domingo, 4 de dezembro de 2011

Uma crônica de coração e sonhos despedaçados

Sou um romântico. Romântico à moda antiga, que quer se casar e ter filhos. Vou relatar nas linhas abaixo, o sonho que eu tinha há exatos 11 meses. Antes, uma pequena contextualização da época.

Em janeiro de 2011, estava no auge da minha felicidade. Um estágio legal, num grande canal de TV e que pagava bem, férias chegando, tinha alguém que dizia gostar de mim. Tudo que um cara com quase 22 anos gostaria de ter. Além dessas realizações, eu tinha um sonho, que contei para essa garota num ônibus, voltando de Ouro Preto. O sonho era:

Dali a alguns anos, nós iríamos nos casar. Eu estaria morando em Belo Horizonte, perto dela, poderíamos dividir um apartamento e começar uma vida a dois. Depois de alguns anos juntos, com carreira estabilizada (na medida do possível, contando que eram duas pessoas formadas em Jornalismo), poderíamos ter filhos. Dois estão de bom tamanho.
Quando tivéssemos filhos, iríamos, nos fins de semana (que não viajássemos pra Carmo do Cajuru, Piranga, Ouro Preto ou qualquer outra cidade dessas), ao parque. Parque Municipal, Parque das Mangabeiras, Parque Ecológico da Pampulha, Lagoa do Nado, etc... Não gosto desse negócio de shopping (apesar de ir a um todo final de semana), prefiro o ar livre. A garota de quem eu gostava também tem essa opinião. Durante todo tempo que ficamos juntos, só íamos ao shopping para ir ao cinema. Isso porque cinemas na rua são cada vez mais raros na Belo Horizonte de hoje. Bem, mas voltando, criaria meus filhos nos parques, brincando ao ar livre.
Os guris teriam um time definido (pelo pai). Seriam atleticanos. A mãe era cruzeirense, mas pergunta pra ela o nome de três jogadores do Cruzeiro? Os guris teriam de seguir o pai, conhecedor da história do clube, orgulhoso de mostrar ao mundo a camisa alvinegra. Todo domingo iríamos ao Mineirão, comer tropeirão e vibrar com mais uma vitória do time! Se o time perdesse, paciência, no jogo seguinte estaríamos lá de volta e vibraríamos com uma vitória que certamente viria!

E assim viveria minha vida, nossas vidas. Felizes para sempre? Sei lá, não sei se acredito em contos de fada. Mas viveríamos felizes. 

Bem, esse era o meu sonho. Sonho que, pouco a pouco, e pelas mãos de muitos, foi sendo destruído. Pra começar, a garota foi embora. E hoje, vi um golpe duríssimo direto no meu coração, quase tão duro quanto aquela noite de sábado que ela me disse que não queria mais nada comigo. A falta de comprometimento, de caráter do Clube Atlético Mineiro com seus milhões de torcedores, que se mobilizaram no Brasil inteiro para ver o time jogar foi um golpe duro demais para esse meu coração suportar.

Vou dormir hoje com o coração em pedaços, como venho fazendo ao longo do ano. Quando finalmente colo os cacos de um relacionamento subitamente terminado (NÃO VENHA ME FALAR QUE NÃO FOI ASSIM PORQUE FOI!), vem o Atlético, último repositório do meu amor pra me trair desse jeito.

O pior, para o Cruzeiro da minha ex-namorada!

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