sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sobre Einstein, Ouro Preto, italianos e um amor que só eu não sei que não sinto.

2:41 da madrugada de sexta-feira. A semana demorou um mês pra passar. Sabe quando você espera sua vida toda por algo e, a medida que ela vai se aproximando, mais o tempo demora a passar? Pois é...

Li, certa vez, o básico do básico da Teoria da Relatividade de Einstein. Ela diz que, quanto mais rápido você se move nas três dimensões (altura, largura e profundidade), mais devagar você se move na quarta dimensão, o tempo. Até tem uma explicação razoável para isso, mas é longa demais pra um blog não científico! A questão é, sim, Einstein estava certo, o tempo é relativo. Minhas manhãs de segunda e quinta passam numa lerdeza incrível enquanto que, para outras pessoas, pode passar numa velocidade incalculável. O que determina a velocidade do tempo é sua ansiedade, a vontade que você tem de não estar ali. Aulas de filosofia e a vontade de viajar para Minas fazem meus relógios quase girarem em sentido anti-horário.

2:48. Olha o tanto que escrevi em tão pouco tempo para os relógios. Amanhã, uma hora dessas (talvez quando você estiver lendo esse texto é "hoje", ou "ontem" ou "mês passado") visitarei (visitei) pela primeira vez Ouro Preto. Droga, detesto blog-diário! Desculpe, eu não queria fazer isso. Já me exponho demais no Twitter, não quero passar isso pro blog também (tarde demais). Que seja, é uma viagem que, por uma série de motivos, sempre quis fazer. E, a medida que a hora avança (2:49), ela parece passar mais devagar. E continuo aqui parado, ou me movendo na mesma velocidade em que me movia quando o um minuto durava um minuto.

Engraçado que, ao mesmo tempo que o tempo move devagar, ele se move rapidamente. Enquanto escrevo essas bobagens, deveria estar pesquisando sobre a imigração italiana no Brasil. Quarta-feira gravarei, com alguns colegas de faculdade, um programa para a Rádio CBN, justamente sobre esse assunto. Ontem (anteontem, na verdade, são 2:52) apresentei um seminário sobre a biografia do Juscelino Kubitscheck, um livro de quase 1000 páginas. Incrível que, olhando por esse lado estudantil, o tempo voa. Me sento para escrever um trabalho que, para alcançar o tamanho que esse texto, que chegou aqui em 13 minutos, demoraria uns 30 minutos, mesmo que, pra mim, passou no mesmo tempo. O tempo é relativo, coisas que devem chegar rápido, demoram a chegar; o que deve demorar a chegar, chega rápido. O feriado em Ouro Preto vai durar o tempo que demorei para escrever essa frase. E, quando eu perceber, vou ver que não aproveitei tempo suficiente e vou sentir saudade dessa ansiedade para ver a menina que não amo.

Sim, não a amo. Por convicção? Não, por maioria de votos! Graças a democracia! PT e PSDB, Grifinórios e Sonserinos, Atlético e Cruzeiro, Aliança e Império se uniram para determinar que não a amo e nunca amei ninguém. Amor é um sentimento abstrato que pessoas que estão fora de mim, que não sabem o que eu penso, não sentem o que eu sinto, não planejam o que eu planejo sabem que eu não sinto e não tenho capacidade intelectual/espiritual/filosófica/emocional para alcançar. Sou apenas um cara jovem demais, inexperiente demais, plâncton demais, como meu chefe costuma brincar, para saber o que amor é.

Tá, cansei desse momento menininha-de-treze-anos-que-acabou-de-abrir-um-blog. Se eu continuar assim, daqui a pouco estarei ouvindo Simple Plan! São 3 horas da manhã e amanhã tenho que acordar às 9 pra terminar o trabalho!

Bom feriado a todos, até mais e obrigado pelos peixes.

Da próxima vez volto ao Meus Pensamentos que, coitado, anda abandonado, com uma postagem decente!

3 comentários:

Bruna disse...

o tempo é mesmo relativo.

ou quem sabe os espaços que são?

há uma correspondência: toda vez que estamos com pessoas queridas, o tempo passa rápido. Quando estamos longe delas, as horas se arrastam...

Nicole Ayres disse...

O tempo é mesmo relativo, mas ultimamente eu tenho achado que tudo passa tão rápido que a gente mal percebe... Assusta um pouco isso.
Espero que tenha feito uma boa viagem!

Seguindo!

Abraços!

http://vivereler.blogspot.com/

Daisy disse...

O tempo é na realidade algo de abstracto! Se o usufruímos bem passa veloz, senão parece uma tartaruga que não sai do sítio!
Gostaria que o meu tempo fosse sempre veloz, sinal de que estava a aproveitá-lo bem.