segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Standby



Quero pegar o avião
Mas preciso esperar
E naquela seleção
Preciso esperar
Quero dizer que te amo
Ainda preciso esperar
Quero ir ao banheiro
Também preciso esperar

Quero comprar um carro 
Preciso esperar
Eu comprei aquele livro
Eu preciso esperar
Preciso comprar uma casa
Também preciso esperar
Quero conhecer a NASA
Ainda preciso esperar

Por isso que eu digo
Paciência é uma ciência
O mundo não é o meu umbigo
É preciso proficiência
Depois de muito esperar
Tive de me adaptar
E fazer o que você diz
Pra tentar ser um pouco feliz. 

Devo pagar meus boletos
O banco não vai esperar
Tenho que entregar meus textos
O chefe não vai esperar
E devo lavar as vasilha
Minha mãe não vai esperar
Tenho que ir pra Brasília
O busão não vai esperar

Devo por comida pros bicho
O cachorro não vai esperar
Devo jogar lá fora o lixo
O caminhão não vai esperar
O ônibus tá atrasado
O compromisso não vai esperar
E eu to aqui apaixonado
Ela não vai me esperar

Por isso que eu digo
Paciência é uma ciência
O mundo não é o seu umbigo 
É preciso proficiência
Mas ninguém quer esperar
E tenho que me desdobrar
Pra conseguir sobreviver
E se não for desse jeito
De fome ou de desgosto vou morrer

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Maurício Lissovsky, Quidi Vidi Lake e bolinho canadense

Em suas andanças pelo Canadá, o professor Maurício Lissovsky chegou ao Lago Quidi Vidi. Mas de onde veio esse nome? (Silverchemist/Wikimedia Commons)

No fim de agosto, o professor Maurício Lissovsky, que deu aula de roteiro na UFRJ, faleceu. Sempre que eu lembro do Maurício, eu me lembro de duas coisas. A primeira é o dia que o atendi no check in da firma, lá no Galeão. A segunda (que na verdade é a primeira, mas aqui fica como segunda pra encaixar melhor no texto), é uma história que ele sempre contava sobre uma viagem que ele fez pelo Canadá. Mais especificamente, para um bairro lá no fim do Canadá, chamado Quidi Vidi.