sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O último texto

Sinto sua falta, sabia?
Tentei te esquecer, juro, mas não consegui.
Por vezes me enganei, dizendo que não me importava mais com você,
Quando no fundo eu sabia que realmente me importava.
Sinto falta da nossa amizade, das nossas conversas, das nossas risadas.
Sabia que ainda não encontrei mais ninguém com quem eu possa conversar sobre os astecas?
E mesmo que eu encontrasse, não seria tão legal.
Moça, ninguém mais me fez sentir tão bem quanto você fez.
Ninguém mais me elogiou como você.
Ninguém me fez ansiar tanto pelo dia seguinte, nem me preocupar tanto quando não aparecia.
Ninguém para eu dedicar meus desenhos.
Queria voltar no tempo, pra antes de eu dizer o que eu sentia.
Acho que foi isso que atrapalhou tudo.
Se não foi, por que você mudou tanto?
Aliás, não quero saber por que você mudou,
Só quero você de volta,
Ou te esquecer completamente...
Espero poder te ver um dia
E dizer essa frase que está presa na minha garganta.
Te amo

Um grande beijo de alguém que pedalaria 1500 km só pra te ver feliz, que nunca faria nada pra te ver sofrer e que se importa com você de verdade.

Ah, to deixando esse vídeo aqui pra você. Não é Bee Gees, que você tanto gosta, mas a música é deles.
Espero que goste.


A música abaixo diz exatamente o que sinto:

Skank - Tanto (I want you)

Coveiros gemem tristes ais
E realejos ancestrais juram que
eu não devia mais querer você.
Os sinos e os clarins rachados
Zombando tão desafinados
Querem, eu sei, mas é pecado
Eu te perder

Tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto.

Políticos embriagados
Dançando em guetos arruinados
E os profetas desacordados
A te ouvir
Eu sei que eles vem tomar
Meu drinque em meu copo a trincar
E me pedir pra te deixar partir.

Tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto.

Todos meus pais querem me dar
Amor que a tempos não está lá
E suas filhas vão me deixar
Por isso não me preocupar.
Eu voltei pra minha sina
Contei pra uma menina
Meu medo só termina estando ali
Ela é suave assim
Sabe quase tudo de mim
Sabe onde eu queria estar enfim

Tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto.

Mas seu dândi vai de paletó chinês
Falou comigo mais de uma vez
Não, eu sei, não fui muito cortês
Com ele, não
Isso porque ele mentiu,
Porque te ganhou e partiu
Porque o tempo consentiu
Ou senão, por que?

Tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto.

Lucas C. Silva

sábado, 15 de dezembro de 2007

A formatura

Muito antes de conhecer Fernanda, muito antes de conhecer Letícia, houve outra menina na vida de Jonas, que mexeu muito com ele. Assim como as outras, ela era inteligente, gente boa e fã de Star Wars. Camila sabia dos sentimentos do garoto, mas não os correspondia. Aquela seria a última chance de Jonas se aproximar da menina.
Depois de três anos estudando juntos, eles estavam em sua formatura. Aquela era a última chance de Jonas se aproximar dela, e não poderia ser desperdiçada. Depois de todas as formalidades, os alunos e alguns de seus familiares e professores estavam na pista dançando e comemorando o fim dos estudos. Camila estava linda e Jonas sempre estava perto dela. Queria chamá-la pra dançar e quem sabe, não começaria algo a mais naquela noite?
Mas, como em outras vezes, lhe faltava coragem. Será que era tão difícil assim chamá-la pra dançarem juntos? Ele já a chamara para sair tantas vezes...
"Como vou conseguir criar coragem? O tempo está acabando!" Então viu algumas pessoas bebendo. "Não, nem eu nem ela bebemos. Se eu beber, ela vai sentir o bafo e não vai aceitar... Tenho que criar coragem sem bebida." pensou Jonas
E assim foi passando o tempo. Jonas sempre perto de Camila fisicamente. Mas em outros campos, estava a milhares de quilômetros. Até o professor de matemática do garoto, que em todo ensino médio conversara com ele apenas uma vez, perguntou a ele se gostava da Camila. Se estava tão na cara assim, ele não poderia deixar a chance escapar...
Era uma hora da manhã quando a diretora disse que a festa havia terminado. As pessoas começaram a se despedir e a ir para casa. Jonas caminhou até uma mesa no canto do salão onde estava Camila.
"É, então esse é o fim..." disse o garoto.
"Pois é." respondeu Camila.
Jonas pegou uma flor do vaso em cima da mesa e a entregou a Camila. Era o único jeito que arranjou de dizer que gostava dela.
"É para você."
Ela sorriu para ele e o agradeceu. Então Jonas pegou outra flor e tentou colocá-la no cabelo da amiga, mas acabou caindo. Sorrindo, Camila agradeceu novamente.
"Foi muito bom estudar com você." disse Jonas.
"Também gostei muito de estudar com você." respondeu Camila.
Os dois se abraçaram e Jonas beijou o rosto da amiga. Ambos seguiram seus caminhos e ficaram um bom tempo sem se verem.
Coincidentemente ou não, Jonas e Camila se encontraram no dia dos namorados para estudarem. E nesse dia, Jonas percebeu que Camila era apenas uma amiga, e nada mais...

História totalmente fictícia, porém totalmente baseada em fatos reais.

Lucas C. Silva

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Ser pai

Hoje, o Meus Pensamentos vem com um pouco de filosofia:
Ser pai é sempre desejar o melhor para o filho

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Histórias de Cordeirinho

Um órfão pelo bem da nação

São José do Cordeirinho, Minas Gerais. 10 de novembro de 1999

No bar Canto do Galo, numa parede em meio de pôsteres do Atlético Mineiro e de fotos do dono do bar, Seu Samuca, com ídolos do time há uma foto em destaque. A foto, gasta pelo tempo, mostrava um casal segurando uma criança numa pracinha. Naquele dia de pouco movimento, ele estava sozinho no bar, olhando para o casal e chorando enquanto se lembrava de um acontecimento ocorrido exatamente 30 anos antes, que mudou sua vida.
Naquela manhã do distante mês de novembro de 1969, Samuca estava em seu quarto, brincando com sua mãe. Apesar de ter apenas 8 anos na época, o garoto sabia que algo de ruim estava acontecendo. A cada dia, Anita ficava mais séria, enquanto seu pai, Walter passava mais tempo longe de casa e quando chegava, geralmente estava armado e falava pouco.
“Mamãe, o papai é agente secreto?” perguntou Samuca após criar coragem por dois meses.
“Não.” respondeu Anita.
“Então por...?”
O garoto nunca terminou a pergunta. Naquela hora, Walter chegou e caminhou diretamente para o quarto. Ao entrar, disse:
“Anita, os homens nos descobriram e estão vindo.”
A mulher olhou assustada para o marido, que segurava o revólver e abraçou o filho dizendo:
“Samuel, me escuta. Seu vô tá te esperando na pracinha. Vai correndo até ele e não volte por nada nesse mundo. Mamãe te ama e sempre vai estar contigo, tá?”
Samuca começou a chorar e tentou perguntar o que estava acontecendo. Sua mãe o interrompeu, o beijou e lhe entregou uma foto que tiraram no último aniversário do garoto.
“Samuca, se cuida. Espero que quando você tiver nossa idade, você tenha liberdade.” Walter beijou o filho e disse “Te amo. Agora vá.”
Anita acompanhou o garoto até a porta de casa e pediu para ele correr até a praça. Samuel beijou sua mãe e, chorando, correu sem olhar para trás. Um pouco depois de virar a rua de casa, viu duas viaturas da polícia, cheias de militares armados, passarem na direção oposta. Assustado, o garoto parou e voltou sorrateiramente até a esquina de sua rua.
De sua casa, um casal saia algemado direto para o carro. Quando ia correr atrás de seus pais, duas mãos o agarraram pelos braços e uma voz grave disse:
“Eu sabia que você voltaria. Ainda bem que vim atrás de você.”
Era Sílvio, seu avô. Samuca o abraçou e perguntou:
“Vô, o que tá acontecendo?”
“Seus pais estão pagando o preço por serem boas pessoas.”
E sem dizer mais nada, os dois entraram na Rural do senhor e seguiram na direção de São José do Cordeirinho.
Anos depois, Samuca descobriu que seu pai não era um agente secreto. Walter era comunista, palavra que o garoto nem conhecia quando o governo, pelo “bem da nação” torturou e matou seus pais. O garoto cresceu sem confiar na polícia, no exército ou no governo. Ainda assim, se tornou um cidadão de bem, um marido exemplar e em pouco tempo, se tornaria um grande pai. Estela, sua esposa, estava grávida de gêmeos e Seu Samuca queria passar o maior tempo possível ao lado dos filhos. Queria que seus meninos tivessem aquilo que o governo lhe tirara: um pai e uma mãe.

Lucas C. Silva

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Histórias de Cordeirinho

Seu Batistela e os óculos redondos

São José do Cordeirinho, Minas Gerais. 3 de fevereiro de 2002

Num casebre simples da rua Rio Grande do Sul mora o Seu Batistela. Desde 1953, o simpático senhor de 72 anos fabrica óculos artesanalmente. Por décadas a lojinha que ele mantinha em sua casa fez sucesso entre consumidores de todas as idades. Os óculos vendidos ali, todos redondos e cheios de detalhes, como o B dourado na haste, eram verdadeiras obras de arte, apreciadas por todo tipo de consumidor, desde o mais simples empregado até o prefeito da cidade. Aqueles eram bons tempos...
Então, em 1989 abriu, no centro da cidade, a Ótica Havaí. Seus óculos, mas modernos e de designs diferentes, atraíram a maioria dos consumidores de Seu Batistela. Em pouco tempo, o velho fabricante só faturava o suficiente para manter sua lojinha aberta. O golpe final veio no início dos anos 90, quando o presidente do Brasil decidiu reter o dinheiro que as pessoas tinham no banco, obrigando Seu Batistela a fechar seu comércio.
Durante quase uma década, Seu Batistela e sua esposa, Dona Clara, viveram às custas das aposentadorias, dos reparos de de lentes e armações e dos doces que ela vendia. Raramente, ele fabricava seus charmosos óculos e quando o fazia, ou era para mandar de presente para um velho amigo, ou era para guardá-lo como recordação de uma época que o trabalho manual e cuidadoso de uma pessoa era mais valorizado que o trabalho repetitivo e automático de uma máquina.
Então, naquele dia de fevereiro de 2002, Seu Batistela estava em sua sala polindo a lente do primeiro óculos que ele fez quando a campainha tocou. "Deixa que eu atendo" disse Dona Clara caminhando até a porta. Segundos depois, entraram na sala, além da senhora, uma mulher e seu filho, que ele sempre via brincando na praça que ficava na frente de sua casa.
"Bom dia, Seu Batistela, o senhor ainda fabrica óculos?"
"Para dizer a verdade, não os fabrico há muito tempo. Mas se a senhora fizer um pedido, eu faço."
"Então o senhor pode fazer um para o Pedro?" perguntou a mulher, com as mãos nos ombros do filho.
Surpreso com o pedido, ainda mais para uma criança, Seu Batistela coçou sua careca e disse que fabricava. Naquela semana, mais três pedidos de seus óculos redondos para crianças foram feitos e nas semanas seguintes mais gente, até mesmo de cidades vizinhas fizeram encomendas.
Seu Batistela estava feliz, de um jeito que não ficava havia quase 15 anos. Reabriu a lojinha e todas as crianças usuárias de óculos levavam seus pais pedindo pelos óculos redondos. O senhor não entendia o repentino interesse das crianças pelos óculos - duas até pediram sem lentes - muito menos porque alguns pais comentaram sobre um tal bruxo.
Então, num dia frio de abril, ele estava caminhando por uma importante avenida da cidade quando viu algo na vitrine da livraria O Farol que chamou sua atenção. Havia alguns livros cuja capa tinha o desenho de um menino usando óculos redondos, iguaizinhos àqueles que ele fabricou por décadas e entendeu o repentino interesse das crianças pelo produto. Muito grato, Seu Batistela sorriu e agradeceu ao personagem, que nunca ouvira falar na vida, por ter salvo sua lojinha de óculos.

Lucas C. Silva

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Uma lição de imoral

Jonas entrou em seu quarto e, silenciosamente, sentou-se em sua cama para assistir a seu irmão, Saulo, tentar passar de uma fase num jogo de computador. Para avançar, o jogador precisaria atravessar um canyon, mas a ponte estava lotada de inimigos, obrigando o personagem a procurar outra passagem. Sem saber disso, Saulo avançava pela ponte e acabava morrendo sempre.
Querendo ajudar, Jonas, que havia passado daquela fase na semana anterior, disse:
"Não vá pela ponte. Você vai acabar morrendo assim."
"Cala a boca, idiota! Ninguém te perguntou nada!" respondeu Saulo com rispidez.
Se tem três coisa que Jonas não suportava, era quando queria ajudar uma pessoa e essa pessoa o tratava com falta de educação, quando o mandavam calar a boca e quando o chamavam de idiota. Saulo, como sempre, conseguiu fazer as três de uma vez.
"Quer saber duma coisa? Então continua indo por esse caminho e vai se foder!"
Dizer aquelas palavras foi o erro capital de Jonas. Seu pai passava pelo corredor naquela hora e perguntou:
"O que você disse?"
"Ele me deu uma má resposta quando eu tentei ajudar!" justificou-se Jonas.
"Mas ele xingou?"
"Não, mas..."
"CALA A BOCA! VOCÊ DEVE RESPEITO AO SEU IRMÃO!" gritou seu pai.
"Mas eu só..."
"Cala a boca, menino! Aqui não é lugar de ficar falando essas coisas! Por que você falou isso com o Saulo?"
"Uai, ele tava morrendo no jogo e eu quis ajudar. Então ele veio me mandar calar a boca, e me chamou de idiota! Por que você não chama atenção dele por isso?"
"Porque você não me deixa! Ao invés dagente chamar atenção dele, a gente vem chamar sua atenção por causa dos palavrões que você diz!"
Então a mãe dos meninos chegou no quarto e Jonas disse:
"Pô, mãe, eu só queria ajudar o Saulo e ele vem me tratar com falta de educação! Será que não dá pra ter um pouco mais de respeito, não?"
"E será que não dá pra você deixar de ser bobo e parar de ajudar ele? Você sabe como ele é, e ainda é bobo de ajudar! Deixa ele se ferrar sozinho! Agora a gente vai pra sala, qualquer coisa que a gente ouvir, os dois vão ficar de castigo!"
E resmungando, os pais foram pra sala, enfurecidos com Jonas, que só tentou ajudar seu irmão.

I
moral da história: Para seus pais, Jonas está errado pois tentou ajudar o irmão, que o tratou com falta de educação e ainda saiu bem na fita... Engraçado, né?

História totalmente fictícia, porém totalmente baseada em fatos reais...

Lucas C. Silva

domingo, 2 de dezembro de 2007

5 Livros

Fui indicado pela Jéssica do Devaneios Bobos pra falar sobre 5 livros que eu gosto. Então decidi fazer um super Sugestão do Meus Pensamentos, um 5 em 1. Aqui estão os livros:

1 - Raça e Amor, a saga do Clube Atlético Mineiro vista da arquibancada - Ricardo Galuppo
Este livro da coleção Camisa 13 era para ser escrito por Roberto Drummond. Infelizmente ele faleceu antes de terminar o projeto, e o jornalista Ricardo Galuppo vestiu a camisa e escreveu de uma forma maravilhosa a história do Galo Mineiro. Não sei se essa é a melhor característica ou a maior fraqueza do livro, mas ele conta a história pelo ponto de vista atleticano. O modo que foi escrito nos faz querer lê-lo até o fim sem parar e uma das coisas mais legais é que o autor não escreveu a palavra "Cruzeiro" em nenhum momento da história. Para se referir ao time, ele usava a expressão "Ex" em referência às várias vezes que a Raposa mudou de nome.
Apesar de contar a história do Atlético, é um ótimo livro para todos os fãs de futebol que querem saber um pouco mais da história do maior clube do futebol nacional.

2 - A Volta ao Mundo em 80 Dias - Júlio Verne
Já escrevi sobre esse livro aqui. Pra mim é o melhor que o Júlio Verne escreveu. Phileas Fogg, um rico senhor inglês aposta com alguns amigos que é capaz de dar a volta ao mundo no tempo recorde de 80 dias, algo quase impensável em meados de 1870. Mas na semana que ele parte, um banco é assaltado na Inglaterra e a polícia disconfia que Phileas é o assaltante e mandam o inspetor Fix perseguí-lo. O mais interessante do livro é o final. Para lerem o melhor trecho do livro, na minha opinião, selecionem o texto abaixo como se fossem copiá-lo.

"Assim, Phileas Fogg havia empregado todos os meios possíveis para viajar ao redor do mundo: trens, navios, carruagens, escunas, cargueiros, trenós, elefantes... E o que ganhara com isso? 'Nada', alguém dirá. Nada, a não ser uma encantadora mulher, que o transformou no mais feliz dos homens... Na verdade, por menos que isso não vale a pena dar a volta ao mundo."

3 - Harry Potter - J.K. Rowling
Vou indicar a saga inteira, apesar do meu favorito ser A Ordem da Fênix. Esses são os maiores livros que eu já li e foram os que fizeram milhões de crianças ao redor do mundo começarem a ler. O modo que eu escrevo foi baseado nos livros de Harry Potter, mesmo que depois acabei desenvolvendo meu estilo próprio. Algo que achei superinteressante na história são os paralelos com a Segunda Guerra Mundial, a semelhança de Voldemor com Hitler e de seu regime com o Nazismo. (Sim, sou fascinado pela Segunda Guerra). Se você é do tipo emotivo, se prepara pro sétimo livro, porque lágrimas vão rolar... São rolaram comigo porque sou meio durão pra essas coisas...


4 - Estórias Gerais - Wellington Srbek e Flavio Colin
Esse livro entrou na lista de última hora. Comprei ele ontem e hoje a tarde terminei de ler suas 158 páginas. Estórias Gerais é uma história em quadrinhos que conta a saga de dois jagunços que disputam o poder em Buritizal, cidade fictícia no norte de Minas, de um coronel do exército mandado pelo presidente Bernardes (a história é na década de 20) pra acabar com a guerra entre jagunços e de um repórter mandado pra cobrir a guerra. Com roteiro de Wellington Srbek e desenhado por Flávio Colin, a história tem personagens cativantes e mostra bem a religiosidade do povo do sertão mineiro.
A história foi lançada originalmente em 1998, mas foi em edição limitada. Agora em 2007 o livro foi relançado pela editora Conrad em uma tiragem muito maior. A história foi inspirada em Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, mas tem influencias de Ariano Suassuna, Chico Buarque de Hollanda, Cabral de Melo Neto, com um jeitão de O Bem Amado, Sítio do Picapau Amarelo, Gabriela Cravo e Canela, Roque Santeiro entre tantos outros. E dessa salada saiu essa maravilhosa história, que já é um clássico dos quadrinhos brasileiros.

5 - Da Terra à Lua - Júlio Verne
Júlio Verne é considerado um dos pais da ficção científica, é um visionário, um gênio. E sua genialiade pode ser comprovada também nesse clássico da literatura, que até inspirou o primeiro filme da História: Le Voyage Dans La Lune - George Méliès.
Como eu já disse antes, esse livro conta a história do Clube do Canhão, um clube de canhoeiros estadunidenses que não têm mais trabalho após a Guerra da Secessão. Então eles decidem montar um canhão que disparará uma bala até a Lua. Então chega Michel Ardan, um aventureiro francês que quer porque quer ir à Lua. Então constroem uma bala capaz de carregá-lo mais duas pessoas.
O legal do livro são as coincidências com a suposta viagem que os EUA fizeram a Lua no fim dos anos 60. O local onde o canhão foi montado no livro fica a 30 km do lugar onde o foguete Saturn V foi lançado na vida real; A tripulação mandada a Lua foi de 3 pessoas, assim como na vida real; O nome do astronalta Michel Ardan se assemelha muito ao nome do astronauta Michael Collins e com o sobrenome de Edwin "Buzz" Aldrin. Por essas e outras coincidências (ou não) esse livro fica na minha lista dos 5 livros.
Com muita tristeza deixei o 20.000 Léguas Submarinas fora dessa lista.

Lucas C. Silva

ps. depois indico 5 pessoas pra essa lista