quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Uma declaração de amor a uma senhora centenária


Belo Horizonte sempre foi pra mim um lugar mágico, idealizado e inalcançável. Talvez como uma Atlântida perdida no meio do mar de montanhas mineiras, como uma cidade perdida de Eldorado, ou mesmo a Pasárgada do poema de Manoel Bandeira, Belo Horizonte era um lugar lendário, uma terra de sonhos e belezas que eu apenas poderia imaginar.
Quando era guri, eu sempre chegava pra minha mãe e perguntava:
- Mãe, vamos pra Belo Horizonte?
- Nas férias a gente vai...
Férias vinham, férias iam e eu nunca ia pra Belo Horizonte... Aliás, falar que nunca tinha vindo para Beagá era mentira, mas sempre foram visitas rápidas aos parentes no Barreiro, nada que matasse minha vontade de turista de conhecer cada cantinho dos famosos pontos turísticos que eu tanto ouvia falar. Parque Municipal, Praça da Liberdade, Praça Sete, Mirante das Mangabeiras, Igrejinha da Pampulha e Mineirão... Ah, o Mineirão, casa daquele que foi por muito tempo meu amor maior em Belo Horizonte. Amor esse que agora tem que dividir o espaço no meu coração com uma linda moreninha de cabelos pretos, a única que consegue ser mais bela que o horizonte daqui...
Mas hein? Onde eu tava? Ah, sim, eu cresci ouvindo falar de todos esses lugares. Cresci imaginando todos esses lugares... enfim, cresci e ganhei a oportunidade de vir visitar Belo Horizonte.
A princípio a cidade se mostrou grande e intimidadora. Seu centro, planejado, cheio de cruzamentos que nunca vi em outro lugar se mostrou um labirinto digno de mitologia grega (sendo bem sincero, ainda não do conta de me virar no centro da cidade). Mas quando vi a Serra do Curral sorrindo pra mim, quando vi o Parque Municipal, um imenso jardim no meio da selva de pedras, quando, enfim comecei a conhecer melhor a cidade, não teve como não me apaixonar...
Mas, em Beagá, há dois lugares que me encantam de uma forma inexplicável. E, curiosamente, esses dois lugares estão em cantos opostos da cidade. Eles são a Lagoa da Pampulha e o Parque das Mangabeiras. Se você já foi lá, entende porque eu amo tanto esses cantinhos. Se você nunca foi, por mais que eu tentasse explicar o encanto desses lugares, eu não conseguiria alcanaçar 1% do que é estar lá... É só indo pra entender...
Aiai, Belo Horizonte querida. Cá estou e em breve te deixarei... Morrerei de saudade de cada cantinho que visitei, de cada boa lembrança que tenho daqui, de cada segundo que passei...
Obrigado por tudo, minha querida! Cuide bem de cada um desses cantinhos e especialmente daquela menina maravilhosa que te tornou ainda mais especial.
Em breve estarei de volta. E dessa vez sem partidas.



Lucas C. Silva

4 comentários:

Bruna disse...

Que lindo!
Eu nem lembro direito de beagá, só estive lá quando era bem cotó ;(
Acho muito bonita essa sua admiração pela sua cidade natal (é, não é?), e eu me sinto envergonhada pois deveria fazer o mesmo com a minha!
Beijos

Tyler Durden disse...

Talvez seja um problema meu, mas quando se mora aqui, BH não se torna tão poética assim.

É sim uma boa cidade, com boas pessoas e lugares, mas nem tudo são flores. Tenho muita vontade de me refugiar em outro lugar.

Ah! É super tranquilo andar no centro da cidade.... com pouco dias vc pega a manha.

Lucas Conrado disse...

Bruna, na verdade sou de Divinópolis, há uns 100 km de Belo Horizonte...

E Tyler... realmente, nem tudo são flores, mas eu amo BH radicalmente!

Anônimo disse...

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