é assim, sempre prevalece". E é verdade! Não adianta discutir, porque é mais do que provado que é. É só ver o caso das punições de Simon, que tirou 3 semanas de folga no Brasil, mas apitou jogos da Libertadores e está apitando jogos da Copa América, e de Ana Paula Oliveira, que está suspensa do Campeonato Brasileiro e da Fifa.
O ex-árbitro Oscar Roberto Godoy é outro ladrão, mas defende uma tese plausível. Árbitro que erra favorecendo time do Rio ganha prestígio junto à CBF. Querem exemplos? José de Assis Aragão fez uma das arbitragens mais polêmicas da históra na final do Brasileirão de 1980, vencido pelo Flamengo. Naquele ano, se tornou árbitro da Fifa. José Roberto Wright, naquele vergonhoso Atlético x Flamengo da Libertadores de 1981. Ele só faltou expulsar, nas palavras de Milton Neves, "o Aleijadinho e o Tiradentes". Por WO o Flamengo se classificou. E adivinhem quem apitou a final da Copa de 1990? O próprio.
Voltando à pergunta feita anteriormente, se expulsaram a Ana Paula, por quê não expulsam o Simon também. A resposta é a seguinte, Simon não foi expulso porque o Rio de Janeiro, São Paulo e a Itália foram favorecidas nas "arbitragens" dele. Acho que, para as arbitragens ficarem menos suspeitas (isso para não dizer mais honestas), pelo menos no Brasil, deveria começar mudando a cidade-sede da CBF. Afinal, a capital do país é Brasília há 47 anos. Então, por que não transferem a sede da CBF pra lá? Enquanto a sede estiver no Rio e as Forças do Eixo (sim, a ambiguidade com as Forças do Eixo da Segunda Guerra é proposital) estiverem no comando, o futebol brasileiro vai continuar do jeito que está.

Lucas C. Silva

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