"Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem"
Sempre fui muito cético quanto a fantasmas, espíritos etc. Aliás, ceticismo acho que é demais. Não desacredito neles, mas também estou longe de acreditar. Mas, em meados de 2008, aconteceu algo na casa da minha avó que abalou um pouco dessa descrença.
Minha avó é uma mulher meio econômica. Evita desperdício de água, usa o fogão a lenha para gastar menos gás, não prolonga muito os banhos e sempre que sai de um quarto, apaga as luzes. Tendo em mente essa última recomendação, nos dias que eu passei na casa da minha avó - só eu e ela - tentei fazer o mesmo. Após passar o dia inteiro andando de um lado pro outro em Carmo do Cajuru, eu ia para a casa dela - já de noite - para tomar banho. Entrava no meu quarto, pegava a toalha, as roupas limpas, apagava as luzes, atravessava a copa e entrava no banheiro. Era tudo tão automático que eu nem prestava atenção no que fazia. Até porque, geralmente, eu fazia isso ouvindo música, pensando em alguma garota, ou sei lá, planejando as aventuras do dia seguinte.