quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus ano velho

Eu queria escrever um texto bonito sobre 2009. Queria fazer algo lírico, que tocasse o leitor e transmitisse tudo o que o melhor ano da minha vida significou pra mim mas, sabe-se lá por que, não está saindo nada de bom... Então vou tentar falar o que eu puder aqui. Espero que gostem, ou ao menos compreendam.
Esse foi o melhor ano da minha vida, onde (quase) tudo que eu queria que acontecesse, aconteceu. Realizei muitos dos meus sonhos, até aqueles meus mais secretos e irreveláveis. Voei de avião, viajei muito, andei de bicicleta, desenhei, escrevi, tirei muita fotografia e vi a lua cheia nascer na Lagoa da Pampulha ao lado de uma garota incrível.
Conheci meu cantor favorito, isto é, conheci primeiro suas músicas, depois o conheci ao vivo. O Vander Lee simplesmente escreveu a trilha sonora do meu ano. Ouvi suas músicas no Rio, ouvi suas músicas em Minas, ouvi suas músicas em Fortaleza. Ouvi suas músicas nos momentos mais felizes e mais tristes do ano. Mas nem só de Vander Lee viveu meu 2009 musical. Paula Fernandes, Pato Fu, Mariana Nunes, Milton Nascimento, Lighthouse Family, rock dos anos 80, César Menotti e Fabiano e até Tomate também deram as graças nesse ano que está acabando. Para completar a salada musical, não podia deixar de entrar aqui o cara que mais tenho ouvido nos últimos meses, um certo cantor uruguaio, vencedor do Oscar, Jorge Drexler... Uma espécie de Vander Lee cisplatino.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Canção da América

Um filme passa na minha cabeça.
Imagens soltas, de amigos felizes, comendo pizza, jogando Uno, discutindo trabalho, matando aula no shopping, viajando ou almoçando juntos... Estranha essa sensação de quando algo muito bom termina. Parece que tudo passou tão rápido, que não aproveitamos direito o tempo, que ficou algo por dizer...
Ficou algo por dizer?
Muito obrigado. Acho que se eu pudesse dizer algo a eles, esse algo seria muito obrigado. Marcelo, muito obrigado por suas histórias SEN-SA-CIO-NAIS; Vanessa, muito obrigado por seu abraço quando mais precisei; GG, muito obrigado por suas palavras de apoio; GP, muito obrigado pelos segredos guardados; Jacque, muito obrigado por me manter sonhando; Ana, muito obrigado pela companhia, especialmente naquela noite medonha em Saquarema; Tássia, muito obrigado pela companhia nos almoços do segundo período; Carol, muito obrigado por sua paciência, doçura e meiguiçe...
Não sei se esses agradecimentos estão saindo levianos. Eu queria dizer algo mais profundo, fazer uma homenagem personalizada a cada um de vocês, que fizeram meu ciclo básico, cada aula chata e insuportável valer a pena. Levianos ou não, os agradecimentos são de coração. Tem a sinceridade do tamanho da minha vontade e incapacidade de agradecer por tudo e pedir desculpas por todas as besteiras que falei. As palavras duras que por ventura eu soltei, foram da boca pra fora. As palavras doces, foram do coração!
Ainda não caiu a ficha. Parece que segunda vou chegar na sala de aula, encontrar o Gabriel Pereira no corredor, me sentar no canto direito da primeira fila, guardando o lugar da Vanessa, do Gabriel Guimarães e do Marcelo, enquanto Jacque, Tássia, Carol, Ana e o GP se sentarão logo atrás de nós. Parece que quando o primeiro professor faltar (ou não), correremos todos pra Saraiva do Rio Sul, ou pro Sujinho e lá passaremos um bom tempo cultivando nossa amizade. Parece ainda que no fim de alguma aula, todos nós iremos pro Bigode ou pra algum outro bar como fizemos na tarde de hoje, a última tarde em que fomos colegas de turma...
É, enquanto eu escrevo isso, a ficha começa a cair... e dói.
Colegas de turma não somos mais todos. Mas, com a experiência de quem já se mudou de estado, deixando grandes amigos para trás, digo que isso não significa o fim da nossa amizade. Digo mais, isso pode se tornar até o fortalecimento de nossa amizade.
Marcelo, Gabriéis, Jacque Tássia, Vanessa, Carol e Ana, chegou o momento que, apesar de não gostarmos, todos sabíamos que viria. Cada um, a partir de hoje, segue seu rumo. Mas, apesar de horários, aulas, estágios e tudo mais nos separarem, sempre estaremos juntos como grandes amigos que somos.
Saibam que quando eu realizar meu sonho de morar em Belo Horizonte, não serei de todo feliz. Uma parte de mim estará triste por estar a famosos 350 quilômetros de todos vocês. E minha casa nas alterosas montanhas mineiras estará sempre de portas abertas a todos vocês!

Seus cariocas safados, adoro vocês! Muito obrigado por tudo!

Me despeço de vocês com o carioca mais mineiro do mundo: Milton Nascimento.


Canção da América

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier

Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

PS. Porra, olha o que vocês me fizeram! Estou lendo essa letra com um nó na garganta!

Lucas C. Siva