tag:blogger.com,1999:blog-3517274709492281602024-03-02T22:46:09.086-03:00Meus PensamentosAs loucas idéias de um cara normalLucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.comBlogger338125tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-77007228504682584092024-02-29T19:05:00.000-03:002024-02-29T19:05:00.657-03:00... mais oito anos<p data-mrf-recirculation="Corpo Artigo" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #0f0f0f; font-family: Lato, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 24px; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;"><span style="background-color: transparent;">29 de fevereiro de 2024.</span></p><p>Eu nem lembrava, mas em 29 de fevereiro de 2008, eu escrevi como estava a minha vida. Em 29 de fevereiro de 2012, dei uma atualizada. Em 2016 também. Em 2020, me esqueci e estou aqui em 29 de fevereiro de 2024.</p><p>Onde estou agora? No hospital. Estou bem, eu acho, com dores nas costas e nos ombros, mas to bem. O hospital fez um monte de cagada com a marcação do meu exame. Era pra ter sido 20 dias atrás. Não foi... enfim...</p><p>Passei o olho pelos posts anteriores. Em um deles, eu sonhava ser jornalista em Belo Horizonte. Em outro, eu tinha largado a profissão e tinha acabado de fazer a banca da ANAC para ser comissário de voo. Hoje, eu sou comissário de voo.</p><p>Estou prestes a completar um ano na nova companhia aérea. Trabalhei em outra, anos atrás, que faliu. Apesar dos perrengues desde 2019, estou aí, firme e forte. Não moro em Belo Horizonte, como eu queria. Mas moro do lado, em Vespasiano. Um apartamento alugado desde 2017. Tenho uma coleção de videogames na sala, como eu queria. Estou montando uma maquete de ferromodelismo, como eu queria desde criança.</p><p>Na sala ao lado ali, minha namorada me espera. Carinha de nerd, óculos, cabelos cacheados, mineira... definitivamente, a menina que eu sonhava quando tinha 19 anos e escrevi o primeiro texto.</p><p>Mudei muito desde então. Realizei muita coisa. Ainda tenho mais o que realizar. Ser comissário de voo instrutor, comprar meu carro (um HB20?), me casar com a mineira de cabelos cacheados da sala ao lado... vamos ver o que vai acontecer até 29 de fevereiro de 2028.</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-30027097328261841482023-06-27T12:12:00.002-03:002023-06-27T12:12:28.633-03:00No Aeroporto<p>Isso aconteceu no Aeroporto de Congonhas, em alguma noite fria no fim de maio.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckN-vjXk7Mucp3NxKYSQtjELYe6rQWMXOp7QlBGrH7hWTI2XgGmIqNyRjIF0OxPcYjXxjFWVu_KYWUlVE9ck08AMDtrjPL9hj3uavdt5rMmtUHREM6KL6y50J6sqci3O--q1mHLddAkvFkqeDTcUHVp3dGvpBFf5wlud_voz_QIDfIGT8xAc41yd1tI4/s600/no%20aeroporto.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckN-vjXk7Mucp3NxKYSQtjELYe6rQWMXOp7QlBGrH7hWTI2XgGmIqNyRjIF0OxPcYjXxjFWVu_KYWUlVE9ck08AMDtrjPL9hj3uavdt5rMmtUHREM6KL6y50J6sqci3O--q1mHLddAkvFkqeDTcUHVp3dGvpBFf5wlud_voz_QIDfIGT8xAc41yd1tI4/s16000/no%20aeroporto.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Avião parado na remota, no aeroporto de Congonhas (foto: Lucas Conrado)</td></tr></tbody></table><br /><p>Depois de ter voado alguns dias, chegou a tão esperada folga. Eu ia passar uns 3 dias em casa, para comemorar o aniversário da minha mãe. Uma das vantagens de ser comissário de voo é poder pegar carona para casa, desde que houvesse vaga no voo. E, para saber se há vaga no voo, a gente costuma esperar o fim do embarque</p><span><a name='more'></a></span><p>Pois bem. O voo para Confins ia sair da remota, isso é, o avião não estava parado no portão. A gente precisaria pegar um ônibus até o pátio do aeroporto. No entanto, como era fim de embarque, não tinha gente suficiente para mandarem o ônibus. Dessa forma, enviaram uma van, onde entraram uns cinco passageiros. Além de mim, estava na van um comissário novato da empresa, alguns passageiros aleatórios e uma mulher em específico.</p><p>Essa mulher era branca, magra, um pouco mais baixa que eu. Tinha cabelos curtos e pretos. Ela deixou a mala no bagageiro e se sentou na primeira fileira da van. O comissário novato se sentou ao lado dela. Por fim, me sentei ao lado do comissário, que não estava uniformizado. Inclusive, estranhei ele se sentar ao lado daquela mulher. Vocês vão saber por quê.</p><p>O garoto era bem mais novo que eu e estava, ao mesmo tempo, empolgado e preocupado com a nova empresa. Tinha tido um problema no check-in e estava com receio de ser reportado pelo pessoal de solo. Assim, eu tentava tranquilizá-lo, dizendo que ele não tinha feito nada de errado. Então, ele se virou para a mulher e perguntou de forma amigável:</p><p>- Oi, você também mora em BH?</p><p>Ela respondeu de forma simpática:</p><p>- Moro sim. Tô voltando pra casa.</p><p>Aproveitei para falar com ela (queria falar com ela desde que a vi na van)</p><p>- Oi, Fernanda, prazer. Sou muito fã do seu trabalho.</p><p>O comissário me viu estender a mão para ela e perguntou confuso:</p><p>- Como você sabe o nome dela?</p><p>- Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu - respondi calmamente.</p><p>O comissário fez cara de paisagem e a Fernanda respondeu:</p><p>- Relaxa, ele é novinho, não conhece a gente.</p><p>Continuamos conversando. Falei com a Fernanda sobre um show do Pato Fu que assisti no SESC Itaquera ali no começo dos anos 2000. O comissário novinho ainda não sabia quem ela era. Vida que segue. Aí, o garoto se virou para mim e disse:</p><p>- Deixa eu te falar, eu to indo pro centro de Belo Horizonte e o taxi do aeroporto é bem caro. Você não quer dividir comigo?</p><p>- Cara, eu até dividiria. O problema é que eu moro em Vespasiano, se a gente for rachar a conta do taxi, vai ficar muito caro pra mim. É perto do aeroporto.</p><p>E foi nesse momento que eu percebi que eu estava velho. Ele se virou para a Fernanda Takai e perguntou:</p><p>- Você mora onde?</p><p>- Na Pampulha - ela respondeu.</p><p><i>Ele não vai fazer isso</i>, eu pensei. O novinho continuou:</p><p>- Eu moro no centro de Belo Horizonte e vou pegar um taxi. Você mora na Pampulha, é caminho, você não quer dividir o taxi comigo?</p><p>Naquela hora, eu não sabia o que fazer. Não sabia se ria, se cutucava ele, se pedia pro motorista da van parar no meio do aeroporto... não sabia o que fazer. Simpática, a Fernanda Takai disse que o carro dela tava no aeroporto, algo assim. Pro meu alívio, ele não pediu uma carona, sei lá, até a Estação Pampulha.</p><p>Minutos depois, a van estacionou próxima ao aeroporto. Assim como os outros passageiros, a Fernanda pegou a mala e subiu logo pro avião. Quando descemos da van, virei pro novinho e falei:</p><p>- Chega aqui, por favor.</p><p>Ele veio caminhando e eu comentei:</p><p>- Cara, como te falei, a Fernanda Takai é vocalista do Pato Fu, provavelmente umas das 3 maiores bandas da história da música mineira. Eles gravaram dezenas de discos. Já fizeram música de abertura de novela. Já ganharam vários prêmios. Até onde sei, eles já tocaram no Rock in Rio (<i><u><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=G3WwyIj41Ks&ab_channel=Ax%C3%A9DVDs"><span style="color: #38761d;">eles tocaram, sim, como você, leitor, pode ver aqui</span></a></b></u></i>)...</p><p>O garoto foi arregalando cada vez mais os olhos e, no fim, emendou:</p><p>- E eu ofereci dividir um taxi com ela.</p><p>- Ofereceu - respondi, segurando o riso.</p><p>E assim, fui voando de São Paulo a Belo Horizonte rindo, ao lembrar do garoto que ofereceu dividir um taxi com a Fernanda Takai.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="343" src="https://www.youtube.com/embed/SuiEx9e6Xsw" width="481" youtube-src-id="SuiEx9e6Xsw"></iframe></div><br /><p><br /></p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0Aeroporto de São Paulo / Congonhas (CGH) (CGH) - Av. Washington Luís, s/nº - Vila Congonhas, São Paulo - SP, 04626-911, Brasil-23.6262496 -46.6594981-51.936483436178847 -81.815748100000008 4.6839842361788442 -11.5032481tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-77494590326440739042023-02-24T13:09:00.004-03:002023-02-24T13:18:09.730-03:00Ferromodelismo 101: comprando e pintando o primeiro trem<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXxEHSGYDVabwLbgrarkaZTNBuHk0KLBlSPqGxgmxSu2ymEyAGcLAIzFhaUCjRoc6rtPUehEM_V6dNV746fHTG5cNOzvvS1IZornQNBVEgsCMJdvL2MRbtGxn4q4iWpCLjI9p545jLf_aU5OI2-MfkUjzmapvD6xXCbLY0ZWImZgOigxXt0zfPCnDg/s600/trem%201.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXxEHSGYDVabwLbgrarkaZTNBuHk0KLBlSPqGxgmxSu2ymEyAGcLAIzFhaUCjRoc6rtPUehEM_V6dNV746fHTG5cNOzvvS1IZornQNBVEgsCMJdvL2MRbtGxn4q4iWpCLjI9p545jLf_aU5OI2-MfkUjzmapvD6xXCbLY0ZWImZgOigxXt0zfPCnDg/s16000/trem%201.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Meu primeiro trem já envelhecido! (foto: Lucas Conrado)</td></tr></tbody></table><p>Estou viciado em ferromodelismo! Na verdade, sempre gostei de modelos de trens. Com um dinheiro que ganhei de aniversário, comprei o meu primeiro modelo de trem e me apaixonei. Depois de ter comprado umas tintas e pintado os modelos, aí que me apaixonei de verdade! Vou contar aqui os primeiros passos nesse novo hobby, incluindo o que aprendi e os erros que cometi.</p><span><a name='more'></a></span><h3 style="text-align: left;">A primeira locomotiva</h3><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYkJF-vSQ5IHexeWDKCXoXNBa9vvxVhqp97cOdz7L1jR4jci1Qecto0rbGObDfZBW6E60lx6NKcIk5opxclDblQzB1IPpetnQgYlPv5WuV-owy7db3MjclK9skuHHj2NqM1Zwu6Hy6It9HOGbWdBGml04XBZVCU8ZkS-RUzx5QzMleDcop2-wlSUGA/s600/locomotiva%201.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYkJF-vSQ5IHexeWDKCXoXNBa9vvxVhqp97cOdz7L1jR4jci1Qecto0rbGObDfZBW6E60lx6NKcIk5opxclDblQzB1IPpetnQgYlPv5WuV-owy7db3MjclK9skuHHj2NqM1Zwu6Hy6It9HOGbWdBGml04XBZVCU8ZkS-RUzx5QzMleDcop2-wlSUGA/s16000/locomotiva%201.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A G22CU da RFFSA, empresa que meu vô trabalhou. O DC-10 da Varig, empresa que meu pai trabalhou. Sou a terceira geração da família a trabalhar em empresa de transportes.</td></tr></tbody></table><p>Como falei, sempre fui apaixonado por trens, apesar de não entender (quase) nada sobre eles. Eu só sei que queria uma locomotiva da Rede Ferroviária Federal, já que é a empresa onde meu avô paterno trabalhou. Além disso, cresci vendo as locomotivas vermelhas e amarelas cruzarem Carmo do Cajuru (MG). A princípio, eu ia pegar a ALCO FA-1 (mais conhecida como Biriba), que tem aquele desenho aerodinâmico bonitaço, bem parecido com o das <b><u><a href="https://www.american-rails.com/images/96920952387123642735y2751798290673978.jpg">EMC da série E</a></u></b> que sempre achei lindas. Mas, na minha procura, acabei pegando uma EMD G22CU da Frateschi, que tava com um bom preço no Mercado Livre. Peguei essa locomotiva porque ela parecia mais com as que eu via em Cajuru quando era criança. Queria um dos modelos que cresci vendo. Mas aí, eu cometi 2 erros. </p><p>O primeiro foi comprar pelo Mercado Livre. Até porque eu comprei na <b><u><a href="https://www.minimundi.com.br/">Minimundi, uma loja de miniaturas de Belo Horizonte, relativamente perto de casa</a></u></b>. Se eu tivesse comprado direto no site deles, teria pago uns 20 reais mais barato na locomotiva, já que o Mercado Livre morde uma taxa. E o segundo modelo foi na escolha da locomotiva. Apesar de ser linda, a G22CU não rodava em Minas Gerais. Pelo que andei lendo em blogs, ela foi importada da Espanha direto para o Sul do Brasil, <a href="http://vfco.brazilia.jor.br/diesel/ALL/17-g22cu-4453-4474.shtml"><b>onde roda até hoje nas cores da América Latina Logística (ALL), agora comprada pela Rumo</b></a>.</p><p>A ideia era colecionar locomotivas, mas a chegada dos vagões me fez mudar de ideia e querer ter uma maquete de ferrovia em casa.</p><h3 style="text-align: left;">O primeiro vagão e trilhos</h3><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis4sljrU0T66OyOzDD2FaEKmkCV6L2R8IZesfkxVqsOXWpKdbntA6TwfkRO5k7mU-de3wOUjHfmHiLsNk6-7XadoVNAnZidPg-qJY5blFeC_P2pPWfBXbC4ddsLJtodV-ZCPqdV8_uBBffEJJYnQwuo-OP8kbyTEZ4i0IuNQrIbATo0atW4qvS6GhV/s600/primeiro%20vag%C3%A3o.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis4sljrU0T66OyOzDD2FaEKmkCV6L2R8IZesfkxVqsOXWpKdbntA6TwfkRO5k7mU-de3wOUjHfmHiLsNk6-7XadoVNAnZidPg-qJY5blFeC_P2pPWfBXbC4ddsLJtodV-ZCPqdV8_uBBffEJJYnQwuo-OP8kbyTEZ4i0IuNQrIbATo0atW4qvS6GhV/s16000/primeiro%20vag%C3%A3o.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A locomotiva, o vagão de minério e os primeiros trilhos.</td></tr></tbody></table><p>Uma coisa me incomodava no meu modelo: o trem solto, sem o trilho. Ainda com o dinheirinho do aniversário na conta, e vendo que cada trilho custava uns 5,60, decidi comprar o trilho para a locomotiva repousar. Mas ainda tava com uma graninha do aniversário e acabei levando dois trilhos mais o meu primeiro vagão: uma gôndola de minério. Dessa vez, o primeiro acerto, comprei direto no site da Minimundi e coloquei para buscar na loja. O Mercado Livre não ia morder nada. Chegando lá, o cara da loja me falou um negócio que eu deveria ter levado em conta. Ao invés de pegar os trilhos, locomotiva e vagões avulsos, eu deveria ter comprado o <b><u><a href="https://www.frateschi.com.br/web/trem-eletrico/">kit Meu Primeiro Trem Elétrico, da Frateschi</a></u></b>. Acabaria gastando menos e teria um circuitinho básico pra poder brincar com a locomotiva.</p><p>Por que não peguei o kit a princípio? Porque eu não queria um circuito. Queria é colecionar locomotivas, da mesma forma que coleciono aviões. O problema é que o bichinho do ferromodelismo já tinha me picado e eu já estava viciado em vídeos de maquetes no YouTube. Mas era tarde demais, a locomotiva já estava comprada. Assim como o primeiro vagão.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD9A00qWkMQbc4HUQYmhjNfbpsYvNU4pc2GSBg9eQKQ1eMyDAZqsV2i71kfy6mSMQhzedxsjkvZR4w2OBGwG6vVuEjorLeHr3MbZ7HEZJvsHfuCBlY3QQsU5GKr71x5vmO_sxS3hkI7RM2U3SHBVd8pEHDCA9oq8-EV_CRfR3z0KRtZFL4_oqnD01n/s600/trilhos.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD9A00qWkMQbc4HUQYmhjNfbpsYvNU4pc2GSBg9eQKQ1eMyDAZqsV2i71kfy6mSMQhzedxsjkvZR4w2OBGwG6vVuEjorLeHr3MbZ7HEZJvsHfuCBlY3QQsU5GKr71x5vmO_sxS3hkI7RM2U3SHBVd8pEHDCA9oq8-EV_CRfR3z0KRtZFL4_oqnD01n/s16000/trilhos.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O trilho original da Frateschi é com os dormentes pretos. Pintei de marrom para ficar com uma carinha mais real.</td></tr></tbody></table><p>Enfim, foi nesse dia que comecei a personalizar o meu modelo. Ainda não tinha confiança para pintar os trens, então fui pintar os trilhos. Os mais especialistas mandam a gente usar o aerógrafo, mas ele é caro e não tenho condições de comprar agora. Acabei pintando com pincel e tinta acrílica mesmo e o resultado não ficou dos piores. Demorou demais, mas deu certinho. Ficou legal no fim das contas.</p><h3 style="text-align: left;">Salto de fé: bora envelhecer os trens!</h3><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWhRXAsby1AiP3DL_-sU6GA--QwpU0h8onlkYK8m5YLN5o14wxR6mmd6GIOR5M_TNgIz5WFGZcE3HxkYFkg1uMAuVvEgRGqztiqlS9zt0SKcnaWR6kVdwMX4fVLk_HLakOooPErrWUYMCYY74JJ3EI-YJkLY4tiyrwBLjTylKC5fR7DmfqQxu7HKdz/s600/trem%20vanilla.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWhRXAsby1AiP3DL_-sU6GA--QwpU0h8onlkYK8m5YLN5o14wxR6mmd6GIOR5M_TNgIz5WFGZcE3HxkYFkg1uMAuVvEgRGqztiqlS9zt0SKcnaWR6kVdwMX4fVLk_HLakOooPErrWUYMCYY74JJ3EI-YJkLY4tiyrwBLjTylKC5fR7DmfqQxu7HKdz/s16000/trem%20vanilla.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estava bem feliz com meu trenzinho, mas faltava alguma coisa nele...<br /></td></tr></tbody></table><p>Eu tava bem feliz com o meu trem, mas tava faltando alguma coisa nele. Eu sabia o que era, mas tava sem saber se teria coragem de fazer o que precisava. Nos vídeos do YouTube e contas de ferromodelismo no Instagram, as locomotivas estavam sujas e envelhecidas como as reais. Olhava pro meu trem e ele não estava com aquela cara de trem real. Comecei a olhar técnicas de envelhecimento e a maioria envolvia o uso do aerógrafo, que eu não tenho. Mas aí, achei um vídeo com uma técnica que usa pincel e tinta acrílica fosca. Tomei coragem. Fui testar no vagão.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="318" src="https://www.youtube.com/embed/n4BupSOHSAE" width="484" youtube-src-id="n4BupSOHSAE"></iframe></div><p>Comecei pintando a parte de dentro do vagão. Se não desse certo, pelo menos o estrago não seria tão grande (e seria mais fácil limpar). Hm, começou dando certo e ficando com o resultado melhor que eu esperava. Na verdade, ficou MUITO melhor do que eu pensei que conseguiria fazer. Ainda peguei a minha caneta de escrever em CD e fiz umas pichações no vagão. Modéstia à parte, mandei bem. A pintura ficou bem legal, ainda mais considerando que sou novato na área. Joguei um pouco de tinta marrom e laranja em algumas bordas para simular poeira e ferrugem e gostei bastante do resultado. Com confiança, fui pintar a locomotiva.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wJHR3Mk_4HHfRUINVhomCBzXUJqVxSNDpA7O4XC5xOLVPaBWk6gCpIfwDk-PduvZmBhHnKsQkdZKh92EOS9p2TSj_44FFH5x4aknu0tqsGQxhbDAaAgG1WAaCutIZuHodDzAncVnaWlxiG-jjA5J5b5JbrcI-Whh94QBVVNnwNDdJ8t7WJ2mH9Gz/s600/como%20era%20e%20como%20ficou.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wJHR3Mk_4HHfRUINVhomCBzXUJqVxSNDpA7O4XC5xOLVPaBWk6gCpIfwDk-PduvZmBhHnKsQkdZKh92EOS9p2TSj_44FFH5x4aknu0tqsGQxhbDAaAgG1WAaCutIZuHodDzAncVnaWlxiG-jjA5J5b5JbrcI-Whh94QBVVNnwNDdJ8t7WJ2mH9Gz/s16000/como%20era%20e%20como%20ficou.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Como era o vagão e como ele ficou depois da pintura e da pichação</td></tr></tbody></table><p>Já sabendo como pintar, comecei a fazer as manchas na locomotiva. Peguei referências de outros ferromodelistas, além de raríssimas imagens das G22CU da Rede Ferroviária na internet. Na verdade, peguei referências de imagens de muitas locomotivas. Enfim, pintei usando a mesma técnica do vagão, que é a do pincel seco. Eu molho o pincel na tinta, tiro quase todo excesso numa folha de papel e vou pintando só os restinhos de tinta no trem. Por isso que a mancha não fica muito borrada tipo tinta guaxe, sabe?</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhllVOD9_3dhCjMjNpW1KPsOWVC1JxMViC7-ReguteXeUFxLxnjLhBrqpqTx1iAUnXwAgD_6TUhvSxttXEbuZdzsiD0nGGJ2Vi4u0WqiHGqQaM3pIgAJQOBpjQQr53i2VRk0iJFfMCCUZZ47gRrN2OZDzK-hyUdqu38TaWkScGWQFpQue8pSW64Ssw/s600/primeira%20pintura.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhllVOD9_3dhCjMjNpW1KPsOWVC1JxMViC7-ReguteXeUFxLxnjLhBrqpqTx1iAUnXwAgD_6TUhvSxttXEbuZdzsiD0nGGJ2Vi4u0WqiHGqQaM3pIgAJQOBpjQQr53i2VRk0iJFfMCCUZZ47gRrN2OZDzK-hyUdqu38TaWkScGWQFpQue8pSW64Ssw/s16000/primeira%20pintura.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A primeira pintura da minha locomotiva e do vagão de minério</td></tr></tbody></table><p>Enfim, terminei a primeira pintura da locomotiva e postei nos grupos de ferromodelismo no Facebook. O pessoal elogiou bastante, mas algumas pessoas disseram que a pintura da minha locomotiva não estava muito realista. Faltou uns escorrimentos de óleo e água de chuva em partes específicas da locomotiva. Eu tenho um problema muito sério: eu sou <strike>inseguro</strike> muito chato e detalhista com o meu trabalho (<b><u><a href="https://twitter.com/avioesemusicas">pergunta pro Lito, do Aviões e Músicas</a></u></b>). Fui dormir com aquilo na cabeça e, no dia seguinte, fui repintar a locomotiva.</p><p>Tirei um pouco da sujeira do teto dela e fiz o escorrimento próximo aos tubos do escapamento. Também dei uma repintada nas escadas e no limpa trilhos, pra deixar mais marcas de poeira. Enfim, foi uma bela retocada e o trem ficou ainda mais legal (pelo menos pra mim!). Mas, como minha namorada me disse, é bom eu parar de mexer nele. Senão posso ficar botando detalhe até estragar o negócio. Ou melhor, o trem.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk13Ive9EGqNhJUKlFE2UaROkLQJ8CuQla3JaWDt9che7zxVPWyKJZJx1GPuajh99ARm9Y-mJt2Wig3PUr9H8YUBQSZ3ZMpaCoPfNFtvBFaIjQ-xevNXHDQA5whIi8Ybbb-WRRr1gzedbIryhNnQbNDjQ3LJK1Rwk1xAUJvBLuVT923fklaT9_u4XF/s600/locomotiva%20nova.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk13Ive9EGqNhJUKlFE2UaROkLQJ8CuQla3JaWDt9che7zxVPWyKJZJx1GPuajh99ARm9Y-mJt2Wig3PUr9H8YUBQSZ3ZMpaCoPfNFtvBFaIjQ-xevNXHDQA5whIi8Ybbb-WRRr1gzedbIryhNnQbNDjQ3LJK1Rwk1xAUJvBLuVT923fklaT9_u4XF/s16000/locomotiva%20nova.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Além de refazer as manchas da locomotiva, ainda fiz a pintura dos faróis frontais e da buzina.</td></tr></tbody></table><br /><h3 style="text-align: left;">Do lixo ao luxo</h3><p>Enquanto eu preparava as tintas para fazer a ferrugem e os metais das locomotivas, comecei a pensar no que o vagão gôndola iria levar. Um amigo até sugeriu virar café nela para parecer minério de ferro, mas o café tá caro, se bobear mais caro do que o próprio minério. Ainda não dá. Pensei, então, em fazer uma carga de sucata, <b><u><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Oin-pnbAot4&ab_channel=PauloFerrovias%26HO">inspirado em um vídeo que vi no YouTube</a></u></b>. Usei uma antiga caixa de DVD para cortar as chapas e fui pintando de cinza e dos tons de marrom e laranja para fazer as chapas de metal velho.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1cNgBjpDRsJ4_QNr1JkFjgkkik5z5pM_vWtEyfIW9SqpZ_WZjo1VJdxWHI-12T-CQI3mAov8vs9JO6lTzuHFr9qS0xvQDpOKWnBaQ1IBR_zMhbDAWvtK66UFIjt2gxqzfsPxykQCwvg-LJoWnBP8YAs0B3uWvXzT_2vKUKUfDwyYxXw4IyNkkjkRR/s600/caixa%20de%20dvd.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1cNgBjpDRsJ4_QNr1JkFjgkkik5z5pM_vWtEyfIW9SqpZ_WZjo1VJdxWHI-12T-CQI3mAov8vs9JO6lTzuHFr9qS0xvQDpOKWnBaQ1IBR_zMhbDAWvtK66UFIjt2gxqzfsPxykQCwvg-LJoWnBP8YAs0B3uWvXzT_2vKUKUfDwyYxXw4IyNkkjkRR/s16000/caixa%20de%20dvd.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Quer transformar uma antiga caixa de DVD em chapas de metal? Pergunte-me como!</td></tr></tbody></table><p>Mas eu não tava com saco para encher o vagão inteiro. Queria fazer uma cobertura falsa. Como? Então, eu percebi que a caixa de palitos de dentes tinha o tamanho exato para entrar no vagão. Aí que entrou em ação a criatividade. Medi a caixa, fiz os cortes e colagens e <i>voilá</i>! Eu tinha um suporte para a carga do vagão! Além dos retalhos da caixa do DVD, ainda usei um mastro de plástico de bandeira para fazer tubos, pedaços de anel de latinha e até uns clipes de papel e arames enferrujados que catei na rua. E eu estava tão empolgado que acabei fazendo logo duas cargas de sucata para vagões, apesar de só ter um. Mas isso se resolveria nos dias seguintes.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi422KGSFFtn9d7rkwHKppAxuwJLuf3SoFHX3MwpM-PgP4Zsy76YFwoSnG9cKubHFfS1poyFEgReDBOaU9mSgX_vdKSTnz37XCf1tR3TgXloqSgh9tFge-7bVRJpR2UyQVvf25Rse50UxEffB5za55GmjxJtUkQ_Osgh3mur6yMYlwD3gic9upFhgW1/s600/sucata.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi422KGSFFtn9d7rkwHKppAxuwJLuf3SoFHX3MwpM-PgP4Zsy76YFwoSnG9cKubHFfS1poyFEgReDBOaU9mSgX_vdKSTnz37XCf1tR3TgXloqSgh9tFge-7bVRJpR2UyQVvf25Rse50UxEffB5za55GmjxJtUkQ_Osgh3mur6yMYlwD3gic9upFhgW1/s16000/sucata.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Caixa de palito de dente encaixa direitinho no vagão gôndola da Frateschi! Parece que foi planejado!</td></tr></tbody></table><h3 style="text-align: left;">Os últimos vagões</h3><p>Eu tinha duas cargas de sucata e apenas um vagão gôndola. Queria uma segunda gôndola. E também estava namorando um vagão tanque. Enfim, juntei uns trocadinho do aniversário, com outros trocadinho que entraram aí ao longo do mês e voltei lá na Minimundi pra comprar mais dois trilhos e os outros vagões. Ah, e um detalhe que eu ainda não tinha falado. Se você cria a conta e faz compras online na Minimundi, você ganha descontos nas próximas compras. E, se você avalia os seus produtos e o atendimento, ganha ainda mais desconto. Tô é juntando esses descontos para fazer compras maiores no futuro!</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1NCwR9CtYSgrKi3JUP2FfscclCJrBzorBcp6KSMbf8fvlvNcS-MN4IK_8uh-wDgwf6lvic2UKBkl2H9QbhRdH6irelFq7ZdDIFpt4a7J8jIGcTk9TwvBI1Px3HCx9lFYQzvJFomCD5gEEPFJpDpIbne7qOoMo9DiSoK4QjCDaqewdbnTIZVNiHrTc/s600/malvad%C3%A3o.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1NCwR9CtYSgrKi3JUP2FfscclCJrBzorBcp6KSMbf8fvlvNcS-MN4IK_8uh-wDgwf6lvic2UKBkl2H9QbhRdH6irelFq7ZdDIFpt4a7J8jIGcTk9TwvBI1Px3HCx9lFYQzvJFomCD5gEEPFJpDpIbne7qOoMo9DiSoK4QjCDaqewdbnTIZVNiHrTc/s16000/malvad%C3%A3o.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Será que o Malvadão sujou a roupa de poeira vermelha quando pichou o trem?<br /></td></tr></tbody></table><br /><div>Voltei pra casa com os novos trilhos e vagões. Particularmente, eu tinha gostado bastante da pintura que fiz na primeira gôndola. Mas confesso que achei ela muito suja e escura, especialmente quando a coloco no rack da sala (que é de madeira escura). Para o segundo vagão, decidi fazer uma pintura menos carregada no envelhecimento e com marcas de poeira de minério. De novo, modéstia à parte, achei que o resultado ficou tão legal que eu até tava com medo de pegar o trem e me sujar com aquela terra vermelha que praticamente tinge sua roupa (se você é de Minas, sabe do que eu to falando).</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="318" src="https://www.youtube.com/embed/elIkqM7nRRk" width="480" youtube-src-id="elIkqM7nRRk"></iframe></div><br /><div><p>Pro vagão tanque, fui atrás de referências na internet, inclusive de vídeos que fiz de vagões rodando. Como falei, eu gostei do resultado dos primeiros vagões, mas queria pegar mais leve na sujeira e desgaste dos novos. Decidi fazer a parte de cima do trem enferrujada e com um pouco de ferrugem nas emendas. A base do trem estaria marcada de terra, enquanto o local próximo da entrada e saída do combustível teria as marcas do escorrimento do óleo (como você pode ver no vídeo acima). De novo, gostei do resultado. Um amigo meu, que faz pintura de miniaturas há muitos anos, também elogiou a ferrugem. Bom sinal.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhORFFmVad4l4zNWhkoZr7mDrUuhmlNIf6vN9P7piQTJdLCnFeL5j2I25-F7Ll_guyX32OhyhuUVcDZEnfIlz0tEpFlGTCG7ExgyzKulC192_yYNmCQxSxswq06lmP2BX_83BlSOPXhR6h934e3XYXC0EgMU4kB8ye63pfTbFoPN4IX4HCsFNE9cH11/s600/combustivel.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhORFFmVad4l4zNWhkoZr7mDrUuhmlNIf6vN9P7piQTJdLCnFeL5j2I25-F7Ll_guyX32OhyhuUVcDZEnfIlz0tEpFlGTCG7ExgyzKulC192_yYNmCQxSxswq06lmP2BX_83BlSOPXhR6h934e3XYXC0EgMU4kB8ye63pfTbFoPN4IX4HCsFNE9cH11/s16000/combustivel.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marcas de ferrugem, poeira e óleo no trem. Tudo baseado em fotos de trens reais.<br /></td></tr></tbody></table><br /><p>E assim termina a minha primeira experiência com ferromodelismo. Agora, quero esperar surgir um novo emprego com salário legal para me dedicar mais ao novo hobby. Finalmente, vou comprar o kit Meu Primeiro Trem Elétrico e depois vou pegar as expansões. Vamos ver onde essa brincadeira vai parar!</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBKJCYKwS3LG3CLn9hHc11OhbS5i5BWPv1Wq4pJwS94fehhv722kNDIuF4RlEDMOsiXskQl_M9fh7UUJMl-Kl4bQpnc1jRYtsVagsqePi-CKspwsn6pSzZsmeFwDtRm8oqjQVx4DS-A__qDCcZSvQIPv2zprF33BoR1eRQIyqVPxMKbY9DjpWsEGxE/s600/trem%20na%20sala.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBKJCYKwS3LG3CLn9hHc11OhbS5i5BWPv1Wq4pJwS94fehhv722kNDIuF4RlEDMOsiXskQl_M9fh7UUJMl-Kl4bQpnc1jRYtsVagsqePi-CKspwsn6pSzZsmeFwDtRm8oqjQVx4DS-A__qDCcZSvQIPv2zprF33BoR1eRQIyqVPxMKbY9DjpWsEGxE/s16000/trem%20na%20sala.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Enquanto não chega a caixa básica, o trem fica em exposição no rack da sala!</td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p></div>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-40065918886102768812023-01-28T11:34:00.004-03:002023-01-28T11:40:35.195-03:00Por que a desregulamentação do trabalho ferra com o cliente?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2b08DMaaEhBs5zDzCNGHDF-x5iQyOxol5ph7GFg0gzdnBI0Yh6i5MjvnaMJ47NO2vD4-GyjpP0Yz7hW1oFV1Y-SxezsSklBNq9Xr5qXnwnW0vYBy7AIWmXpUQ8mMsyUdk0J3esw_CudBb1JN_5VnA3xdeZmmlwlvIp5My0HbcieB-37cfVY5ldsC7/s600/loggi%20reduzido.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2b08DMaaEhBs5zDzCNGHDF-x5iQyOxol5ph7GFg0gzdnBI0Yh6i5MjvnaMJ47NO2vD4-GyjpP0Yz7hW1oFV1Y-SxezsSklBNq9Xr5qXnwnW0vYBy7AIWmXpUQ8mMsyUdk0J3esw_CudBb1JN_5VnA3xdeZmmlwlvIp5My0HbcieB-37cfVY5ldsC7/s16000/loggi%20reduzido.jpg" /></a></div><i>Se minha compra vem com a Loggi, já sei que ela não vem. A uberização do trabalho prejudica o trabalhador e o consumidor. (Divulgação/Loggi)</i><br /><p>Nos últimos anos, os governos federais vêm delapidando as leis trabalhistas, piorando ainda mais a vida do trabalhador. A pejotização do trabalho, a uberização do trabalho, privatizações desnecessárias, tudo isso tem uma carinha de coisa boa, mas, no fim das contas, só prejudica não só o trabalhador, mas também o consumidor. Especialmente se esse consumidor vive fora do centro das cidades, como é o meu caso.</p><span><a name='more'></a></span><p>Moro em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Não é nem no centro da cidade, mas em um bairro que faz divisa com Santa Luzia, também na região metropolitana. Aqui é o chamado Vetor Norte, isso é, estamos na parte norte da RMBH, indo para o lado do Aeroporto de Confins. É até por isso que vim morar em Vespasiano, já que me mudei pra Minas pra trabalhar no aeroporto.</p><p>Enfim. Como quase todo o mundo, faço minhas compras online. Mas faço com um pequeno receio, que é o seguinte: quem vai fazer a entrega aqui em casa? Correios ou alguma transportadora privada? E se for transportadora, é uma empresa com moldes tradicionais ou é uma das transportadoras que uberizaram o serviço? Isso é determinante para saber se a compra vai chegar em casa ou não.</p><h3 style="text-align: left;">Loggi, Shippify e a precarização do serviço</h3><p>Isso porque transportadoras como a Loggi e a Shippify uberizaram o seu serviço. Elas funcionam tipo a uber: quem tem moto ou carro e carteira de habilitação comercial pode se inscrever para trabalhar para eles. Trabalhar de forma quase informal, sabe? Sem salário fixo, sem férias, sem 13º, sem INSS, sem seguro... Se surge um trabalho e a pessoa quer fazer, ela faz. Se não surge ou ela não quer fazer, ela não faz. É isso aí.</p><p>E, tal qual a Uber, a remuneração da Loggi e da Shippify não devem ser muito boas. Isso porque, se você mora aqui em Vespasiano, Lagoa Santa ou outras cidades do Vetor Norte, é grande a chance da sua compra não chegar na data certa. Sabe por quê? Porque simplesmente não tem quem queira fazer a entrega!</p><p>Como falei, moro em Vespasiano. O centro de distribuição dessas empresas está em Contagem, que é um polo industrial e logístico de Minas Gerais (se bobear, um dos maiores do Brasil). Contagem tá lá do outro lado da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com muito mais entregas pra BH, que fica no meio do caminho, entregas que pagam relativamente mais do que parando aqui no Vetor Norte, você acha que o motociclista vai querer atravessar toda RMBH pra trazer um livro aqui pra casa? E pra receber uma mixaria dessas empresas? Mas é NUNCA!</p><p>É tipo a Uber. Os caras só pegam as corridas que são mais interessantes. Se você mora no centro da cidade ou num bairro nobre, você dificilmente vai passar por isso. Mas quem mora nas periferias está mais sujeito a não ter Uber para voltar pra casa ou sua compra online não chegar em casa. Por quê? Porque a empresa que faz o trabalho está olhando o lucro máximo. E o lucro máximo envolve o pagamento mínimo.</p><h3 style="text-align: left;">Grandes empresas e Correios</h3><p>No caso de grandes transportadoras, como DHL, FedEx, JadLog, Total e afins, a chance de sua entrega ficar presa no centro de distribuição de Contagem é bem menor. Por quê? Porque os entregadores têm o salário fixo, bonitinho. Como todos deveriam ter! Assim, eles não escolhem só as entregas que rendem mais trocados. Se a transportadora séria manda o cara entregar em Vespasiano, ele vai entregar. Ponto!</p><p>Ainda assim, essas empresas trabalham sob a lógica do lucro. Se uma cidade não é lucrativa, não tem por que essa empresa continuar atuando ali. Capitalismo, gente, tá certo! Empresa tem que dar lucro! Aí que vem o meu grande receio quando se fala, por exemplo, na privatização dos Correios. Os Correios são perfeitos? Não. Mas eu falo com segurança que é disparado a melhor transportadora que atende a minha região. Minhas compras pelos Correios sempre chegam na data certinha aqui em casa. Inclusive já recebi compra com 6 dias de antecedência. E eles atendem aqui, atendem em Carmo do Cajuru, Quebrangulo, Cidade de Goiás ou em São Paulo. Independentemente da cidade dar lucro ou não? Por quê? Porque são um serviço essencial e que é gerado pelo Estado.</p><p>Não, não sou a favor de estatizar tudo. Também não sou igual a esses malucos de esquerda que acham que se é estatal é automaticamente bom. Só ver o Detran, o desastre que aquilo é. Mas um órgão sendo estatal, ele não está preocupado se vai dar lucro ou não. Os impostos bancam o serviço que é prestado em todo o Brasil. Ou deveriam ser, né? Porque governos, especialmente os mais liberais, sempre tentam delapidar esses serviços que ainda funcionam para convencer as pessoas que o caminho é privatizar.</p><p>Eu entendo o argumento dos liberais que algo privatizado e que tem concorrência tem a tendência de melhorar justamente para vencer essa concorrência. Mas, novamente, tem o outro lado da moeda. Uma vez que uma empresa privada persegue o lucro, se uma região não dá lucro, ela não atende ali. E aí, como ficam as pessoas de cidades do interior ou mesmo de periferias de grandes cidades, que estão em áreas com menor potencial de interesse? A gente fica na mão?</p><p>Fica.</p><h3 style="text-align: left;">A ilusão do livre arbítrio</h3><p>Aí, quando eu argumento isso, os liberais sempre me falam: "Bom, mas com a concorrência, você tem sempre a opção de escolher que serviço utilizar". Então, amigo, não tem. Vou dar um exemplo bem bobo: Mercado Livre, Amazon e afins não te deixam escolher quem vai fazer entrega. Se deixassem, você pode ter certeza que a Loggi, Shippify, Sequóia e outras transportadoras estariam em maus lençóis. <b><u><a href="https://twitter.com/search?q=%40shippify%20amazon&src=typed_query">É só procurar no Twitter as palavras Amazon e Shippify</a></u></b> para você ver a insatisfação das pessoas. <b>HÁ ANOS!</b> E o tanto de gente que pede pra Amazon deixar de usar esse serviço. (Eu mesmo parei de comprar na Amazon por isso).</p><p>Mas aí eu enfrento outro problema. Isso aí, parei de comprar na Amazon. Mas o mesmo livro que a Amazon vende por 35 reais, a Leitura, que tem praticamente o monopólio de livrarias em Belo Horizonte, vende por 75 reais. De novo, a liberdade de escolha é uma ilusão! É muito fácil a pessoa que mora no centro ou no bairro nobre falar "é só escolher outra". Vocês têm opção de escolha, <strike>ao contrário da empatia, isso vocês não têm</strike>. Já quem mora na periferia, no interior e tal, não tem escolha. É refém do serviço ruim.</p><p>E, de novo, nem vou falar da precarização do trabalho. Do trabalhador que vai ralar sem qualquer tipo de segurança financeira. A moto estraga? Ele tá lascado. Ele se machuca ou adoece? Só lamento. Ele não pode mais trabalhar? Não tem seguro desemprego. Ele está desamparado.</p><p>Sem amparo, o trabalhador acaba perdendo até o entusiasmo de fazer o trabalho. Sem o entusiasmo, o cliente recebe um serviço bem pior.</p><p>Todos saem perdendo com a precarização do trabalho.</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-82298983241276627602022-11-30T20:55:00.004-03:002022-11-30T20:55:42.929-03:0033 anos, mapa e luzinha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjgF_eAIL_Sm5lIZcmewjWvBKdZ7EAk6KJBoxFQKYgWNVrbdxrMBmZx2wDg1YROu_N3Oq1GZGEVg3ZN_B5Q63cASCwEo6vpXXVTb7-SdlmJYFRoyvmqrDjvRF9feTEf8H9D4D9ncyBAC9b_hhGWV0_WTmIJxHDtmIF6rWn7PpvwJdrK7S8EHoMFJGc/s600/mapas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="305" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjgF_eAIL_Sm5lIZcmewjWvBKdZ7EAk6KJBoxFQKYgWNVrbdxrMBmZx2wDg1YROu_N3Oq1GZGEVg3ZN_B5Q63cASCwEo6vpXXVTb7-SdlmJYFRoyvmqrDjvRF9feTEf8H9D4D9ncyBAC9b_hhGWV0_WTmIJxHDtmIF6rWn7PpvwJdrK7S8EHoMFJGc/s16000/mapas.png" /></a></div><br /><p>Aí que ela me mandou a seguinte mensagem: "criei um mapa pra gente colocar os lugares que queremos ir e onde já fomos". A princípio, a ideia me pareceu super legal. A menina com quem estou saindo está disposta mesmo a construir uma coisa comigo. Tanto que ela quer viajar por aí conhecendo lugares comigo. Legal.</p><p>Empolgado, comecei a marcar pontinhos no mapa. Primeiro, na cidade onde considero que nasci, Carmo do Cajuru. Depois, na cidade que eu efetivamente nasci, Divinópolis. Então, na minha cidade favorita do mundo, Belo Horizonte. Por falar em cidades favoritas, também fiz um roteirinho por Santiago do Chile. Fui marcando pontos e pontos e pontos e cada vez mais distantes e aí bateu o desespero: será que vamos conseguir visitar todos os lugares?</p><span><a name='more'></a></span><p>Acho que o desespero do mapa é, na verdade, uma metáfora para o desespero da vida. Tenho 33 anos. Solteiro, sem filhos, morando de aluguel e precisando de ajuda para pagar as contas mais básicas. Sou formado em Jornalismo, por uma universidade federal. Mas, ao contrário do que meus professores prometiam na escola, isso não me garantiu nenhum emprego. Sei filmar, fotografar, editar vídeos e podcasts. Sei escrever para blogs, sites, revistas e até livros. Já escrevi três livros. E, depois de me inscrever em umas 40 vagas na área de comunicação e não ser chamado para nenhuma, tive certeza que LinkedIn, Vagas e Gupy só servem para RH fingir que trabalha e mostrar serviço para a gerência das empresas.</p><p>Da área de comunicação, é claro.</p><p>Ter 33 anos e estar desempregado, solteiro, sem filhos e sem perspectiva é meio desesperador, sabe? Ainda mais quando você se compara a quem está ao seu redor e você percebe quão pra trás você está. Aos 33 anos, seu pai tinha 2 filhos, casa própria, carro, dava conforto pra família. Aos 31, seu irmão tem um cargo alto numa grande fundação brasileira, carro, tá praticamente casado. Parece estar bem. E você tá aí, escrevendo num blog que ninguém lê, já que ninguém te contrata para escrever a troca de dinheiro.</p><p>E assim eu vivia, que nem aquele astronauta do filme Perdido em Marte. Só faltava eu usar meu escritório, que agora tá abandonado, já que não estou trabalhando nem em casa, para plantar batatas. E, do jeito que comer tá cada vez mais caro no Brasil de Paulo Guedes, plantar batatas num quarto largado de um apartamento não parece uma ideia tão ruim.</p><p>Mas aí que surgiu uma luzinha no fim do túnel. Ou no céu de Marte, talvez. Uma luzinha de sotaque mineiro, cabelos cacheados, carinha de nerdola e de óculos, do jeitinho que eu sempre gostei em segredo (ou não). E, apesar de ainda estar com 33 anos, desempregado, solteiro, sem filhos nem perspectiva, as coisas deram uma melhorada. E as coisas melhoraram cada vez mais quando, contra todas as possibilidades, a luzinha de sotaque mineiro, cabelos cacheados, carinha de nerdola e óculos parece gostar de mim de volta. Tanto que ela fez o mapinha pra gente marcar onde a gente quer ir um dia.</p><p>Mas aí que bate o medo de novo. É fácil ir nos lugares aqui perto de Belo Horizonte, Vespasiano, Contagem, Betim e até mesmo Lagoa Santa. É fácil dar um pulo ali em Divinópolis e Carmo do Cajuru. Mas e Santiago do Chile? E a Praia Maho? E Toulouse? Será que a gente vai conseguir ir lá um dia? Será que eu vou conseguir contribuir para ir pra esses lugares um dia?</p><p>Na verdade, a minha preocupação não é nem tanto com a viagem para Toulouse ou para a Praia Maho, apesar de eu querer muito ir nesses lugares. O meu medo de verdade é não conseguir contribuir para uma vida tranquila e confortável para minha futura esposa (espero que seja a luzinha de cabelos cacheados, carinha de nerdola e tudo mais que falei ali em cima) e para eventuais filhos. É não conseguir um emprego legal e que me dê um mínimo de estabilidade financeira e alegria. É ter de devolver o meu apartamento alugado e, tal qual Luke Skywalker no começo de Uma Nova Esperança, ter que ir para o meio do nada, longe dos sonhos e do que quer. </p><p>É como se a vida fosse o mapa que a luzinha de cabelos cacheados e tudo mais, os sonhos fossem os pins que colocamos e a realidade... bem a realidade ser a mesma falta de grana da vida real e do nosso mapinha.</p><p>Espero que esses medos sejam injustificados.</p><p>E que eu esteja lendo esse texto um dia com a luzinha dos cabelos cacheados em Toulouse.</p><p>Tomara.</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-53721246088025099332022-11-15T02:50:00.007-03:002022-11-15T09:24:02.426-03:00(Re)pouso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpoG_3g1m6xNhy7RHScLAd2xMZhoJPNUTWVCYG7dRNnSoQCEnWCAuHMIpsP7hxXkU-DZD5HD06KGVlWvI9EZ4MWNwKPtUh1tcFFwlvz-bmDkwSt2jiYgc9jjl7ekzxWEZcpFSWAhYPkTVW-YN98hb8XWLHdkghlfA0C4VNY_Lt79RZ4wVwKUVl3Qfv/s600/fanfic.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpoG_3g1m6xNhy7RHScLAd2xMZhoJPNUTWVCYG7dRNnSoQCEnWCAuHMIpsP7hxXkU-DZD5HD06KGVlWvI9EZ4MWNwKPtUh1tcFFwlvz-bmDkwSt2jiYgc9jjl7ekzxWEZcpFSWAhYPkTVW-YN98hb8XWLHdkghlfA0C4VNY_Lt79RZ4wVwKUVl3Qfv/s16000/fanfic.jpg" /></a></div><p>Sexta-feira chuvosa. Aeroporto de Confins, região metropolitana de Belo Horizonte.</p><p>No momento em que o Airbus A320 toca a pista do aeroporto, os passageiros soltam suspiros aliviados. Aquele foi um voo bem turbulento, por conta das chuvas que assolam a região Sudeste naquela semana. Lá na última fileira, um passageiro está incomodado com outra coisa. Ele olha o relógio, que marca 21h05. Era para ele ter chegado às 18h35. Ele é um tripulante extra, um comissário de bordo que está pegando uma carona para casa, após uma semana cansativa. Aqueles três dias em casa vão lhe fazer bem.</p><span><a name='more'></a></span><p>O comissário se despede dos colegas, que ainda vão voltar para São Paulo e caminha pelo finger até a sala de embarque/desembarque. Pega a mala e vai ao saguão do aeroporto. Não há nenhum rosto conhecido ali. Ninguém da época que ele trabalhou em Confins. Ele caminha até o guichê e compra um bilhete do Conexão Aeroporto.</p><p>Entra no ônibus, senta-se la no fundo e fecha os olhos. O comissário está bem cansado. Vários madrugadões naquela semana, vários voos lotados, alguns atrasos, passageiros irritados, crianças desobedientes... Foi uma semana pesada. Aquela folga conjugada viria bem a calhar. No caminho para casa, um acidente na Linha Verde. Engarrafamento, mais atraso. Humor ainda pior.</p><p>Após passar pelo acidente, o motorista senta o pé no acelerador. Finalmente uma colaboração. Uns quarenta minutos depois, o ônibus para na rodoviária. Finalmente, estamos chegando!</p><p>Ao descer na rodoviária, o comissário come alguma coisa e vai até o ponto dos aplicativos, lá embaixo. Ele gosta de conversar com os motoristas, mas, naquele dia, ele só fecha os olhos. Já não bastasse o atraso - são quase 23 horas - e o cansaço, a cabeça começa a doer. Merda!</p><p>O carro para na frente do edifício ali na rua Claudio Manoel. O comissário paga, sai do Uber e entra no prédio. Aperta o botão 3 no elevador e entra no apartamento 302.</p><p>A sala está com o brilho azulado da TV ligada. Na tela, um filme na Netflix. Deitada no sofá, a noiva acorda assustada e fala preguiçosamente:</p><p>- Amor, cê demorou tanto hoje...</p><p>- Desculpa, meu bem... - ele responde sem graça - o voo atrasou bastante.</p><p>- Tá... Quer comer alguma coisa? - ela começa a se levantar.</p><p>- Não, não, mozão, obrigado. - ele responde, se agachando ao lado do sofá e beijando a noiva - Pode ficar deitadinha aí, já comi no caminho...</p><p>- Tem certeza? Então deita aqui comigo. Tá friozinho.</p><p>- Ô amor, deixa eu só tomar uma ducha rápida ali.</p><p>- Não. Depois cê toma a ducha. Deita aqui comigo, to com saudade.</p><p>Ele olha para a noiva, estranhando. Ela o chamando para deitar antes de tomar banho? Dá de ombros e, largando o paletó no chão da sala, deita no abraço dela. Ele fecha os olhos, sentindo aquele abraço quentinho e relaxa. Agora está tudo bem.</p><p>Dando um beijinho no braço da noiva, ele pergunta:</p><p>- Eu já te disse que te amo?</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-76309400231753342032022-11-14T10:07:00.001-03:002022-11-14T10:07:22.059-03:00Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor... 12 anos depois<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkFl2BYEXmXQY7N4vUIIpS1PVV6YmdsaokedRMdZb6kXst9Ev_Um7biwP1U0rfcLG0yuShxBjin46aGipl8Uob4pVB65l-KlG-vRmc5ZwdP8tEb5upMIoiyRaZTf4DOqVA3chopoCKxgOfjBBakbU6qhTNF4heGUpP2d8fUzUCSfiBPiIKreFjUK0n/s600/e897ec8d27b411042d58e05409f98054--jeremy-davies-saving-private-ryan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkFl2BYEXmXQY7N4vUIIpS1PVV6YmdsaokedRMdZb6kXst9Ev_Um7biwP1U0rfcLG0yuShxBjin46aGipl8Uob4pVB65l-KlG-vRmc5ZwdP8tEb5upMIoiyRaZTf4DOqVA3chopoCKxgOfjBBakbU6qhTNF4heGUpP2d8fUzUCSfiBPiIKreFjUK0n/s16000/e897ec8d27b411042d58e05409f98054--jeremy-davies-saving-private-ryan.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;">A parte boa de viver no mundo acabando é saber que ainda existe quem se importa</div><p>12 anos atrás, eu escrevi um texto aqui no blog, chamado <b><a href="https://lucasconrado.blogspot.com/2010/04/quem-sabe-isso-quer-dizer-amor.html" target="_blank"><span style="color: #38761d;">Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor</span></a></b>. Confesso, eu não me lembrava desse texto. Tive até que relê-lo, para entender melhor. Bem, senta aqui do meu lado, Lucas de 21 anos de idade. Deixa eu te falar umas coisas.</p><span><a name='more'></a></span><p>Você começa bem na sua análise, preciso concordar aqui do alto dos meus 33 anos:</p><p><i>Eu, particularmente, acho que amor é quando nos preocupamos de verdade com alguém. Quando queremos o bem da pessoa, quando nos esforçamos para que ela seja feliz, de preferência, retribuindo o esforço.</i></p><p>Mas aí você erra. Aliás, não sei se você erra, porque acho que não existe certo ou errado. Mas eu, com meus 33 anos, acho que você tem uma visão restrita do assunto a partir desse trecho aqui:</p><p><i>"É querer estar perto, compartilhar experiências e, em alguns casos, troca de carinhos, com contato físico."</i></p><p>Você restringe amor ao amor romântico/sexual. E sem ter vivido um grande amor de verdade. Vai viver mais pra frente, vai reconsiderar muita coisa. Mas tá tudo bem. Você tem 21 anos. Você tem muita certeza das coisas que, mais velho, vai descobrir que estavam erradas. E você vai se achar velho aos 22, 24, 25 anos. E quando chegar aos 30, vai se achar um garoto. Confia em mim.</p><p>Eu vou te dar a minha visão do que é o amor aos 33 anos. E é bem parecida com o que você colocou no começo do texto. Eu não quero dar spoiler, mas agora, entre 2020 e 2022, a gente vai tá na merda. O mundo vai tá na merda. E, durante muitos momentos, a gente vai achar que tá tudo perdido e a gente vai morrer no mês que vem. Não vai. E, agora na virada de 2022 pra 2023, as coisas parecem estar melhorando. Depois eu volto pra falar se melhoraram ou não.</p><p>Mas, enfim, tô dando voltas. O que eu quero te dizer é o seguinte: apesar de tudo tá uma merda, você vai entender melhor o que é o amor (Pelo menos o que eu acho que é amor hoje). Justamente por tudo estar uma merda, mas ter gente que vai te mostrar isso. E não to falando no sentido romântico. O que é triste por um lado, mas que vai iluminar as coisas por outro.</p><p>Enfim. Você vai entender que o mundo tem seu lado sombrio e mau. Que quer te destruir. O mundo não tá nem aí pra gente, ele quer destruir. E você vai entender que amor é um negócio amplo. É quando alguém te estende a mão e te pergunta: "vamos tentar sobreviver juntos?". É sobre isso, sabe? Amor é a pessoa querer sobreviver e te trazer junto dela. É alguém se preocupar com você e você se preocupar com alguém com tudo desabando. É mais amplo e, de certa forma, mais bonito do que só querer estar com a menina que você gosta.</p><p>Você tá duvidando? Não acredita em mim? Tá, espera então 12 anos que você vai entender.</p><p>E vai escrever esse texto aqui no blog.</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-32217109427946005752022-11-13T10:01:00.011-03:002022-11-19T09:25:04.413-03:00Vamo, uai!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAo3hOzPHItLBJM-9x1EcO2YhieO_A33z1YkCV_DtpSBseHpmaRaEy_ZFqyz0WYMAeYJ1s8nv5XOHMrkMW9WV_wnavqxSSjV9lMcVLG1-nRyKMB3zoSkULWlDlz6DlUD2GZjQ0yP8x36DNFQFurwQ42oq71GRwh4OCxvL-j4IO7HsORlbmrdxGLQSJ/s600/machu%20picchu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="398" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAo3hOzPHItLBJM-9x1EcO2YhieO_A33z1YkCV_DtpSBseHpmaRaEy_ZFqyz0WYMAeYJ1s8nv5XOHMrkMW9WV_wnavqxSSjV9lMcVLG1-nRyKMB3zoSkULWlDlz6DlUD2GZjQ0yP8x36DNFQFurwQ42oq71GRwh4OCxvL-j4IO7HsORlbmrdxGLQSJ/s16000/machu%20picchu.jpg" /></a></div><i><div style="text-align: center;"><i>A foto foi cuidadosamente escolhida (foto: Lucas Conrado)</i></div></i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Vespasiano, Contagem, Belo Horizonte. Juatuba, Carmo do Cajuru, Divinópolis. Itapecerica, Oliveira, Carmo da Mata e Cláudio. Carmópolis de Minas. Capitólio, São Roque de Minas e Guapé. Poços de Caldas e Varginha. São João del Rei, Tiradentes, Congonhas do Campo, Ouro Preto e Mariana. Serra da Canastra, Serra do Espinhaço, Serra do Cipó e Serra do Curral. Catas Altas da Noruega. Conceição do Mato Dentro e Diamantina. <div><span><a name='more'></a></span><div>Paraty, do outro lado da Estrada Real. Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio de Janeiro. Niterói. Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo.</div><div><div><br /></div><div>Guarapari, Vitória. Trancoso, Porto Seguro, Ilhéus, Salvador. Paulo Afonso, Juazeiro e Petrolina. Aracaju, Maceió, Recife, Olinda. João Pessoa e Natal. Mossoró também. Fortaleza e Juazeiro do Norte. Teresina e São Luis. Belém. Manaus.</div></div><div><br /></div><div>Chapada Diamantina, do lado de Cuiabá. Chapada dos Veadeiros no Goiás. Goiânia. Brasília. Bonito, Campo Grande e o Pantanal.</div><div><br /></div><div>Foz do Iguaçu e Curitiba. Chapecó e Florianópolis. São Miguel das Missões, Gramado, Canela. Um pulinho em Santo Ângelo e uma passagem obrigatória por Porto Alegre. Pelotas, Rio Grande e Chuí</div><div><br /></div><div>Cabo Polonio por causa da música que eu gosto. La Paloma por causa das palomitas que você gosta. Punta del Este, Montevideo.</div><div><br /></div><div>Buenos Aires. La Plata, Mendoza. Cordilheira dos Andes. Santiago. Valparaíso, Viña del Mar, Farellones, Cajon del Maipu. Um pouco de poesia com Neruda em Isla Negra. Vamos pro norte ou pro sul? Pro sul. Villarica e Pucón. Valdívia. Osorno, Frutillar, Puerto Varas, Puerto Montt. Punta Arenas. </div><div><br /></div><div>Ushuaia. El Calafate, Perito Moreno, Bariloche. San Martin de Los Andes, General Roca, Bahia Blanca. Mar del Plata. Buenos Aires de novo. Rosario e Córdova. Copiapó, Antofagasta, San Pedro de Atacama. Calama e Iquique. Deserto do Atacama, o céu mais estrelado do mundo.</div><div><br /></div><div>La Paz. Lago Titicaca, Copacabana, Puno e Juliaca. Arequipa, Nazca e Cusco. Tudo ao redor de Cusco. Pisaq, Moray, Saqsaywaman, Ollantaytambo, Aguascalientes e Machu Picchu. Lima.</div><div><br /></div><div>Quito, Bogotá, Medellín, Cartagena das Indias, Barranquilla.</div><div><br /></div><div>St Maarten, Kingstown, Havana. Cancun, Chichen Itza, Acapulco, Cidade do México. Guadalajara.</div><div><br /></div><div>Los Angeles, São Francisco, Las Vegas. Um pulinho na Área 51? Grand Canyon, Roswell, Albuquerque e Denver. Aliás, todo o Colorado. Seattle e Everett, Chicago, Atlanta, Miami e Orlando. Cabo Canaveral. Washington e Nova York. Toronto, Ottawa, Montreal e Quebec. Lago Quidi Vidi. Terra Nova.</div><div><br /></div><div>Açores. Lisboa, Sintra, Setúbal, Praia de Nazaré. Coimbra, Aveiro, Porto e Braga. Sagres e Faro. Sevilha e Malaga. Granada, Toledo, Madrid. Bilbao, Zaragoza, Barcelona. Um pulinho em Andorra.</div><div><br /></div><div>Toulouse (por favor, Toulouse). Marselha, Nice e Monaco. Lyon, Nantes e a Normandia. Mt St. Michel e as praias do Dia D. Paris. Callais.</div><div><br /></div><div>Londres. Oxford, Manchester e Liverpool. Newcastle upon Tyne, Edimburgo e Glasgow. Belfast e Dublin.</div><div><br /></div><div>Bruxelas, Amsterdã e Copenhagen. Gotemburgo, Oslo e Estocolmo. Os lagos e fiordes da Noruega. Helsinque e Talin. Se as coisas estiverem melhor, São Petersburgo e Moscou. Varsóvia, Praga, Viena, Berlim, Hamburgo, Frankfurt e Munique. Zurique, Milão, Veneza. Bolonha, São Marino, Florença e Roma. Nápoles e Palermo.</div><div><br /></div><div>Malta, Atenas, Istambul. Gobleke Tepe. Cairo, Tataouine, Tripole, Casablanca e Marraquexe. Mali. Porto Novo. Joanesburgo e Cidade do Cabo. Madagascar. Talvez Dubai.</div><div><br /></div><div>Nova Delhi, Taj Mahal, Katmandu. Ver o Everest de longe. Kuala Lumpur e Jakarta. Manila, Hong Kong, Taiwan. Xangai, Pequim, Grande Muralha. Seul e Pyongyang. Osaka, Hiroshima, Nagasaki, Nagoya, Toquio. </div><div><br /></div><div>Sydney, Melbourne, Adelaide. Um pulo em Hobart para ver ornitorrincos. Wellington e Auckland.</div><div><br /></div><div>Havaí e Ilha de Páscoa.</div><div><br /></div><div>Esses são os lugares que eu quero ir com você. Se não der pra gente ir, tudo bem, a gente pode ficar aqui em casa mesmo. O importante é estar com você.</div></div>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-7827761595033646292022-11-12T11:41:00.001-03:002022-11-12T11:41:10.716-03:00Marte Um - Um filme sobre amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijY0-rP_7fxrCcvWRMiFx1vrWX6ZIym9d3mdPPlxWP8hXb-jOVACYjhYFpiCFcktZmG5FvMSN-LxcwARoldZK2frn7jluQxGa4a0TPmySjA8_7LiNv5Tnf87NhQxwOeGuonGUCyHSpviZfFzNxWRwgVQTxVghNUqdcTcYnZXpMjf0yj3todSK67gVW/s600/Marte-Um-foto-9-scaled.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="324" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijY0-rP_7fxrCcvWRMiFx1vrWX6ZIym9d3mdPPlxWP8hXb-jOVACYjhYFpiCFcktZmG5FvMSN-LxcwARoldZK2frn7jluQxGa4a0TPmySjA8_7LiNv5Tnf87NhQxwOeGuonGUCyHSpviZfFzNxWRwgVQTxVghNUqdcTcYnZXpMjf0yj3todSK67gVW/s16000/Marte-Um-foto-9-scaled.jpg" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Eu sempre falo o seguinte. O mundo quer nos matar desde o momento em que a gente nasce. Dessa forma, amor, no sentido amplo da palavra, é quando uma pessoa te estende a mão e te pergunta "vamos sobreviver juntos?". Ontem à noite, fui ver o filme Marte Um. Hoje, consegui digeri-lo. E Marte Um é sobre isso, é sobre amor, no sentido mais puro e amplo da palavra.</p><span><a name='more'></a></span><p style="text-align: justify;">Marte Um conta a história de uma família típica das periferias brasileiras. É uma família tão típica que os personagens não têm nem sobrenome. Eles vivem na periferia de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. E acho que isso reforça ainda mais essa sensação de que poderia estar em qualquer lugar do Brasil. A mineiridade está lá. Está no "sô" que sai de forma natural nas frases (vou voltar a falar disso depois). Está no Atlético x Cruzeiro que a família assiste. Está na garrafa de Guarapan na mesa da festa de aniversário. Mas pelo filme não mostrar algum ponto turístico de Contagem e mostrar só paisagens de Belo Horizonte que só um morador da cidade reconheceria, aumenta a sensação dessa história poder estar acontecendo em qualquer lugar do Brasil.</p><h3 style="text-align: justify;">Mas qual é a história de Marte Um?</h3><p style="text-align: justify;">O filme acompanha alguns meses de profundas transformações dessa família. Wellington, o pai, é zelador de um prédio de <strike>burguês</strike> luxo num bairro nobre de Belo Horizonte. O sonho de Wellington é que Deivinho, seu filho mais novo, se torne craque do Cruzeiro. O problema é que Deivinho não quer jogar bola. Nerd, apaixonado por astronomia, o garoto sonha se tornar astrofísico e participar da missão Marte Um, que deve colonizar o planeta a partir de 2030. Mas, onde já se viu, um menino da periferia de Contagem querer trabalhar na NASA? Quem apoia Deivinho? Sua irmã mais velha, Eunice. A universitária começa a namorar uma colega de faculdade e decide sair de casa. Só precisa mostrar aos pais, Wellington e Tércia, que está tudo bem. E Tércia, a mãe da família que, assim como em muitas casas do Brasil, é a âncora da casa, precisando equilibrar os pratos. O problema é que Tércia está a beira de uma crise de pânico. Assim, ela precisa coordenar a casa, ao mesmo tempo que tenta manter o controle sobre os próprios sentimentos.</p><p style="text-align: justify;">Como falei no começo do texto, é um filme sobre o amor na forma mais pura da palavra. Como toda família, Tércia, Wellington e seus filhos têm seus conflitos, discussões e discórdia. Mas estão sempre ali, um pelo outro, tentando sobreviver ao mundo cruel (e que se tornaria ainda mais cruel, considerando que o filme se passa na virada de 2018 para 2019, quando um cara aí virou presidente do Brasil). E a história acontece de uma forma bem gostosa e aconchegante, como toda casa mineira que se preza é. Você solta uma risada, daqui a pouco está com a tensão no talo e depois se debulha em lágrimas. Para voltar a rir logo depois. E a última frase do filme, que Wellington solta, arranca lágrimas. De novo, é um filme muito gostoso de se ver. Especialmente se você estiver em família.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="355" src="https://www.youtube.com/embed/jFMBb7Z5N24" width="562" youtube-src-id="jFMBb7Z5N24"></iframe></div><br /><h3 style="text-align: justify;">Mineiridade</h3><div>Uma das coisas que eu mais gostei no filme é que ele conta a história de pessoas reais. E isso é uma crítica que eu sempre faço, por exemplo, a novelas da Globo. Você vai ver as novelas e são sempre histórias que se passam com famílias ricas de São Paulo, Rio de Janeiro ou uma versão estereotipada de algum estado aleatório. É artificial, é bobo, não é real. A medida que eu to ficando mais velho (e rabugento, talvez?), eu tenho gostado mais das histórias de pessoas reais. Do Wellington, que é zelador. Da Tércia pegando o ônibus pra casa. Pessoas reais, dramas reais, histórias reais. Realidade! </div><div><br /></div><div>Esse é o primeiro grande acerto do filme. Conta a história de pessoas reais. Não é aquela versão caricata da periferia que a gente vê na televisão. Sei lá, se a Globo fosse fazer uma novela que se passa em Contagem, ela ia colocar o Ailton Graça e a Adriana Esteves como Wellington e Tércia. Gente, foi mal, mas eu não consigo enxergar Ailton Graça e Adriana Esteves ali no Terminal Eldorado, indo pegar o 302C para o Estaleiro.</div><div><br /></div><div>E aí que a gente chega no segundo ponto que deixou o filme ainda melhor. Como é gostoso ouvir o sotaque da Região Metropolitana de Belo Horizonte no cinema. Você, aí de São Paulo ou do Rio de Janeiro nunca vai sentir isso, mas é gostoso demais ouvir o nosso sotaque, as nossas expressões, a nossa forma de falar no cinema. É muito legal pensar que a galera no exterior ouviu o nome da cidade de Juatuba, onde minha madrinha mora e que a maioria dos meus amigos nunca nem ouviu falar. E isso com sotaque mineiro real. Feito por mineiros. Que cresceram falando esse sotaque. Não é a carioca Adriana Esteves emulando (muito mal) o sotaque mineiro. Não, é mineiro falando. Sotaque natural, original.</div><div><br /></div><div>Enfim, adorei Marte Um. Infelizmente, acho difícil ganhar o Oscar, mas se for pelo menos indicado, já vai ser muito bom! E merece a indicação.</div><div><br /></div><div>Enfim, filmaço de dar quentinho no coração!</div>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-88115494671054510352022-09-19T10:45:00.000-03:002022-09-19T10:45:02.804-03:00Standby<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyjYrlByRblLZ5B1ooKXL5b7VbXI5EI2jj6breDKLHu83cJgqXeQ6t9PIZ5NzoV4V4hWJ5IutSjVL6pnVR8XBmR-NOC745JnPwma1tgaerAp76HwZzNqzZJxO5lTo1NmvRC28oNNfRUc0fVYgH3ijeKVcNWdfNfrbhEvebBKUR-65sT0bVkcAj1ySE/s600/20220724_095949.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyjYrlByRblLZ5B1ooKXL5b7VbXI5EI2jj6breDKLHu83cJgqXeQ6t9PIZ5NzoV4V4hWJ5IutSjVL6pnVR8XBmR-NOC745JnPwma1tgaerAp76HwZzNqzZJxO5lTo1NmvRC28oNNfRUc0fVYgH3ijeKVcNWdfNfrbhEvebBKUR-65sT0bVkcAj1ySE/s16000/20220724_095949.jpg" /></a></div><br /><div><br /></div><div>Quero pegar o avião</div><div>Mas preciso esperar</div><div>E naquela seleção</div><div>Preciso esperar</div><div>Quero dizer que te amo</div><div>Ainda preciso esperar</div><div>Quero ir ao banheiro</div><div>Também preciso esperar</div><div><br /></div><div>Quero comprar um carro </div><div>Preciso esperar</div><div>Eu comprei aquele livro</div><div>Eu preciso esperar</div><div>Preciso comprar uma casa</div><div>Também preciso esperar</div><div>Quero conhecer a NASA</div><div>Ainda preciso esperar</div><div><br /></div><div>Por isso que eu digo</div><div>Paciência é uma ciência</div><div>O mundo não é o meu umbigo</div><div>É preciso proficiência</div><div>Depois de muito esperar</div><div>Tive de me adaptar</div><div>E fazer o que você diz</div><div>Pra tentar ser um pouco feliz. </div><div><br /></div><div>Devo pagar meus boletos</div><div>O banco não vai esperar</div><div>Tenho que entregar meus textos</div><div>O chefe não vai esperar</div><div>E devo lavar as vasilha</div><div>Minha mãe não vai esperar</div><div>Tenho que ir pra Brasília</div><div>O busão não vai esperar</div><div><br /></div><div>Devo por comida pros bicho</div><div>O cachorro não vai esperar</div><div>Devo jogar lá fora o lixo</div><div>O caminhão não vai esperar</div><div>O ônibus tá atrasado</div><div>O compromisso não vai esperar</div><div>E eu to aqui apaixonado</div><div>Ela não vai me esperar</div><div><br /></div><div>Por isso que eu digo</div><div>Paciência é uma ciência</div><div>O mundo não é o seu umbigo </div><div>É preciso proficiência</div><div>Mas ninguém quer esperar</div><div>E tenho que me desdobrar</div><div>Pra conseguir sobreviver</div><div>E se não for desse jeito</div><div>De fome ou de desgosto vou morrer</div>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-65599551533343356292022-09-09T14:51:00.003-03:002022-09-09T14:51:32.271-03:00Maurício Lissovsky, Quidi Vidi Lake e bolinho canadense<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBd58p_oWwaqzKMEgkT-TD0ntlf413sg0wJtjepizv3pmro4w0pHf-Bb2vk1RUXEOE-4tzRBMXXGZlUwUF1l2kpzntuUIxryO_HTWpOL_DlSux7R-5dVTJ6Myl2YRhNSNozFzNut7eAf9pFH4eGchCGuH5gkxoXb9KbiGqnSa8HfSXXUx5iiVpmq-e/s600/Quidi_Vidi_from_Cuckhold's_Cove_Head.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBd58p_oWwaqzKMEgkT-TD0ntlf413sg0wJtjepizv3pmro4w0pHf-Bb2vk1RUXEOE-4tzRBMXXGZlUwUF1l2kpzntuUIxryO_HTWpOL_DlSux7R-5dVTJ6Myl2YRhNSNozFzNut7eAf9pFH4eGchCGuH5gkxoXb9KbiGqnSa8HfSXXUx5iiVpmq-e/s16000/Quidi_Vidi_from_Cuckhold's_Cove_Head.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: start;">Em suas andanças pelo Canadá, o professor Maurício Lissovsky chegou ao Lago Quidi Vidi. Mas de onde veio esse nome? (Silverchemist/Wikimedia Commons)</td></tr></tbody></table><p>No fim de agosto, o professor Maurício Lissovsky, que deu aula de roteiro na UFRJ, faleceu. Sempre que eu lembro do Maurício, eu me lembro de duas coisas. A primeira é o dia que o atendi no check in da firma, lá no Galeão. A segunda (que na verdade é a primeira, mas aqui fica como segunda pra encaixar melhor no texto), é uma história que ele sempre contava sobre uma viagem que ele fez pelo Canadá. Mais especificamente, para um bairro lá no fim do Canadá, chamado Quidi Vidi.</p><span><a name='more'></a></span><p>Quidi Vidi faz parte da cidade de St John's, conhecida em português como São João da Terra Nova. A cidade é a capital da província de Newfoundland and Labrador, lá no extremo nordeste das Américas, numa região que fica próxima da Groelândia. Inclusive, foi por ali que o Titanic afundou. Enfim, voltando ao assunto.</p><p>O Lissovsky contava que, durante sua viagem pelo Canadá, ele fez uma parada ali em St John's. Apesar de ser a capital de uma província e de ter 108 mil habitantes, St John's é uma cidade meio isolada do restante do Canadá, o que faz ela ter algumas características próprias. Inclusive na Culinária.</p><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #38761d;">Um bolinho exclusivo do Canadá?</span></h3><p>Os locais, sabendo que ali tinha um brasileiro, quiseram mostrar essa cultura para ele. E falaram de um prato único na culinária canadense, talvez mundial. Era um bolinho frito feito de batatas e peixe salgado desfiado. Sim, estamos falando do bolinho de bacalhau. Ele pode ser comum aqui no Brasil, em Portugal e talvez nas outras ex-colônias portuguesas, mas na América do Norte, não é muita gente que conhece a iguaria. Pelo jeito, os canadenses que visitavam St John's não conheciam. Carioca, Lissovsky já estava acostumado com o bolinho, mas comeu. Afinal, bolinho de bacalhau.</p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9G5wnp3e0VK2lHoQZC5QtlAYeZtrkOhk-vTW0KQq4VKtEnPK4T10W-OVgxa-6Fd6nyUuARkNra1i-w2h85U284pbu1ez8YmrcT9Fz9c72Kmz_cavjDI8VRThAa-V2DeTHc06H81x44ZQxfeUfEOZT2eSeqYYbSdNwJGOixXAzod_F4eViwtQxPzSI/s3968/bolinho%20de%20bacalhau.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2232" data-original-width="3968" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9G5wnp3e0VK2lHoQZC5QtlAYeZtrkOhk-vTW0KQq4VKtEnPK4T10W-OVgxa-6Fd6nyUuARkNra1i-w2h85U284pbu1ez8YmrcT9Fz9c72Kmz_cavjDI8VRThAa-V2DeTHc06H81x44ZQxfeUfEOZT2eSeqYYbSdNwJGOixXAzod_F4eViwtQxPzSI/w400-h225/bolinho%20de%20bacalhau.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bolinho de bacalhau (tak.wing/Wikimedia Commons)</td></tr></tbody></table><p>Vale destacar que os portugueses sempre tiveram uma presença muito grande no Canadá. Inclusive, o navegador português João Fernandes Lavrador foi o primeiro navegador europeu a chegar na costa canadense. Inclusive, ele chegou justamente na região de Labrador. Sim, é daí que vem o nome da província onde fica St John's (e provavelmente do cachorro, vou pesquisar depois). Ele e outros navegadores portugueses foram os primeiros a mapearem toda essa região nordeste do Canadá, incluindo a Nova Escócia, Labrador and Newfoundland e afins.</p><p>A imigração portuguesa pro Canadá ainda se intensificou durante a década de 1950, com muitos portugueses, especialmente da Madeira e dos Açores, fugindo da ditadura do Salazar. Eles se estabeleceram no centro de grandes cidades como Toronto e Montreal e formam uma colônia bem forte até hoje. Inclusive, estrelas canadenses da música, como Nelly Furtado e Shawn Mendes têm ascendência portuguesa.</p><p>(Aliás, apesar de não ser canadense, preciso falar dele. Tom Hanks também tem ascendência portuguesa)</p><p>Enfim. Mas a influência portuguesa no Canadá aparentemente vai além da Nelly Furtado, do Shawn Mendes e do bolinho de bacalhau. De barriga cheia, Lissovsky foi passear pela região com os guias canadenses, e eles o levaram para um lago que tinha por ali. Ninguém sabia pronunciar direito o nome daquele lago. Algumas pessoas falavam Kiddy Viddy, outras Kwidy Vidy... O Lissovsky tentava entender o nome do lago e nada. E, independentemente da pronúncia, não parecia em nada com inglês ou francês. Ele acreditava que o nome do lago vinha de algum termo nativo local, sei lá.</p><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #38761d;">Caindo a ficha</span></h3><p>Passaram os tempos, o Lissovsky voltou ao Brasil, vivia a vida dele, aí se lembrou do lago. E foi pesquisar de onde vinha o nome. Procurando informações de St John's, ele finalmente viu como se escrevia o nome do lago: Quidi Vidi. E aí a ficha caiu e tudo se encaixou. Ali foi uma região explorada pelos portugueses. Os portugueses influenciaram a culinára local, com o bolinho de bacalhau. O lago dividia a vila em duas. Aquele era o lago que divide, Quidi Vidi.</p><p>Lembrei dessa história com a notícia do falecimento do Lissovsky. E fui pesquisar se a história é real. Aparentemente, ninguém sabe ao certo a origem do nome do Lago Quidi Vidi, mas uma das teorias mais aceitas é justamente essa, que o nome veio do português "Lago Que Divide". De toda forma, é uma história bem legal e uma ótima lembrança do professor.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh67sp_hkRMVsyRgig7oZ6HGsyvNnJ5EW6Gos42GuIK2yGITZgqqThhykAgQA_ssyyi1wk-cYu2EK6hCGZY-GjMYeLa6ppU0qKd_hIM70OWDHR9QQchT3g3AxJzAOuGdTYipGFEoPe9JIH9fBsqei6SuWM17hEEXTw4nV4lRTR1I7yzNFLXBb6p7dHI/s421/lissovsky1.webp" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="349" data-original-width="421" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh67sp_hkRMVsyRgig7oZ6HGsyvNnJ5EW6Gos42GuIK2yGITZgqqThhykAgQA_ssyyi1wk-cYu2EK6hCGZY-GjMYeLa6ppU0qKd_hIM70OWDHR9QQchT3g3AxJzAOuGdTYipGFEoPe9JIH9fBsqei6SuWM17hEEXTw4nV4lRTR1I7yzNFLXBb6p7dHI/s16000/lissovsky1.webp" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vai em paz, Maurício Lissovsky (foto: Rádio UFPA)</td></tr></tbody></table><p><b><u><a href="https://www.instagram.com/olucasconrado/" target="_blank"><span style="color: #38761d;">@OLucasConrado</span></a></u></b></p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0Quidi Vidi, St. John's, NL, Canadá47.5805485 -52.68081309999998819.270314663821154 -87.8370631 75.890782336178845 -17.524563099999988tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-68816772843705829642022-08-04T21:40:00.002-03:002022-08-04T21:40:11.895-03:00Conversando sobre a letra de Enamorado Tuyo, de El Cuarteto de Nos<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFlR6FrnCKNu4vmXBCAovieqfrQfeZzZwvg7ylgJ4EZNy1vyri7SzDebpdYvr3JuVHk4lbNM6EaacggCZubHnGdD18wXlnG6ARelOBBf_rWp8yOaBjhmqYBKlAY8mQnoVFLQtE3XwIN19agFllXtoYS60jORKHanHfU65gXYWkT-aGo7gCWe70EM7G/s600/LaBanda.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFlR6FrnCKNu4vmXBCAovieqfrQfeZzZwvg7ylgJ4EZNy1vyri7SzDebpdYvr3JuVHk4lbNM6EaacggCZubHnGdD18wXlnG6ARelOBBf_rWp8yOaBjhmqYBKlAY8mQnoVFLQtE3XwIN19agFllXtoYS60jORKHanHfU65gXYWkT-aGo7gCWe70EM7G/s16000/LaBanda.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A ironia do El Cuarteto de Nos começa pelo fato de serem 5 pessoas. (Wikimedia Commons)</td></tr></tbody></table><p>Eu tenho um objetivo nesse ano: estar entre o 1% que mais ouviu El Cuarteto de Nos no Spotify em 2022. Considerando o tanto que estou viciado nessa banda uruguaia, eu acho que vou chegar nessa meta com uma certa facilidade. Inclusive, estou escrevendo isso enquanto escuto El Cuarteto de Nos.</p><p>Tá, mas quem é El Cuarteto de Nos?</p><p>É uma banda de rock que se formou em Montevidéu, lá em 1980. A banda nasceu de uma brincadeira que os irmãos Roberto e Ricardo Musso faziam na época. Eles inventaram uma cidade chamada Tajo e começaram a escrever canções inspiradas nos moradores dessa cidade. Então, Santiago Tavella, amigo de Ricardo, se juntou aos irmãos e, juntos, começaram a tocar. Só que no início, a banda não tinha letras nas músicas. Isso porque os membros não gostavam do que escreviam. Foi só depois de verem uma apresentação do músico Leo Maslíah que decidiram escrever letras ácidas e cheias de sarcasmo.</p><p>A banda passou a se chamar El Cuarteto de Nos em 1984, quando gravaram o disco Alberto Wolff y El Cuarteto de Nos, com o músico... Alberto Wolff. Pra resumir a história. De 1984 até hoje, eles gravaram nada menos do que 16 discos. Ao longo da carreira, lançaram diversas músicas polêmicas, tipo <b><u><a href="https://www.youtube.com/watch?v=MZh_o0gj4PU&ab_channel=ElCuartetodeNos-Topic" target="_blank"><span style="color: #38761d;">El Dia Que Artigas se Borrachó</span></a></u></b> (O Dia que Artigas se Embebedou). Esse Artigas é José Gervasio Artigas, o principal herói nacional do Uruguai. A música deu tanto problema que foi censurada pelo governo do país. Isso em 1996, muitos anos depois do fim da ditadura. Enfim o sucesso internacional veio com o maravilhoso disco Raro, de 2006, onde apostaram numa sonoridade complexa e em letras compridas. Muitas delas com tons de rap. Sério, o disco é incrível! E talvez você já tenha ouvido a<b><u><a href="https://www.youtube.com/watch?v=HiNuv8gpfZs&ab_channel=VespasMandarinas" target="_blank"> <span style="color: #38761d;">banda Vespas Mandarinas cantar Já Não Sei o Que Fazer Comigo</span></a></u></b>. Pois é, essa música é uma versão em português de <b><u style="background-color: white;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=y9LlnLTH87U&ab_channel=CuartetodeNos" target="_blank"><span style="color: #38761d;">Ya No Se Que Hacer Conmigo</span></a></u></b>, a melhor música da banda na minha opinião.</p><p>Os caras usam e abusam de sarcasmo e humor ácido pra fazer críticas à sociedade, ao consumismo, a tudo e todos. Talvez por isso, apesar de eles terem 40 anos de estrada, ainda fazem sucesso com o público jovem e adolescente. São 40 anos de estrada e o público sempre se renovando. <b><u><a href="https://www.youtube.com/watch?v=8xJ4YbHtzCs&ab_channel=DaniloValenzuela"><span style="color: #38761d;">É só ver a quantidade de adolescente e jovens adultos nos shows da banda</span></a></u></b>. O disco Porfiado é um dos meus favoritos. De novo, usa e abusa de sarcasmo e de letras ácidas e é muito bom para escutar quando você está com raiva do trabalho, do mundo e até de si mesmo. E, no meio de toda essa raiva e rock que vai do eletrônico pro pesado tem uma cumbia, que fala de amor. E fala de amor de uma forma gostosamente sarcástica.</p><p>Vamos falar de Enamorado Tuyo, ou Apaixonado por Você em português.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/R5cbxTPZNL0" width="320" youtube-src-id="R5cbxTPZNL0"></iframe></div><br /><p><i>Y si te parece que<br />Yo estoy enamorado tuyo<br />Eso es un invento, intuyo<br />No des crédito a murmullos<br />Porque casi nunca llamo<br />Para decir que te amo<br />Y mas de una vez lo hice<br />A un numero equivocado</i></p><p>Cara, é simplesmente a melhor música de amor que eu já ouvi. Isso porque me lembra demais a minha adolescência quando era claro que eu estava apaixonado pelas meninas e eu tentava negar isso. É isso a letra, o cara tá falando que, se parece que ele tá apaixonado, isso é só uma impressão da garota. Ele quase nunca liga pra dizer que a ama. Quando liga, e já ligou mais de uma vez, foi por engano.</p><p>Sei.</p><p><i>Casi nunca nadie dice<br />Que yo estoy enamorado tuyo</i></p><p>Velho, isso é poesia pura. "Quase nunca ninguém diz que estou apaixonado por você".</p><p><i>Raramente desespero<br />Por tenerte aquí a mi lado<br />Y eso no significa<br />Que tenga un significado<br />Si pensás que amor yo siento<br />Por favor no hagas pamento<br />No comentes con tu gente<br />Sobre nuestro asunto</i></p><p><i>Casi nunca nadie dice<br />Que yo estoy enamorado tuyo</i></p><p>Ele quase não fica desesperado ao lado dela. E isso não significa que tenha algum significado. Quem nunca tropeçou nas próprias palavras (ou nas próprias pernas) estando perto da arroba? Ele ainda pede para ela desconsiderar caso ache que ele a ama... mas, por via das dúvidas, não comenta com ninguém sobre aquilo. Afinal, quase ninguém diz que ele está apaixonado por ela. Vamos pro refrão.</p><p><i>No te vistas, no te hagas la nunca vista<br />Tengo en vista cantarte un hasta la vista<br />No te vistas, no te hagas la nunca vista<br />Tengo lista una canción que dice<br />Hasta la vista, señorita</i></p><p>Ele pede pra que ela não se faça de desentendida, desconfiando que ele a ama. A prova que ele não a ama e que já escreveu uma música onde diz: "hasta la vista".</p><p>E agora vem a melhor parte da música</p><p><i>Casi nunca veo la foto<br />Tuya en mi celular<br />Sigue ahí por la pereza<br />Que me da apretar borrar<br />No estoy tan obsesionado<br />Vale como aclaración<br />Si pensás que es por eso<br />Que yo canto esta canción</i></p><p><i>Casi nunca nadie dice<br />Que yo estoy enamorado tuyo</i></p><p>Ele tem uma foto dela no celular. Mas só tá lá ainda porque tem preguiça de apertar o botão pra deletar a foto. Mas pouco importa, ele quase nunca vê a foto dela lá. É bom deixar claro que não está obcecado pela pessoa. Afinal, se ele tá cantando essa canção, ela pode pensar que é por estar apaixonado. Não é por isso. Afinal, quase nunca as pessoas dizem que ele está apaixonado por ela.</p><p>E aí voltamos para o refrão e a repetição de algumas estrofes.</p><p><i>No te vistas, no te hagas la nunca vista<br />Tengo en vista cantarte un hasta la vista<br />No te vistas, no te hagas la nunca vista<br />Tengo lista una canción que dice<br />Hasta la vista, señorita</i></p><p><i>Y si te parece que<br />Yo estoy enamorado tuyo<br />Eso es un invento, intuyo<br />No des crédito a murmullos<br />Porque casi nunca llamo<br />Para decir que te amo<br />Y mas de una vez lo hice<br />A un numero equivocado</i></p><p><i>Casi nunca nadie dice<br />Que yo estoy enamorado tuyo</i></p><p><i>No te vistas, no te hagas la nunca vista<br />Tengo en vista cantarte un hasta la vista<br />No te vistas, no te hagas la nunca vista<br />Tengo lista una canción que dice<br />Hasta la vista, señorita</i></p><p>De novo, eu adoro esse sarcasmo da banda. Esse disse-não-disse, esse jogo de palavras! Depois volto pra falar de mais alguma letra do El Cuarteto de Nos, que rende análises mais profundas.</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-67077649711726716412022-07-26T21:59:00.003-03:002022-07-26T21:59:57.319-03:00Do pneu furado ao pesadelo<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i>Publiquei esse texto originalmente no Portão 1, em 26 de outubro de 2020</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiloWZ_Y3vSJFkLYb-cjNUNpBTEBgRevrBztZe_mkxdQD71hEB-cyKRB07agICd2hQwM_dJ6uv_1CHXV-PHzlUaPgK6yybif9Ic2P8G6kGN8xY1t4RsaAfKo-V78aUfcqU1O-6TQ_6tYewhMki-u0FRa-E65yYV3UAyYWlAzQ5mCdGtoG5TrzQPAUPX/s600/troca%20de%20pneu.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="398" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiloWZ_Y3vSJFkLYb-cjNUNpBTEBgRevrBztZe_mkxdQD71hEB-cyKRB07agICd2hQwM_dJ6uv_1CHXV-PHzlUaPgK6yybif9Ic2P8G6kGN8xY1t4RsaAfKo-V78aUfcqU1O-6TQ_6tYewhMki-u0FRa-E65yYV3UAyYWlAzQ5mCdGtoG5TrzQPAUPX/s16000/troca%20de%20pneu.png" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div><i>- Com sua atenção, senhoras e senhores, gostaríamos de convidá-los para o embarque do voo Avianca Star Alliance 6216, com destino a Brasília…</i></div><div><br /></div><div>Com esse anúncio, os passageiros se reuniram em frente ao portão para o último voo da companhia que partiria do Galeão naquela noite. Tudo na mais perfeita normalidade. A gente já estava aliviado, tinha dado tudo certo naquela noite. Iríamos fazer o embarque daquele último voo, que decolaria as 21h30. Às 22 horas, bateríamos o cartão e pegaríamos o ônibus/BRT/metrô pra casa. Nada mais normal, nada mais rotineiro… até o mecânico subir a bordo do avião e conversar com o comandante. O comando desceu até o pátio e, verificando o que o mecânico havia mostrado, chamou um dos nossos colegas de terra pra cabine de comando. E deu a notícia. Foi verificado um desgaste acima do normal em um dos pneus da aeronave. Ele precisaria ser trocado.</div><span><a name='more'></a></span><div><br /></div><div>Quanto tempo de atraso? Meia-hora? Uma hora? Aí que morava o problema: a companhia não tinha mais pneus sobressalentes de A320 no Galeão. Nossa esperança era ter o tal pneu no Santos Dumont. Se a equipe do SDU não tivesse, o que era um atraso incômodo poderia se transformar num cancelamento que entraria na madrugada… É… coisas de aeroporto. O fim do expediente às 22 horas não aconteceria.</div><div><br /></div><div>Enquanto esperávamos a resposta do pessoal do Santos Dumont, começamos a nos programar para a contingência. Na melhor das hipóteses, o pneu chegaria rapidamente. Precisaríamos fazer o desembarque dos passageiros para a manutenção, mas tudo seria resolvido rapidamente. Talvez, o pneu demorasse a chegar, então começamos a preparar os vouchers de alimentação. Mas, para o caso de o voo ser cancelado, já haviam alguns funcionários ligando para a cooperativa de taxi do aeroporto e para alguns hotéis da cidade, já pré-reservando os quartos para os 140 e tantos passageiros daquele voo.</div><div><br /></div><div>Depois de algum tempo de espera, a boa notícia. O Santos Dumont tinha o pneu que poderia ser substituído no nosso A320. A má notícia é que a gente não sabia quanto tempo demoraria para o pneu chegar. Mas não seria tão rápido assim. Alguns colegas foram mandados aos restaurantes, para já pedirem pra preparar a refeição para os clientes. Eu recebi uma missão diferente: havia uma menor desacompanhada no voo. A supervisora me pediu para ligar para a mãe da garota (que a esperava em Brasília) e avisar que o voo atrasaria.</div><div><br /></div><div>Como dar essa notícia? Como ligar para a mãe de uma criança, que certamente estava preocupada com a criança voando sozinha, sem matar a mulher do coração? Como falei em um dos meus últimos textos, as pessoas morrem de medo de voar. Eu sabia que na hora que me apresentasse, antes mesmo de explicar o que havia acontecido, a mãe entraria em desespero, imaginando que eu estivesse avisando que o avião caiu… Com esse pensamento, cheguei na nossa sala, peguei o telefone e disquei para Brasília. E com a voz mais calma e animada possível, falei:</div><div><br /></div><div>– Boa noite, senhora, tudo bem? A senhora é a mãe da Fulana? Então, meu nome é Lucas, eu trabalho na Avian…</div><div><br /></div><div>E antes que eu pudesse terminar de falar, a mãe entrou em desespero, chorando e perguntando o que tinha acontecido com a filha dela.</div><div><br /></div><div>– Não, senhora, calma! Sua filha está bem. Ela está jantando neste momento, porque o avião teve de trocar o pneu, mas ela está bem, eu juro. Só vai chegar um pouco atrasada em Brasília. Quando o avião decolar, te ligamos com o horário previsto do pouso.</div><div><br /></div><div>Coitada… não condeno a mãe da garota. Mas eu ainda era novato de aeroporto, não sabia ao certo como falar com ela. Enfim, mãe mais calma e informada que a filha chegaria em Brasília no meio da madrugada, ouço a supervisora me chamar no rádio. Bora apagar o segundo incêndio da noite.</div><div><br /></div><div>Ela me pediu para voltar com urgência para o portão de embarque. Eu deveria acompanhar uma passageira que havia desistido daquela viagem, para que a gente pudesse fazer a remarcação do voo dela sem custo. Olha, pela legislação vigente na época, aquilo só poderia ser feito depois de quatro horas de atraso (ainda estávamos na primeira hora). Havia algo de errado…</div><div><br /></div><div>Havia algo de muito errado…</div><div><br /></div><div>Assim que cheguei no portão, vi uma passageira de costas, conversando com meus colegas. A supervisora, ao me ver chegar, me puxou num canto e falou:</div><div><br /></div><div>– Lucas, eu preciso que você descubra o que aconteceu.</div><div><br /></div><div>– Sobre…?</div><div><br /></div><div>– Essa passageira começou a gritar no meio do avião que não viajaria no mesmo voo que o cara que estava sentado ao lado dela. E o cara estava todo sem graça, pedindo desculpas. Ela não quis contar o que aconteceu… Descobre pra nós?</div><div><br /></div><div>– Ah… tá… descubro…</div><div><br /></div><div>Pela primeira vez, os 600 metros, três andares de descida e três andares de subida que separavam a sala de embarque do Terminal 1 e nossa loja no Terminal 2 nos ajudaria. Bora voltar a praticar a antiga profissão de jornalista, né?</div><div><br /></div><div><div>Enquanto voltávamos, as coisas mais terríveis passavam pela minha cabeça. No mínimo, havia acontecido um assédio sexual naquela aeronave. Era a única justificativa, na minha cabeça, para a passageira ter uma reação daquelas. Por outro lado, ela não parecia tão abalada. Sendo homem, eu nem consigo imaginar o que as mulheres passam em relação a assédios, cantadas e outros tipos de violência. Mas, ela não parecia tão abalada. Eis que, no meio do caminho, ela olha pra mim e fala.</div><div><br /></div><div>– Você me garante que, se o voo for cancelado e vocês forem remarcar o voo de todo o mundo, vocês não vão me colocar no mesmo avião que o passageiro que estava do meu lado?</div><div><br /></div><div>Olhei pra ela surpreso. OK, havia surgido a brecha. Tentando confortá-la, eu disse:</div><div><br /></div><div>– OK, vou passar a situação para a loja…</div><div><br /></div><div>Antes que eu pudesse perguntar qualquer outra coisa, ela me diz:</div><div><br /></div><div>– Sabe, eu tenho muito medo de voar.</div><div><br /></div><div>– Olha, senhora, eu entendo que as pessoas tenham medo, mas a senhora pode voar tranquila, os aviões são perfeitamente seguros…</div><div><br /></div><div>– Sim, sim, eu sei… Mas morro de medo… Mas, mesmo com medo, eu acabo tendo que voar a trabalho. Tento me distrair. O problema é quando acontece tipo o que aconteceu hoje.</div><div><br /></div><div>– O que houve?</div><div><br /></div><div>– Eu já tava preocupada porque o avião entrou em manutenção. De repente, o passageiro que tava do meu lado virou para mim e fez o seguinte comentário: “Dois anos atrás, eu sonhei que estava num voo da Avianca que caía. E é a primeira vez que voo na Avianca”.</div><div><br /></div><div>Ótima notícia. Não foi assédio sexual. O medo que eu estava sentindo se transformou numa mistura de curiosidade e incredulidade. Olhei para a passageira querendo ouvir o restante da história. Ela prosseguiu</div><div><br /></div><div>– Aí o meu medo veio com tudo. Mas, ainda tentando manter a calma, tentei pesquisar mais sobre o tal sonho. Perguntei para ele se o sonho era durante o dia ou durante a noite e ele me disse que era de noite. Aí ele me perguntou em que assento eu estava. Respondi “22C”. E ele me disse: “é, no meu pesadelo, eu tava no assento 22B do avião que caía”. Aí eu não aguentei. Eu comecei a gritar que não voaria no mesmo avião que ele e ele começou a pedir desculpas! Por favor, não me coloquem no mesmo avião que ele!</div><div><br /></div><div>Eu não sabia como reagir àquela história. Ao mesmo tempo que eu queria rir do completo absurdo da situação, eu respeitava o medo da mulher e queria trazer algum conforto a ela. Estava completamente aliviado por não ter acontecido nenhum crime a bordo, porém perplexo com a total falta de noção do outro passageiro ao falar um absurdo tão grande para uma completa estranha. Eu duvido que ele tenha tido o tal pesadelo com o acidente aéreo da Avianca. Pra mim (e pra minha supervisora, quando contei a história para ela), ele era apenas um engraçadinho que queria fazer uma piada de gosto bem duvidoso.</div><div><br /></div><div>Leitor, não faça comentários com queda de avião dentro de um avião. Especialmente se for com um desconhecido. Você não faz ideia do que seu comentário pode despertar na pessoa ao seu lado.</div><div><br /></div><div>Ah e o pneu chegou depois da 1 da manhã. O avião decolou depois das 2 e pousou em Brasília com segurança naquela madrugada. Nos 17 anos que a Avianca Brasil voou, nunca houve um acidente fatal. E o único acidente que houve foi o pouso de um Fokker 100 (ou MK-28, coincidentemente em Brasília), no qual o avião teve dano estrutural, mas ninguém se feriu gravemente.</div></div><div><br /></div><div>Lucas Conrado</div>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-41527184964100372302022-06-03T21:20:00.003-03:002022-06-03T21:20:24.679-03:00Avião Vermelho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTbTxeR9z0i1mD_TgcxsTOh_4ZC0tU0VjGkWJoYTWYwEw_Bk4APYw-dtW6cBkl0MDGKH2AZlQ2-xYnbnOr2dkPyXr1AHnF3Hu0svt0kufpSAeKt0gGMqQ1s6gCzkloX9lccraug-QCtVcLDPPJ_1WE1iZQTGUVWWjRmMYrRBfCMbFh0Dj88wyiBK4F/s4288/10%20a319.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2848" data-original-width="4288" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTbTxeR9z0i1mD_TgcxsTOh_4ZC0tU0VjGkWJoYTWYwEw_Bk4APYw-dtW6cBkl0MDGKH2AZlQ2-xYnbnOr2dkPyXr1AHnF3Hu0svt0kufpSAeKt0gGMqQ1s6gCzkloX9lccraug-QCtVcLDPPJ_1WE1iZQTGUVWWjRmMYrRBfCMbFh0Dj88wyiBK4F/w400-h266/10%20a319.JPG" width="400" /></a></div><br /><p><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">Meu amor</span></p><span id="docs-internal-guid-f2bd4ba2-7fff-2788-c5ca-8301bb50caac"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Eu sei que você não vai escutar</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">De mim você foi se afastar</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas preciso descarregar a dor</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É que nada me deixava mal</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Até São Paulo era legal</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando o mundo era menos cruel</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">E ainda tinha avião vermelho</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Atravessando o céu</span></p><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div></span>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-78195209304244235232022-05-05T18:37:00.003-03:002022-05-05T18:37:34.826-03:00Turbulência<p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTAsoBiB7hoL8BJvfAu0gDqt9p_sMe44234t_EbEHwAsiRQgFlth6k-_JNTnj9HyJlQrhQY9Dj19tcwnYf9mv8JTGzDKBQuEGVh9UfNk6xbqJoYAjULekJZ3zyreQ5TQS1R9vq4APk7c9i04Cu0_YzH9UNkLZwb2UiDGC5zPOy3zdddB68-GrQVcIr/s4032/20220501_213311.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1816" data-original-width="4032" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTAsoBiB7hoL8BJvfAu0gDqt9p_sMe44234t_EbEHwAsiRQgFlth6k-_JNTnj9HyJlQrhQY9Dj19tcwnYf9mv8JTGzDKBQuEGVh9UfNk6xbqJoYAjULekJZ3zyreQ5TQS1R9vq4APk7c9i04Cu0_YzH9UNkLZwb2UiDGC5zPOy3zdddB68-GrQVcIr/w596-h267/20220501_213311.jpg" width="596" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">foto: Lucas Conrado</td></tr></tbody></table></p><p>O avião corta o céu tranquilo da Paraíba, a uns 12 quilômetros do chão, voando a 900 km/h. A monotonia reina na aeronave. Passageiros dormem. Tripulantes tentam passar o tempo.</p><p>Tudo está calmo. Não fosse o som dos motores, poderia-se dizer que o Embraer estava parado, de tão calma que estava a noite. Apesar da calmaria, seu estômago se revirava e ficava gelado, como se estivesse numa turbulência. Na verdade, a única turbulência daquela noite havia acontecido quando o avião estava no chão. E ele deu um abraço de despedida.</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-31516290851128045622021-11-28T23:03:00.004-03:002021-11-28T23:06:05.675-03:00Conversando sobre a letra de Desde Que Te Perdi, do Kevin Johansen<p style="text-align: justify;">Eu adoro as músicas do cantor argentino Kevin Johansen. Especialmente o <b><a href="https://open.spotify.com/album/0xUtYEyks6eStMqschADeF?si=Ehme_JOJRc22fwcofEAwAw">disco que ele gravou ao vivo em Buenos Aires com sua banda The Nada</a></b> e com uma participação do cartunista Liniers. Provavelmente, quando sair minha retrospectiva de 2021 no Spotify, ele vai estar no topo, muito provavelmente com a música Desde que te Perdi no primeiro lugar.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="333" src="https://www.youtube.com/embed/UNBs-r77-fM" width="483" youtube-src-id="UNBs-r77-fM"></iframe></div><br /><span><a name='more'></a></span><p style="text-align: justify;">Primeiro, quem é Kevin Johansen? Filho de pai estadunidense e mãe argentina, Kevin nasceu no Alasca em 1964. Durante a infância e adolescência, viveu nos Estados Unidos, Uruguai e Argentina. Ainda nos anos 80, se apresentou junto do duo argentino Instruccion Civica, mas foi só em 2000 que Kevin lançou seu primeiro álbum, que leva o nome de sua banda <a href="https://open.spotify.com/album/2HzWcwDz1vXbYF3TH7XaMX?si=WiqBbyjWSKWYsLE9WvmPxA"><b>The Nada</b></a>. Ao longo dos anos, Kevin lançou nove álbuns, contando com várias participações especiais, como Jorge Drexler, Natalia Lafourcade, Pity Alvarez e o cantor brasileiro Paulinho Moska. Inclusive, Kevin, Moska e outros músicos sul-americanos têm um projeto muito legal, quase de intercâmbio, chamado <b><a href="https://verdadesparticulares.wordpress.com/2009/12/16/kevin-johansen-jorge-drexler-paulinho-moska-e-o-mercosurf/">Mercosurf</a></b>. Misturando pop, rock, cumbia e outros estilos latinos, com letras cheias de ironia, acho Kevin Johansen um dos melhores cantores da atualidade! Inclusive, se você tem resistência a música em espanhol, fica a recomendação das versões do Kevin de <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=PW8pEV6B2Ew">Modern Love, do David Bowie</a></b> e <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=8jzCe3uqr-k">Everybody Knows, do Leonard Cohen</a></b>.</p><p style="text-align: justify;">Quando comecei a ouvir <b><a href="http://lucasconrado.blogspot.com/2010/04/musica-eco-jorge-drexler.html">Jorge Drexler</a></b>, lá em meados de 2010, logo fui procurar outros artistas latinos e descobri na sequência o Kevin Johansen. Como costumo comentar, Jorge Drexler é o aluno bonzinho que senta na primeira fila e presta atenção na aula. Kevin é o cara descoladão que senta no fundo da sala, tem uma tiradinha sempre na ponta da língua e um sarcasmo no que escreve. Desde Que Te Perdi é bem assim. Uma música sobre o fim de um relacionamento, mas tratada com um leve deboche, mas com algo sutil no fundo. Vamos a ela?</p><p style="text-align: justify;"><i>Desde que te perdí<br /></i><i>se están enamorando todas de mí<br /></i><i>y hasta algunas me quieren convencer<br /></i><i>que con ellas podría ser feliz.</i></p><p style="text-align: justify;">A tônica da música é bem essa. Logo na primeira estrofe, o eu lírico diz que está arrasando corações na nova vida de solteiro. Todas as garotas se apaixonam por ele e algumas até querem convencê-lo que ele só vai ser feliz com elas.</p><p style="text-align: justify;"><i>Desde que te perdí las puertas<br />se me abren de par en par,<br />se me abrió hasta la puerta de Alcalá<br />y yo aprovecho cada oportunidad.</i></p><p style="text-align: justify;"><i>Desde que te perdí nunca tuve tal libertad<br />desde que te perdí no me importa nada de ná...</i></p><p style="text-align: justify;">Ele, realmente, está muito melhor agora, que está solteiro. As portas se abrem para ele. Até a Puerta de Alcalá, um portão famoso em Madrid, no estilo do Portão de Brandemburgo (Berlim) ou o Arco do Triunfo (Paris) se abriu para ele. E, agora livre, aproveita cada oportunidade, sem se importar com nada!</p><p style="text-align: justify;"><i>Desde que te perdí la vida me sonríe sin cesar,<br />tengo trabajo y mucha estabilidad<br />y hasta he trepado en la escala social.</i></p><p style="text-align: justify;">Não são só as portas que se abrem. A própria condição financeira e social do eu lírico melhorou. Ele está trabalhando, tem um emprego estável e que paga bem. Ele subiu até na escala social! Se a vida está boa para alguém, está para o eu lírico.</p><p style="text-align: justify;">Inclusive, um detalhe que minha amiga Bruna Lays percebeu quando falei dessa música para ela. Perceba que até aqui, as estrofes sempre começam com "desde que te perdi". Esse recurso literário de repetição está aí para ficar toda hora reafirmando desde que momento o eu-lírico passou por toda essa suposta melhoria de vida.</p><p style="text-align: justify;"><i>De ágape en ágape,<br />princesas me sonríen de cuando en vez,<br />me dicen el Hugh Hefner Aragonés,<br />seguro que no sabes ni quién es...</i></p><p style="text-align: justify;">Essa é uma das partes que eu mais demorei a entender por não associar o nome à pessoa. Nesse trecho, o eu lírico se define como o Hugh Hefner aragonês. Quem é Hugh Hefner? Como o eu-lírico já sabe que você não o conhece, vou facilitar a vida. Ele é o fundador da revista Playboy. Esse trecho da música volta a falar do sucesso que o eu-lírico faz com as mulheres na vida de solteiro, provavelmente muito bonitas, afinal ele está fazendo uma referência à Playboy.</p><p style="text-align: justify;">Entretanto, você conhece aquela história de "quem muito desdenha, quer"? Quando prestei atenção na letra da música pela primeira vez, achei curiosa essa necessidade do eu lírico reforçar que está bem e feliz sem o antigo amor. Parece que tem algo errado aí. Então vem o próximo trecho.</p><p style="text-align: justify;"><i>Desde que te perdí hago lo que me da la gana<br />Desde que te perdí ya no tengo ganas de nada...</i></p><p style="text-align: justify;">É nesse momento que o eu lírico é sincero pela primeira vez e a música dá uma reviravolta. Desde o fim do relacionamento, ele faz tudo o que quer. O problema é que desde o fim do relacionamento, ele não tem vontade de fazer nada. Parece aquela parte da conversa que o eu lírico diz "então... na verdade, as coisas não estão tão boas..."</p><p style="text-align: justify;"><i>Desde que te perdí tomamos unas cañas por ahí,<br />me dices que no es lo mismo ya sin mí,<br />que ahora también eres mucho más feliz...</i></p><p style="text-align: justify;">O eu-lírico reencontrou o ex-amor em algum lugar e chamou a garota para tomar umas. Provavelmente, a conversa que ele vem contando vantagem em toda a música. A garota também diz que não é a mesma coisa sem ele, já que ela também está mais feliz. Mas, será que é verdade?</p><p style="text-align: justify;"><i>Desde que te perdí, desde que me perdiste<br />desde que me perdí, desde que te perdiste...</i></p><p style="text-align: justify;">Essa sutileza do fim da música foi o que fez me apaixonar por Desde Que Te Perdi. É uma continuação do que foi falado anteriormente, que a garota agora está muito mais feliz. "Desde que te perdi, desde que você me perdeu". Até aí nada demais. Ele só está falando que um perdeu ao outro. Mas aí vem o golpe "Desde que me perdi, desde que você se perdeu".</p><p style="text-align: justify;">Em algum episódio de <i>How I Met Your Mother</i>, alguém diz que quando um namoro termina, uma pessoa sai vencendo e outra perdendo. Alguém já começa a namorar logo e toca a vida rapidamente, enquanto a outra pessoa fica numa crise desgramenta, sofrendo pelo fim do namoro. Na música Desde Que Te Perdi, os dois querem mostrar que eles saíram do relacionamento vencendo. O eu-lírico contando todas as vantagens. A garota não mais amada, dizendo que está muito mais feliz sozinha.</p><p style="text-align: justify;">Mas aí vem o último verso e joga na cara de todo o mundo que os dois saíram perdendo. "Desde que me perdi, desde que você se perdeu". O eu lírico não perdeu apenas a garota. Ele perdeu quem ele era. A garota não perdeu apenas o eu lírico. Ela perdeu quem ela era!</p><p style="text-align: justify;">A música é genial!</p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-47937674001546320932021-11-27T00:35:00.000-03:002021-11-27T00:35:15.578-03:00Por Onde Andei - a MINHA interpretação<div style="text-align: justify;">É engraçado, no ensino médio, eu odiava Literatura, por ser muito ruim em interpretação de texto. Mas, com a gente mais velho, a gente acaba pegando o gosto por algumas coisas e uma das que eu gosto é justamente tentar interpretar textos. Talvez por eu sempre ter gostado de escrever textos com alguma camada a mais de profundidade (ou tentado fazer isso), passei a tentar entender as letras de músicas. E vou falar aqui de uma música de procura de amor, mas do ponto de vista do amor procurado.</div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;">Escuto Por Onde Andei, do Nando Reis, desde meus 15, 16 anos. Passei a ouvir mais por conta de ela estar na trilha sonora de um dos meus filmes favoritos, <b><a href="https://www.adorocinema.com/filmes/filme-108954/">Meu Tio Matou um Cara</a></b>. Sempre ouvi a música, mas fui começar a pensar na letra dela só recentemente. E, por mais que o Nando Reis já tenha <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Gx3bIN9S9NA">até feito um vídeo explicando a letra</a></b>, vou tomar a liberdade de compartilhar com vocês como eu interpreto a letra. Vem comigo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="361" src="https://www.youtube.com/embed/0H5y-GDTrHc" width="511" youtube-src-id="0H5y-GDTrHc"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por Onde Andei, pra mim, é uma música de amor, porém de um ponto de vista um pouco diferente do que estamos acostumados. Geralmente, as músicas são cantadas do ponto de vista de quem está procurando o amor. Por Onde Andei, pelo menos do jeito que gosto de pensar, é do ponto de vista da pessoa procurada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Desculpe, estou um pouco atrasado</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Mas espero que ainda dê tempo</i></div><div style="text-align: justify;"><i>De dizer que andei errado e eu entendo</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Olha se não faz sentido o que eu pensei? O eu-lírico está aqui se desculpando por demorar tanto para entrar na vida de quem o procurava. E ele ainda tem a esperança de dar tempo de corrigir isso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>As suas queixas tão justificáveis</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E a falta que eu fiz nessa semana</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Coisas que pareceriam óbvias</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Até pra uma criança</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As queixas de quem o esperava (talvez queixas de solidão) são tão óbvias que até uma criança entenderia o que a pessoa estava passando.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Por onde andei</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Enquanto você me procurava?</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Será que eu sei</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Que você é mesmo</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Tudo aquilo que me faltava?</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;">Aqui a interpretação vai para dois caminhos diferentes. Um segue para o lado que eu já ia encaminhando. Onde o eu-lírico esteve enquanto a outra pessoa o procurava. Ele já sabe da falta que faz na vida da outra pessoa?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por outro lado, existe uma interpretação que essa música é, na verdade, sobre alguém que vacilou e perdeu o amor da vida dele. E, ao invés da outra pessoa estar procurando por um amor ainda desconhecido, ela, na verdade, estaria procurando pelo amor dela, que ela já conhece, mas o eu-lírico é alguém ausente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas, voltando para minha interpretação. Por Onde Andei dialoga bastante com uma música escrita e interpretada por um dos grandes parceiros do Nando Reis: Acima do Sol, escrita por Samuel Rosa, do Skank. De novo, pra mim, Por Onde Andei é do ponto de vista de alguém que tá demorando para entrar na vida de alguém. Acima do Sol chama atenção de alguém que não está correspondendo a uma garota muito legal que gosta da pessoa:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/2m-vthh7s8U" width="493" youtube-src-id="2m-vthh7s8U"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Assim ela já vai</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Achar o cara que lhe queira</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Como você não quis fazer</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Sim, eu sei que ela só vai</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Achar alguém pra vida inteira</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Como você não quis</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Tão fácil perceber</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Que a sorte escolheu você</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E você, cego, nem nota...</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;">Eu nem vou gastar meu teclado aqui analisando a letra. É muito direta, como todo bom puxão de orelha. E não se encaixa direitinho com o cara lá da música do Nando Reis que está demorando para ser encontrado pela pessoa amada?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">PS. Acima do Sol é do MTV Ao Vivo em Ouro Preto, gravado pelo Skank em 2001. Por Onde Andei é também de um MTV Ao Vivo, mas do Nando Reis, de 2004. Obviamente, uma música não é resposta a outra, mas acho legal pensar que elas se encaixam.</div>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-14032799744903789802021-10-06T09:43:00.001-03:002022-11-06T10:01:30.397-03:00Rua Sapucaí<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCcGji8cDFTpoi5jOfpeM365xiCopI8DcDObBU-DyK3pbiWgv_WGDGn7aXliURBpuE2c5OwAGD7Wyoes3jREYs6BbPjrfkP6_ADVoaVx-EAr9ziCU1Hzkoiomcbj61DebOUPMAG6RJP5Ym9WmYO-ox7jJTEVQUBkKIt_NOJcQ8YdbTbt47nskXXXHw/s600/20220703_155017.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCcGji8cDFTpoi5jOfpeM365xiCopI8DcDObBU-DyK3pbiWgv_WGDGn7aXliURBpuE2c5OwAGD7Wyoes3jREYs6BbPjrfkP6_ADVoaVx-EAr9ziCU1Hzkoiomcbj61DebOUPMAG6RJP5Ym9WmYO-ox7jJTEVQUBkKIt_NOJcQ8YdbTbt47nskXXXHw/s16000/20220703_155017.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p>Encostados no parapeito, eles pararam de conversar. Desde que haviam se encontrado, algumas horas antes, não tinham parado de conversar. A química existia. Eles sentiam isso. Agora era tomar o próximo passo.</p><span><a name='more'></a></span><p>Silêncio do casal. Os olhos dele se encontraram com os dela. Frio na barriga. Aquele frio na barriga que eles já tinham sentido com outras pessoas tantas vezes antes. Sorrisos sem graça. Os rostos se aproximando. Os olhos fechados e o beijo. O primeiro beijo. Ele, finalmente, estava beijando a menina que gostava. A primeira menina que gostava havia anos.</p><p>Terminaram de se beijar e se olharam, sorrindo.</p><p><span style="color: white;">Crônica publicada em 6 de novembro de 2022</span></p>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-56229778212356379022020-02-02T22:04:00.000-03:002020-02-02T22:04:48.068-03:00Podcasts que Participei<b>Segue abaixo a lista dos podcasts que participei ao longo dos anos!</b><br />
<b><br /></b>
<b>2013</b><br />
Terra Estrangeira 20 – Turismo no Chile (fora do ar)<br />
<br />
Telhacast #81 – Caso Varginha (fora do ar)<br />
<br />
Telhacast #82 – Caso Varginha + (fora do ar)<br />
<br />
Último Bar – O Galo na Libertadores (fora do ar)<br />
<br />
<a href="http://livrocast.com.br/livrocast-035-2-filhos-mundo/" target="_blank">LivroCast 35 (parte 2) – Filhos do Fim do Mundo</a><br />
<br />
<b>2014</b><br />
Chá dos Cinco #42 – Encontro com Andriolli Costa, Jadson Moura e Lucas Conrado (fora do ar)<br />
<br />
<a href="http://old.mundopodcast.com.br/naporteiracast/npc044-os-incas.mp3">http://old.mundopodcast.com.br/naporteiracast/npc044-os-incas.mp3</a><br />
<br />
<b>2015</b><br />
<a href="http://dragoesdegaragem.com/podcast/dragoes-de-garagem-47-crise-hidrica/" target="_blank">(Leitura de emails) Dragões de Garagem #47 – Crise Hídrica</a><br />
<br />
<a href="http://dragoesdegaragem.com/podcast/50-encelado-tita-e-europa/" target="_blank">Dragões de Garagem #50 – Encélado, Titã e Europa</a><br />
<br />
<a href="https://mundopodcast.com.br/podema/112-meu-violao-e-voce/" target="_blank">Po(D)ema #112 – Meu violão e você</a><br />
<br />
Papo do Fino #173 Atlético Mineiro (fora do ar)<br />
<br />
<a href="http://dragoesdegaragem.com/podcast/dragoes-de-garagem-57-radiacao/" target="_blank">Dragões de Garagem #57 – Radiação</a><br />
<br />
<a href="https://agenciatransmidia.com.br/audiodrama-khaoz-crescente-episodio-1-parte-2/" target="_blank">Audio Drama – Khaoz Crescente – Episódio 1 – Capítulo 2 – Parte 2</a><br />
<br />
<a href="http://dragoesdegaragem.com/podcast/dragoes-de-garagem-61-ciencias-humanas-ou-humanidades/" target="_blank">Dragões de Garagem #61 – Ciências Humanas (ou humanidades)</a><br />
<br />
<a href="http://aerocast.com.br/aerocast-24-historias-de-aeroporto-2/" target="_blank">Aerocast #24 – Histórias de Aeroporto 2</a><br />
<b><br /></b>
<b>2016</b><br />
<a href="http://galleycast.com/2016/10/galleycast-especial-dia-do-podcast/" target="_blank">Galleycast Especial – Dia do Podcast</a><br />
<br />
<b>2017</b><br />
<a href="https://despachados.com.br/cambio/" target="_blank">(Leitura de emails) Despachados #015 – Câmbio, Cartões e Travell Money</a><br />
<br />
<a href="https://agenciatransmidia.com.br/agencia-transmidia-35-b-jambocks-o-filme/" target="_blank">Agência Transmídia #35B – Jambocks o filme</a><br />
<br />
<b>2018</b><br />
<a href="http://www.mundofreak.com.br/2018/03/02/mundo-freak-confidencial-191-crimes-bizarros-canibalismo/" target="_blank">(Leitura de emails) Mundo Freak Confidencial #191 – Crimes Bizarros: Canibalismo</a><br />
<br />
<a href="https://codornacast.com/voar-voar-subir-subir-11-10-18/" target="_blank">Codorna Diário #27 – Voar Voar Subir Subir</a><br />
<br />
<b>2019</b><br />
<a href="https://www.spreaker.com/user/scalabrini/papo-acessivel-agente-de-aeroporto-e-com" target="_blank">Papo Acessível – Agente de Aeroporto e Comissário de Voo</a><br />
<br />
<a href="http://podcastloschicos.com.br/chico-news-99/" target="_blank">Chico News #99 – O Bolsogado, As Aves Criminosas e o Macarrão a Alho e Ódio</a>Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-30401101955447708672020-02-02T21:48:00.001-03:002020-02-02T21:48:20.122-03:00Os melhores podcasts de 2020No fim do ano passado, quis fazer uma retrospetcitva dos melhores podcasts/episódios que ouvi. Mas minha memória é horrorosa e acabei não compartilhando. Em 2020, vou fazer o negócio direitinho e, a medida que eu for ouvindo podcasts muito legais, vou atualizando aqui e no fim do ano, compartilho essa postagem com vocês!<br />
<br />
Vou separar aqui a postagem entre podcasts e episódios! E os programas devem ter sido gravados em 2020!<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><b>Podcasts</b><br />
<b><br /></b>
<b>Episódios</b><br />
<b><a href="http://tomeigosto.com.br/podcast-alexandre-kalil/" target="_blank">Tomei Gosto - Alexandre Kalil</a></b><br />
Mario Alaska, humorista da rádio 98FM de Belo Horizonte, comanda um podcast de entrevistas. Eu tava procurando algum programa que falasse de Belo Horizonte e tropecei numa entrevista com o Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético e atual prefeito da capital mineira! E que entrevista deliciosa de ouvir! Aqui não é aquele Kalil puto das calças esbravejando contra o árbitro ou contra os próprios jogadores. É um Kalil mais calmo, mais leve, falando sobre o amor que tem pela culinária e sobre suas bebidas favoritas. Recomendadíssimo!Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-30038697165306599772019-01-23T00:00:00.001-02:002019-01-23T00:00:23.627-02:0020, 30, 40 anos...<div style="text-align: justify;">
E, dez anos depois, cá estamos nós outra vez.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW9lM72lED9f4T1l7AD1NZZZWFHN0RcEsow1FcQuJUk9UIzyH8fFWlWo3yN2cxDwhMRQlr8zNVI7Qd7XUunzRBUuzHPVs2vDpjGUnaNKkD8t6h2OPZgFBA02K_itBJZCbiqa8itCHfgCM/s1600/Cajuru.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW9lM72lED9f4T1l7AD1NZZZWFHN0RcEsow1FcQuJUk9UIzyH8fFWlWo3yN2cxDwhMRQlr8zNVI7Qd7XUunzRBUuzHPVs2vDpjGUnaNKkD8t6h2OPZgFBA02K_itBJZCbiqa8itCHfgCM/s1600/Cajuru.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2009, quando completei 20 anos, escrevi <b><a href="http://lucasconrado.blogspot.com/2009/01/10-20-30-anos_23.html" target="_blank">uma carta para mim mesmo com 10</a></b>. E passei a última década me perguntando o que escreveria hoje, que estou completando 30. Foram 10 anos me perguntando o que eu falaria e hoje, não sei o que dizer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos tentar...</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
"Não, Lucas de 20 anos. Não vou te dizer o que você queria ouvir em 2009. Você não vai estar casado com aquela menina que você amava em segredo. Na verdade, nem amor aquilo não era. Você estava prestes a descobrir o que era amor e definitivamente, não era o que você sentia por aquela menina. Vocês continuam amigos. Ela está casada hoje, em 2019. Você, não. Mas não faz mal... você não vai querer estar casado aos 30.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos 30, tanta coisa legal vai estar acontecendo... pra começar, você vai morar em Minas Gerais, finalmente. Não, não vai ser em Belo Horizonte, vai ser ali do lado, em Vespasiano. Você vai ter uma namorada legal. Mineira. Com o sotaque maneiríssimo das mulheres de Belo Horizonte. Ela vai te irritar bastante, mas insiste com ela, ela vale a pena. Sabe a faculdade de jornalismo que você está fazendo? Pois é, você não vai atuar na área. Não desista, vai até o fim, mas saiba que 25 anos não é tarde demais para mudar de carreira. Mude, sem medo! Você vai sofrer um pouco trabalhando em aeroporto, mas vai fazer grandes amigos. E vai sentir um puta tesão pelo trabalho no aeroporto. Mas nada comparado com a evolução que você vai passar ao se tornar comissário de bordo. Sim, comissário. Você não vai mais querer ser piloto. E será o cara mais feliz do mundo atendendo aos passageiros!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você vai passar por muita coisa nesses 10 anos. Vai se apaixonar bastante. Vai quebrar muito a cara. Você vai ver certezas consolidadas desabando. Você vai falar muita merda. Sério, aos 30, você vai ver como as suas certezas aos 20 estão completamente erradas! E vai perceber como os privilégios que você tem facilitaram demais o seu caminho e que nem todos têm a sua sorte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lucas, escolha muito bem que brigas comprar e que causas defender. Pratique muito a empatia e abra os ouvidos para outras opiniões. Ouça mais, fale menos. Observe muito as pessoas ao seu redor. Não confie demais. Não se entregue demais aos sentimentos. Pense bem antes de tomar uma decisão, mas não deixe esses pensamentos te travarem. Acima de tudo, se tiver medo de fazer algo, faça com medo mesmo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como te falei, você vai morar em Minas. Você vai ser um comissário de bordo. É sério, você vai trabalhar na aviação, numa companhia aérea! E você só vai alcançar o que mais deseja quando aprender a lidar com o medo. Você vai precisar dar o salto de fé, vai precisar sair da zona de conforto. Às vezes, vai precisar jogar tudo pro alto para poder correr atrás dos grandes sonhos. Você vai passar anos se sentindo o Luke Skywalker preso em Tatooine, querendo viver as grandes aventuras. Mas, enquanto você não tiver coragem de largar tudo e correr atrás do que realmente quer, você não vai conseguir!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, cara, a parte mais difícil é dar o impulso para fazer a mudança. Depois que você começa, as coisas mais ou menos se encaixam!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um grande abraço do cara que mais te ama no mundo! Que a Força esteja com você!</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://twitter.com/olucasconrado" target="_blank">@OLucasConrado</a></b>"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que quero ouvir de mim mesmo aos 40?</div>
<div style="text-align: justify;">
Sei lá! Até lá eu descubro!</div>
Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-84760957264979875372016-04-16T18:39:00.002-03:002016-04-16T18:42:19.108-03:00Num futuro não tão distante assim...<div style="text-align: justify;">
<b>Pelo andar da carruagem, vamos esbarrar com isso logo logo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://www.flickr.com/photos/tato/6246868577/in/photolist-aw1QoD-7xDTgb-2keqQ1-rpFoCv-5vRAyh-b3Ctfg-bnqTz4-bV7Sxm-ovrztw-eZZb5m-afSE7-74JdKB-8QWzab-2zVAm1-74Jfex-88bq2f-wWmmM-eR9gp-FQxxr6-LfXDV-3JMbP9-eR9ak5-bwwJ5x-5LGnC6-ie8ZXP-6ZV2xJ-7VyfUk-6yiU7D-eR6gg-5EQJ1w-cht3k-5VBFbM-wWmmU-ftAEeH-deswhd-nU84Cv-m56tF2-s4NioZ-wWmmR-b2RPiR-HCVGx-9LgB4C-7J84QJ-fyS8er-ceWks-gXez7-anNMwn-eCorcK-9zQdGq-7ADAR7" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHihIgMJsfRGEPQDVrTcJXIXLfbSFDYJYA8vlh-ihzAVgpD5OK6kQjkqIzdrb8S9YfPzaJoY_bzURw6dYjSTCSE_t30b2xa5YRoLFSTz3P2HptCMh6vTAbFgmSGX0YMlyJsl6DW0lNAfI/s1600/6246868577_cb9c1232c8_z.jpg" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://www.flickr.com/photos/tato/6246868577/in/photolist-aw1QoD-7xDTgb-2keqQ1-rpFoCv-5vRAyh-b3Ctfg-bnqTz4-bV7Sxm-ovrztw-eZZb5m-afSE7-74JdKB-8QWzab-2zVAm1-74Jfex-88bq2f-wWmmM-eR9gp-FQxxr6-LfXDV-3JMbP9-eR9ak5-bwwJ5x-5LGnC6-ie8ZXP-6ZV2xJ-7VyfUk-6yiU7D-eR6gg-5EQJ1w-cht3k-5VBFbM-wWmmU-ftAEeH-deswhd-nU84Cv-m56tF2-s4NioZ-wWmmR-b2RPiR-HCVGx-9LgB4C-7J84QJ-fyS8er-ceWks-gXez7-anNMwn-eCorcK-9zQdGq-7ADAR7" target="_blank">(Foto: Thiago Pedrosa)</a></td></tr>
</tbody></table>
Nós, da Nimbus Motors do Brasil estamos lançando um projeto revolucionário, que vai melhorar a vida de todos os motoristas das grandes cidades brasileiras. Em um pouco mais de 10 anos, a frota de automóveis de capitais como Brasília e Manaus dobrou, de acordo com dados do Denatran. Além de dificultar a vida dos usuários, já que as ruas estão cada vez mais engarrafadas, essa quantidade extra de automóveis deteriora bastante a qualidade do ar que respiramos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensando no bem estar da população, vamos seguir uma tendência mundial, que está sendo adotada por fabricantes de países europeus: vamos estabelecer cotas mensais para os novos carros fabricados a partir deste mês. O projeto vai funcionar assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nimbus Clean - R$ 12 mil reais - Permite que você dirija 100 km por mês.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nimbus Basic - R$ 20 mil reais - Permite que você dirija 200 km por mês.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nimbus Plus - R$ 28 mil reais - Permite que você dirija 300 km por mês.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nimbus Top - R$ 37 mil reais - Permite que você dirija 500 km por mês.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Numbus Unlimited - R$ 55 mil reais - Permite que você dirija o quanto você quiser.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa é um tendência mundial e que em breve será adotada pelas outras fabricantes de automóveis. E acredite em mim, isso só vai te beneficiar. Como?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O presidente da Nimbus Motors do Brasil explica as vantagens desse projeto:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
- Vai beneficiar as pessoas que usam pouco o carro. Quem usa menos, pode comprar nossos modelos Clean e Basic, mais baratos. Já quem usa bastante, paga mais pelo carro, nada mais justo.<br />
<br />
Com um sorriso no rosto, o presidente prossegue:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
- Imagine que você precise levar um parente para o hospital, no horário de rush. As ruas e avenidas das cidades estão engarrafadas, você levaria horas para chegar ao hospital. Isso porque as vias estão lotadas de pessoas que não precisam usar o carro. Poderiam estar no transporte público. Com essas cotas mensais, só vai sair de carro quem realmente precisa.<br />
<br />
Aí que uma repórter levanta a mão e pergunta:<br />
<br />
- Mas presidente e se alguém precisar levar um parente ao hospital e já tiver estourado a cota do mês?<br />
<br />
- Ah, isso não vai afetar quase ninguém. Qual é a chance de alguém precisar ir ao hospital com a cota já terminada? Além disso, pode recorrer aos taxistas. Como somos legais e pensamos em quem depende do carro para viver, estamos lançando taxis sem limite de uso mensal!<br />
<br />
Nimbus Motors do Brasil, estamos aqui na boa, pensando em você!<br />
<br />
<b><a href="https://twitter.com/OLucasConrado" target="_blank">@OLucasConrado</a></b></div>
Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-13783565302867615392016-02-29T20:34:00.002-03:002016-02-29T20:34:55.356-03:00...mais quatro anos...<div style="text-align: justify;">
<b><a href="http://lucasconrado.blogspot.com.br/2008/02/daqui-quatro-anos.html" target="_blank">Começou em 2008</a></b>, quando eu ainda estava empolgado com o blog. <b><a href="http://lucasconrado.blogspot.com.br/2012/02/quatro-anos-depois.html" target="_blank">Continuou em 2012</a></b>, quando o blog já capengava... pois é, tem um tempão que não escrevo aqui, mas essa tradição eu tenho que manter. A tradição das postagens de 29 de fevereiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Como de praxe, é bom explicar como anda minha vida, né? Não sou mais jornalista. Semana passada, dia 23 de fevereiro, fui aprovado na ANAC, me tornando comissário de bordo. Aliás, sou comissário ainda no campo das ideias. Estou desempregado e, do jeito que as coisas estão no Brasil, tenho até medo de até quando estarei desempregado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não tá de todo ruim. Apesar de estar desempregado, estou namorando, o que é uma boa notícia. Tá certo que a menina mora longe, mas passei uma semana com ela e foi bem legal. Espero que continue dando certo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que fiz hoje? Como bom desempregado, nada. A ideia era sair para correr (tô precisando perder um pouco de peso), mas choveu o dia inteiro. Fiquei em casa, ouvindo podcasts, assistindo a Um Maluco no Pedaço e a vídeos no YouTube. Essa vida de desempregado é chata...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E meus planos para daqui a quatro anos? Continuar firme nesse namoro, estabelecido na profissão e pagando o financiamento do meu apartamento em Belo Horizonte? É, pode ser uma boa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se eu tiver saco, escrevo o que deu certo disso em 29 de fevereiro de 2020.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://twitter.com/OLucasConrado" target="_blank">@OLucasConrado</a></div>
Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-40567308455235846172015-12-18T16:20:00.001-02:002015-12-18T16:27:46.731-02:00Impressões de O Despertar da Força - SEM SPOILERS<div style="text-align: justify;">
Acabei de voltar do cinema. Vi O Despertar da Força duas vezes em dois dias. Sem rodeios, minhas impressões sobre o filme SEM SPOILERS!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="http://www.starwars.com/the-force-awakens/downloads/" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU3XCf4agP0GIJtJ18sV7Q8I1u0Dxe5ZzQD7J4ciDn_yhBIKEc_S3eQRuLEJdSXK3EbajqkLvNVJ83-_6JPQDTWIJLgGQ09wh2nDgoGoAsBEVi7FpuMCOm0Jgl0Z5Xzhz1aR6Fx9WsLl4/s1600/meus+pensamentos+tfa.jpg" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.starwars.com/the-force-awakens/downloads/" target="_blank">(Imagem retirada do site oficial do Star Wars)</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
- Filme sensacional, arrepiante! Estava com medo de me decepcionar, mas adorei. Tanto que estou voltando do cinema agora. Fui ver o filme ontem (na estreia) e hoje. E quero voltar a ver na semana que vem! Star Wars voltou a ser o que era.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Efeitos Especiais sensacionais. Um dos maiores pecados na trilogia nova (Episódios 1, 2 e 3) é o excesso de efeitos especiais. Personagens, cenários, naves, TUDO criado por computador. Em O Despertar da Força, temos os efeitos especiais necessários pra contar a história. Mas os cenários são reais, construídos. Muito mais fácil de acreditar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Estranho, apesar de o filme ser Star Wars, ter uma linguagem Star Wars, a estética dele é bem diferente dos outros filmes. Achei ele meio com cara de Harry Potter ou Senhor dos Anéis. Sei lá, a estética dos personagens e cenários me lembrou muito essas sagas. Não sei por quê.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Muitos negros, muitas mulheres, muitos orientais na tela. Isso é MUITO legal! E não é aquele negócio "olha, nós colocamos negros, mulheres, orientais e latinos"! Não, é um negócio natural, que, se você não prestar atenção, vai passar quase batido. Isso sem contar com os personagens principais, uma mulher, um negro e um latino. Boa, Disney!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Personagens cativantes, com personalidade e com uma química muito legal. Destaque para Rey, Finn e BB-8 (esse robozinho que mais parece um cachorro). O Poe também é um ótimo personagem, mas aparece menos na história. Os personagens clássicos (Han, Chewie, Leia e Luke) também têm seu papel legal na história. Gostei de todos eles, apesar de achar a Leia um pouco apagada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Capitã Phasma foi minha decepção no filme. Prometia muito no trailer e quase não aparece. Kylo Ren, sem carisma. Não é um vilão que chama atenção ou a gente gosta, tipo Darth Vader ou Darth Maul. Não é um personagem ruim, mas não me simpatizo por ele.<br />
<br />
- Vi o filme ontem (legendado) e hoje (dublado). Dublagem sensacional. Muito bem feita, Dá pra levar os filhos pra ver tranquilamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- O ponto fraco do filme pra mim: a trilha sonora. Vi o filme duas vezes e não fiquei com nenhuma música na cabeça. Mesmo a trilogia nova, cada filme tinha um tema marcante, que a gente ouvia e pensava "é de Star Wars". O Despertar da Força não tem isso. Os trechos da trilha mais marcantes pra mim são exatamente as releituras dos temas clássicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É isso. O que acharam do filme? Atendeu às expectativas? Ficou acima? Abaixo? Comentem aí!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://twitter.com/OLucasConrado" target="_blank">@OLucasConrado</a></div>
Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-351727470949228160.post-92175529605176585922015-08-26T18:41:00.003-03:002016-03-03T18:31:16.868-03:00Guia rápido de identificação de aviões<div style="text-align: justify;">
Não sei quem sabe, mas comecei nessa semana o curso de comissário de bordo. Se as coisas derem (muito) certo, nos próximos anos, estarei voando por aí, realizando o sonho de trabalhar na aviação. Hoje, voltando pra casa, duas colegas do curso me perguntaram se eu sei quais aviões voam nas companhias aéreas brasileiras. Ao invés de enviar essa informação só pra elas, num email ou numa mensagem no Facebook, decidi montar uma postagem aqui no blog, pra ajudar também outras pessoas que estejam estudando pra entrar na aviação ou tenha apenas curiosidade mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sou o maior especialista em aviões. Vou aqui compartilhar um básico, baseado na minha experiência fotografando aeronaves e com algumas informações de fontes na internet. Não quero fazer um texto muito acadêmico. Vou tentar ser o mais exato possível nas informações, mas esse aqui é um guia pra leigos identificarem aviões. Logo, vou usar uma linguagem bem coloquial, como esse blog sempre foi!<br />
<br />
De todo modo, comentários e correções são bem vindas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Começando pelas principais companhias aéreas nacionais.<br />
<br />
<b>ATUALIZAÇÃO DE 7 DE JANEIRO DE 2016</b><br />
Algumas das aeronaves daqui já não voam mais. Para não perder essas informações, vou destacar no modelo delas que não estão mais voando. Também acrescentei o Airbus A350 da TAM e o ATR 72 da Flyways, a nova companhia aérea brasileira.<br />
<br />
Também é legal dar uma olhada <a href="https://www.youtube.com/watch?v=QWaXXUxRMHo" target="_blank"><b>nesse vídeo</b></a> do blog Aviões e Músicas, no qual o Lito explica as diferenças entre os Boeing e Airbus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br />
<b><span style="font-size: large;">Avianca Brasil</span></b><br />
<br />
Ela já foi a Ocean Air, mas foi incorporada pela Avianca, adotando aqui no Brasil o mesmo nome. Opera em muito menos cidades que as concorrentes, mas tem um serviço de bordo bem legal, além de entretenimento a bordo bem completo, com TV, videogame, música e tal. Voa com diversos modelos de Airbus, além dos Fokker, que estão sendo aposentados.<br />
<br />
<b>Airbus A318</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxz5SEOUDX64QpBRugbUUZsLbff9eUC1tA6mJGfbiJMgMfQfFnYCv0cglPPjWNbck6_9__4jPJyMK3yuKcttI8px1tCvXl74Wk1mtzu1A3GS-DN448aQHXVw351c49SM4_SxToUjW3lk8/s1600/Avianca+A318.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxz5SEOUDX64QpBRugbUUZsLbff9eUC1tA6mJGfbiJMgMfQfFnYCv0cglPPjWNbck6_9__4jPJyMK3yuKcttI8px1tCvXl74Wk1mtzu1A3GS-DN448aQHXVw351c49SM4_SxToUjW3lk8/s1600/Avianca+A318.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
Parece um avião de brinquedo. Ele é tão alto quanto os A319 e A320, mas é bem curtinho (31 metros). Leva 120 passageiros. Você pode identificá-lo por causa dessa "desproporcionalidade". Como é curtinho, a cauda deve ser mais alta, para manter a controlabilidade caso um dos motores falhem.<br />
<br />
<b>Airbus A319</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPipedwnAYyV3OuPEG2NewFHogvXlaJa6RHpdpr6Kg35JK6OHM4TbKFPWPOKQgs1dDHDe8c6NsYjqYmmxeVDDhJfCUMNwsNHGbtnVP9g1Oze93KnPuGutF2odIZLw8-zAvChqLvkH3lbs/s1600/Avianca+A319.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPipedwnAYyV3OuPEG2NewFHogvXlaJa6RHpdpr6Kg35JK6OHM4TbKFPWPOKQgs1dDHDe8c6NsYjqYmmxeVDDhJfCUMNwsNHGbtnVP9g1Oze93KnPuGutF2odIZLw8-zAvChqLvkH3lbs/s1600/Avianca+A319.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
Pouco mais comprido que o A318 (33 metros), o A319 também leva mais passageiros (132). Confundia muito ele com o A320, mas me deram uma dica: os A319 que voam no Brasil têm apenas uma saída de emergência sobre as asas. A maioria dos A319 não tem um sharklet (inclinação para cima na ponta das asas que diminui o gasto de combustível) como os Embraer ou os Boeing.<br />
<br />
<b>Airbus A320</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFt9bEd47fVjR1KVUZ9_czJz2sH_MdZ2mcW37fQGjfW3GiDS7tRX9fCm7Oqlb5plRIEoKNcBI1cULBnmJbApZxKa70JEgAkrGu5avobPKdw5zdz-5ECQhhd9T0BlKz_Ueb2W2S83r0AZw/s1600/Avianca+A320+sharklet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFt9bEd47fVjR1KVUZ9_czJz2sH_MdZ2mcW37fQGjfW3GiDS7tRX9fCm7Oqlb5plRIEoKNcBI1cULBnmJbApZxKa70JEgAkrGu5avobPKdw5zdz-5ECQhhd9T0BlKz_Ueb2W2S83r0AZw/s1600/Avianca+A320+sharklet.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A320 com os sharklets e com as pontas de asas tradicionais <span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
Ele tem 37 metros de comprimento e leva 162 passageiros. Se diferencia do A319 porque, além de mais comprido, tem duas saídas de emergência sobre as asas. A maioria dos A320 não têm um sharklets. Mas as empresas estão começando a colocar essa modificação nas asas, para economizar combustível.<br />
<br />
É comum confundir o A319 e A320 com o Boeing 737. Mas tem algumas diferenças. A parte da frente dos Airbus é mais arredondada. E a cauda dele tem uma leve curva e sobe "direto". Já a cauda do 737 tem uma "entortadinha", como vocês verão mais abaixo.<br />
<br />
<b><span style="color: #cc0000;">Fokker 100 (MK 28) - ESSE MODELO NÃO VOA MAIS</span></b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjumQqHg-2WfTk1LcXkDqWsoH6k5b_3P3Yxu-6XB6wx1M8E_Cb_Ypux6R1Lp7TYwCoDD7mfCRQWQdKGVx0D9p1w5Z6L2HncplwPyD1KLY-RIuPzxQ-dJb7fnfetylcXM67q00w-EPZlRoE/s1600/Avianca+-+Fokker+100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjumQqHg-2WfTk1LcXkDqWsoH6k5b_3P3Yxu-6XB6wx1M8E_Cb_Ypux6R1Lp7TYwCoDD7mfCRQWQdKGVx0D9p1w5Z6L2HncplwPyD1KLY-RIuPzxQ-dJb7fnfetylcXM67q00w-EPZlRoE/s1600/Avianca+-+Fokker+100.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
Por causa de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_TAM_402" target="_blank">acidentes que aconteceram nos anos 1990</a>, a Avianca decidiu renomear o Fokker 100. O jato holandês passou a ser chamado de Fokker MK 28. Enfim, ele está sendo aposentado, então é cada vez mais raro ver os F-100 voando por aí. Mas é um avião bem diferente dos outros comerciais usados no Brasil. Os motores ficam presos à fuselagem, na parte de trás da aeronave. Os estabilizadores horizontais ("asas" traseiras, em bom português), ficam no alto da cauda. É um jato holandês, de 35 metros e que leva até 100 passageiros.<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">Azul</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Azul surgiu como uma companhia aérea regional, logo, utilizava apenas aviões com autonomia menor, tipo o Embraer 190, Embraer 195 e os ATR 42 e 72. Atualmente, estão voando para os Estados Unidos, então compraram um avião maior, o Airbus A330. Nos próximos anos, vão comprar diversos Airbus A320 (você vai ver mais abaixo, na Avianca e TAM) e A350 (esse, pouquíssimas empresas aéreas têm).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Airbus A330</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsvAJMPcQIHALCrK-PeIBeHldu9i-RC-cIcGECzGR498Xs3cc0jfmXL2e7iYwcy_I4knAj6Tiutq7UhLjmNG3SoAAkgNmvr2A7RhrfuqlxHs3_mwkTx1auulvQzlPLaSPuJAZpa4VOtJU/s1600/Azul+-+A330.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsvAJMPcQIHALCrK-PeIBeHldu9i-RC-cIcGECzGR498Xs3cc0jfmXL2e7iYwcy_I4knAj6Tiutq7UhLjmNG3SoAAkgNmvr2A7RhrfuqlxHs3_mwkTx1auulvQzlPLaSPuJAZpa4VOtJU/s1600/Azul+-+A330.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
É o maior avião da Azul. Aeronave grande (59m) e que carrega até 273 passageiros. Você pode identificá-lo pelos winglets (dobras na ponta das asas), inclinados. Eles ficam na diagonal e são mais longos que os do Boeing 767, aeronave parecida com o A330.<span id="goog_1174075250"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="color: #cc0000;"><b>ATR 42</b><b> - ESSE MODELO NÃO VOA MAIS</b></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://www.flickr.com/photos/98520929@N05/14031461378/"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWm3Vf8pvWKIHSH-iNeyQJgShenxa24c88FdBXhEnuqU1Ta2C2jxq4iWr4JkPgeMK3_7hgTFbkC_Sn06uRh8t5byZ88AEZd_O4ZeZyRMyuxIzcTLngyVJS82HprIfBtR0__B7n5zAgNPc/s1600/14031461378_6e994c2b4c_z.jpg" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://www.flickr.com/photos/98520929@N05/14031461378/" target="_blank">(Foto: Gabriel de Almeida Araújo)</a></td></tr>
</tbody></table>
Turboélice francês, é provavelmente o menor avião da frota da Azul (22,7m). Carrega 50 passageiros e é usado em voos regionais. O ATR-42 tem asas altas e os estabilizadores horizontais (as "asas" traseiras, em bom português) ficam no alto da cauda. E ele é bem mais curtinho que o irmão ATR-72.<br />
<br />
<b>ATR-72</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb8JVlmtAracP4LiSybFQtSRmDSstcG7jf1RQh0Zf7kh4yXhSIoiGmuvgVqA5VtflPmpczAUsizV-C57D7Y1VJAEAtuZyM70eV_BoST7x8vNT4LJ9dKehfY70EJUDo61VhGGzReEmI44c/s1600/Azul+-+ATR72.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb8JVlmtAracP4LiSybFQtSRmDSstcG7jf1RQh0Zf7kh4yXhSIoiGmuvgVqA5VtflPmpczAUsizV-C57D7Y1VJAEAtuZyM70eV_BoST7x8vNT4LJ9dKehfY70EJUDo61VhGGzReEmI44c/s1600/Azul+-+ATR72.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
Outro turboélice francês, que se parece bastante com o ATR-42. Mas é bem mais comprido (27m) e transporta até 72 passageiros (será que vem daí o nome do avião?). Comparando com o 42, o ATR-72 parece bem mais "magro".<br />
<span style="color: #cc0000;"><br /></span>
<span style="color: #cc0000;"><b>Embraer 175</b><b> - ESSE MODELO NÃO VOA MAIS</b></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://www.flickr.com/photos/gynonline/14938367651/"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbolBBKz8N1RAD-u2ULYwFKfI1lAZBSKTijDpfX8jXWf8GhSPej86desIZJ8N_Lb4aBj-o_qozWWM8eQA4sQmW5YTEM0iLGIlvYT4yx383XrJHx7Mq3vjwl46c-_BkQ9N2HaMD79l1NVs/s1600/14938367651_56d705cfaa_z.jpg" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://www.flickr.com/photos/gynonline/14938367651/">(Foto: Maurício Alves/GYN Online)</a></td></tr>
</tbody></table>
A Azul tem apenas três E175, acredito que vieram da Trip. É um jato brasileiro, bimotor e um pouco mais comprido que o ATR-72 (ele mede 31 metros). Leva até 82 passageiros e faz voos de curtas distâncias. É mais curto que os Embraer 190/195, que virão logo abaixo.<br />
<br />
<b>Embraer 190/195</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrtuHlIdWpQzsb-Q1trqq-uOSsYAu5V8fIIb5r-stfJIChX1ICTsaky7x4b7khHd5TUhaMoFGIO6YjapWJXB53xoRGSg3mMUD2xWPQhrZ-3nASo1J4Lsfvc3WFWN-yzeU0HBJWgnnUMpQ/s1600/Azul+-+E195.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrtuHlIdWpQzsb-Q1trqq-uOSsYAu5V8fIIb5r-stfJIChX1ICTsaky7x4b7khHd5TUhaMoFGIO6YjapWJXB53xoRGSg3mMUD2xWPQhrZ-3nASo1J4Lsfvc3WFWN-yzeU0HBJWgnnUMpQ/s1600/Azul+-+E195.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
É meio difícil ver a diferença entre o Embraer 190 e o 195. O E190 mede 36 metros e carrega até 106 passageiros, enquanto o 195 mede 38 metros e carrega até 114 passageiros. São jatos bimotores, mais baixinhos e estreitos que os Boeings e Airbus da TAM, Avianca e Gol. Detalhe: nem todo Embraer da Azul é branco e azul. Eles têm aviões <a href="https://www.flickr.com/photos/olucasconrado/20694762716/in/album-72157652185437479/" target="_blank">cinza</a>, <a href="https://www.flickr.com/photos/olucasconrado/9378224462/in/album-72157652185437479/" target="_blank">verde</a>, <a href="https://www.flickr.com/photos/olucasconrado/9375446161/in/album-72157652185437479/" target="_blank">rosa</a>, <a href="https://www.flickr.com/photos/olucasconrado/9375468435/in/album-72157652185437479/" target="_blank">todo azul</a> e <a href="https://www.flickr.com/photos/olucasconrado/20795084691/in/album-72157652185437479/" target="_blank">amarelo</a>, além daqueles com a <a href="https://www.flickr.com/photos/olucasconrado/16899090064/in/album-72157652193375018/" target="_blank">pintura da Trip</a>.<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Flyways</span></b><br />
<br />
A mais nova companhia aérea brasileira aposta na aviação regional, tão popular nas décadas passadas, mas que ficou em segundo plano na década de 2000. Utilizando ATR-72, a companhia liga o aeroporto da Pampulha (Belo Horizonte) ao Galeão e diversas cidades do interior de Minas Gerais. Pelo que li, a Flyways deve expandir suas rotas para o interior do Rio de Janeiro, além de Brasília e Bahia.<br />
<br />
<b>ATR 72</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYTGnF09DG7UZd21V4I2F94mZBpbthiRSFJWd4bkoDUNTglrMbOhqsqv4rVa2hHTGqdIXImrmkTcGq-CeqFcQf4__lzWWoYMUihy-DABStyVqr78fjqZ06Bu5ELBro-gBVa4nmmzj25ao/s1600/FW02mp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYTGnF09DG7UZd21V4I2F94mZBpbthiRSFJWd4bkoDUNTglrMbOhqsqv4rVa2hHTGqdIXImrmkTcGq-CeqFcQf4__lzWWoYMUihy-DABStyVqr78fjqZ06Bu5ELBro-gBVa4nmmzj25ao/s1600/FW02mp.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Gol</b></span><br />
<br />
Das empresas aéreas brasileiras, que transportam passageiros, a Gol é a única a utilizar os Boeing 737. E esse é o único modelo que ela usa atualmente. Então, não tem erro, viu um avião da Gol, viu um Boeing 737. A Gol opera o 737 em duas variantes, o 700 e o 800.<br />
<br />
Como falei lá em cima, repare a cauda do 737. Ela começa a subir num ângulo menor e, no meio, quebra para o ângulo que vai até o final. Na ponta das asas, pode ter ou não os winglets.<br />
<br />
<b>Boeing 737-700</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXx8bTtZuOy4RVX4Lvmj0t_EBeS-9Nvekjv7hZ1YJUxM4Z5MAHdOY5ZMF9t-sJ5tZuQnOMc7ePYrj3_I6VtBIYxLSW53PF7pd85ovTYH17IJQ4lRPjnnh952I34e0PWDhb8BaYDN_wiqs/s1600/73700.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXx8bTtZuOy4RVX4Lvmj0t_EBeS-9Nvekjv7hZ1YJUxM4Z5MAHdOY5ZMF9t-sJ5tZuQnOMc7ePYrj3_I6VtBIYxLSW53PF7pd85ovTYH17IJQ4lRPjnnh952I34e0PWDhb8BaYDN_wiqs/s1600/73700.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">737-700 sem os Winglets (Foto: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
É o avião mais curtinho da Gol (33 metros). Por ser mais curto que o 800, mas com o mesmo diâmetro e altura, ele parece um avião mais gordinho. Você também pode ver que o avião é o 700 porque ele tem apenas uma saída de emergência sobre a asa. O 700 leva entre 138 passageiros e sua tripulação (simples) pode contar com apenas três comissários.<br />
<br />
<b>Boeing 737-800</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ0zYtyGYyrNfVtzEGOOq5T1vaq5UfuyLh5eFYWZhnzl-i64FbyBQoyd_rbG6uJNdrbVp-PqiunIcEfjdSJaPwwk0r_GC1SPUrudZ8U4PLkdwh4oWnj2bYQVdYVFrv75eDSxZ34-2T4hg/s1600/GOL1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ0zYtyGYyrNfVtzEGOOq5T1vaq5UfuyLh5eFYWZhnzl-i64FbyBQoyd_rbG6uJNdrbVp-PqiunIcEfjdSJaPwwk0r_GC1SPUrudZ8U4PLkdwh4oWnj2bYQVdYVFrv75eDSxZ34-2T4hg/s1600/GOL1.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">737-800 da Gol, com as pinturas antiga e nova (Fotos: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
Visivelmente mais comprido que o 737-700 (39,5 metros), o Boeing 737-800 parece bem mais esbelto. Ele chega a levar 179 passageiros e sua tripulação (simples) conta com quatro comissários.<br />
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Passaredo</span></b><br />
<br />
Empresa regional brasileira, opera apenas um modelo de avião, o ATR-72. A base dela é em Ribeirão Preto, mas opera em diversos aeroportos de todo o Brasil.<br />
<br />
<b>ATR-72</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfaxPiua28NFDe30-dYBonYYfr8PO_Sp5ipBdS96cRZK9gjOZh_nwoFfVPIbT0TxiN610TXMM8ELQj6t73rP5OQZ1jAe7elfM5cEb6aLYQrmeFst1Sq3dEgij5-Q1R1SX79SnL6t2VqWc/s1600/passaredo+-+atr-72.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfaxPiua28NFDe30-dYBonYYfr8PO_Sp5ipBdS96cRZK9gjOZh_nwoFfVPIbT0TxiN610TXMM8ELQj6t73rP5OQZ1jAe7elfM5cEb6aLYQrmeFst1Sq3dEgij5-Q1R1SX79SnL6t2VqWc/s1600/passaredo+-+atr-72.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">TAM</span></b><br />
<br />
A TAM opera com a maior variedade de aeronaves no Brasil, usando os Airbus A319, A320, A321, A330 (este último está sendo vendido para a Turkish) e o moderníssimo A350, além dos Boeing 767 e 777. Recentemente, se fundiu com a chilena LAN e, nos próximos anos, vai deixar de existir com as cores e o nome atual.<br />
<br />
<b>Airbus A319</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiquZ5yWh8FxGmghZ-5PCIaT2GDqR204RjtUCJes1Gj2_TphOLR0ouqCyphfUXBUPQv4vNWBGMwa_aroLS_SbP6-l0smAsT0WJ-LucavkiAKrmVIuQDPCGDJDOSHMsjV1wIqvVgojqHwsk/s1600/tam+a319.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiquZ5yWh8FxGmghZ-5PCIaT2GDqR204RjtUCJes1Gj2_TphOLR0ouqCyphfUXBUPQv4vNWBGMwa_aroLS_SbP6-l0smAsT0WJ-LucavkiAKrmVIuQDPCGDJDOSHMsjV1wIqvVgojqHwsk/s1600/tam+a319.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>Airbus A320</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtqw6mzbf3Q_qm2g1xOYaThWrnlQvzItbVm2b7426nJpL2hQ1QTdajG-1ca_xT8OViTOHdHKCQNOw-ell2IID13X12NF4f_Kbw89eyymgIus8H-GOQfFqiGBQwiNy_fA-0bYTPhhAvZ0k/s1600/tam+a320.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtqw6mzbf3Q_qm2g1xOYaThWrnlQvzItbVm2b7426nJpL2hQ1QTdajG-1ca_xT8OViTOHdHKCQNOw-ell2IID13X12NF4f_Kbw89eyymgIus8H-GOQfFqiGBQwiNy_fA-0bYTPhhAvZ0k/s1600/tam+a320.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>Airbus A321</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTfe0hMEgE33xhv-JQGfvdzJye3QHPi7mfqk4TQXIngGKK7gxQX7H3Y3up-5rXWz5PuHkyX3GZ9rpBdiyb23TMx9fWXkLqWVBlxLC70yDkiYH9AYwoHH1AWNOalfztLK29SG5yzKTJXuk/s1600/tam+a321.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTfe0hMEgE33xhv-JQGfvdzJye3QHPi7mfqk4TQXIngGKK7gxQX7H3Y3up-5rXWz5PuHkyX3GZ9rpBdiyb23TMx9fWXkLqWVBlxLC70yDkiYH9AYwoHH1AWNOalfztLK29SG5yzKTJXuk/s1600/tam+a321.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A321 com sharklets <span style="font-size: 12.8000001907349px;">(Foto: Lucas Conrado)</span></td></tr>
</tbody></table>
Maior dos aviões da família A320 (44,5 metros), o Airbus A321 é caracterizado pelas quatro portas de cada lado, sendo duas a frente das asas e duas atrás. A aeronave, que carrega até 220 passageiros, tem um perfil muito mais esbelto e, tal qual seus irmãos menores pode ter ou não os sharklets na ponta das asas.<br />
<br />
<b>Airbus A330</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzwjHkLEBaHQKtusnH1XZV4xezzJLnExWgsWae_wdHjNPyHYSTB6uZcgvfC-vumxMVJOPOkKoutOmKFzEFAvCCMgQgn-09Ug-RcYU17eknARxEE-TDUIcYEjmUS9a7elmninIF72VlBHI/s1600/TAM+a330.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzwjHkLEBaHQKtusnH1XZV4xezzJLnExWgsWae_wdHjNPyHYSTB6uZcgvfC-vumxMVJOPOkKoutOmKFzEFAvCCMgQgn-09Ug-RcYU17eknARxEE-TDUIcYEjmUS9a7elmninIF72VlBHI/s1600/TAM+a330.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>Airbus A350</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNyGwA_u_GpFRXaSp84chy37LguyOZ9Q5ZzCf_jqntJY5VWwCXZJ7WymbNWCkIc46htr1XJXZcDVao2uTXCBSNN-roQ0aAFAJ9SibM7UDdVT-_boTd8cT6BJGTKBDDdBsc_9ibGdYb44c/s1600/a350mp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNyGwA_u_GpFRXaSp84chy37LguyOZ9Q5ZzCf_jqntJY5VWwCXZJ7WymbNWCkIc46htr1XJXZcDVao2uTXCBSNN-roQ0aAFAJ9SibM7UDdVT-_boTd8cT6BJGTKBDDdBsc_9ibGdYb44c/s1600/a350mp.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
Uma das aeronaves mais modernas do mundo, o Airbus A350 conta com um visual bem diferente dos outros aviões. A frente da aeronave é bem mais curta que das outras (repare como ela "desce" de uma vez). A cauda também é mais fina e arredondada. Os sharklets/winglets são curvos, assim como as janelas do cockpit.<br />
<br />
<b>Boeing 767</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9WgDzU_JC9U6rnfJNhU-LSI9oeaxLAusktfVg6c7hFNtQ0vKo5BEdz1jnERguW_tGg8XkCyVpbYWVKvdMIh2W9vTS9M_jRbDRxbHh20Yzx0xKISFmS1Ev6HfQSHrMYXZm_fQ3KvO2G1g/s1600/tam+b767.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9WgDzU_JC9U6rnfJNhU-LSI9oeaxLAusktfVg6c7hFNtQ0vKo5BEdz1jnERguW_tGg8XkCyVpbYWVKvdMIh2W9vTS9M_jRbDRxbHh20Yzx0xKISFmS1Ev6HfQSHrMYXZm_fQ3KvO2G1g/s1600/tam+b767.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Lucas Conrado)</td></tr>
</tbody></table>
A princípio, o Boeing 767 se parece muito com o A330, mas há algumas diferenças. Para começar, o Airbus tem quatro portas em cada lado. O 767, tem apenas duas, além das duas saídas de emergência sobre as asas. A cauda do 767 é mais fina e a raiz da asa (isso é, onde a asa encontra a fuselagem) não tem a protuberância que o A330 tem, como vocês podem ver acima. O Boeing 767 é um avião grande (54 metros) e pode levar até 221 passageiros. É usado em voos longos nacionais (como São Paulo - Manaus) e internacionais.<br />
<br />
<b>Boeing 777</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://www.flickr.com/photos/starstreak/16325183850/"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyelgW9hFXX07N9GILt0P_ad-NqYLLTjDYOYJXJ8WhE0iLebE437bnFkSbBs3Qq0A5l-fisUi4f3py2MP8KISY9D_UWMs2UAVeGUQvaNW_G5c9ousYNx6eIkqr3_K06iiyDITG9LvU7Uk/s1600/tam+b777.jpg" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://www.flickr.com/photos/starstreak/16325183850/" target="_blank">(Foto: Stormer43)</a></td></tr>
</tbody></table>
Com seus 63 metros, o Boeing 777 é o maior avião de passageiros operado por uma empresa aérea brasileira e está entre os maiores do mundo. Os triplo 7 da TAM chegam a transportar 363 passageiros em um voo. É caracterizado pelos motores imensos (eles têm o diametro da cabine de passageiros de um Boeing 737) e pelos trens de pouso principais com 3 eixos.<br />
<br />
<a href="https://twitter.com/OLucasConrado" target="_blank">@OLucasConrado</a></div>
Lucas Conradohttp://www.blogger.com/profile/11273031782410148413noreply@blogger.com5