“Não passam de traidoras nossas dúvidas, que às vezes nos privam do que seria nosso se não tivéssemos o erro de tentar”
William Shakespeare
William Shakespeare
Posso desabafar? Escrevi esse texto há tanto tempo que nem lembrava dele. Hoje o reli. Achei ingênuo, mas também bonito. É crônica? Acho que não. Parece página perdida em caderno velho. Vai exatamente como está, com essa citação metida a besta, que não conhecia na época. Vamos ao texto adolescente:
As duvidas nos paralisam. Contar ou não contar que a ama? Vale o risco, com a sempre possível nuvem do desprezo? Por outro lado, não agir, covardemente não agir é reservar para si uma vida feita de não-acontecimentos. Na dúvida, prefira o erro à omissão.
Se pudéssemos saber o que os outros pensam, muitas dessas dúvidas estariam magicamente resolvidas. Mas aí, onde a graça da conquista, onde o mérito de vencer a dúvida, o medo, a timidez? Uma declaração de amor é sempre um ato de coragem, um salto no escuro sem que se possa saber o que nos aguarda lá embaixo. Lembro de uma frase que li certa vez: “Leve em consideração que grandes amores e grandes conquistas envolvem grande risco”. Não há vida sem riscos. Viver é muito perigoso, conclui o poeta.
As duvidas nos paralisam. Contar ou não contar que a ama? Vale o risco, com a sempre possível nuvem do desprezo? Por outro lado, não agir, covardemente não agir é reservar para si uma vida feita de não-acontecimentos. Na dúvida, prefira o erro à omissão.
Se pudéssemos saber o que os outros pensam, muitas dessas dúvidas estariam magicamente resolvidas. Mas aí, onde a graça da conquista, onde o mérito de vencer a dúvida, o medo, a timidez? Uma declaração de amor é sempre um ato de coragem, um salto no escuro sem que se possa saber o que nos aguarda lá embaixo. Lembro de uma frase que li certa vez: “Leve em consideração que grandes amores e grandes conquistas envolvem grande risco”. Não há vida sem riscos. Viver é muito perigoso, conclui o poeta.