Texto de Fernando Pereira André.
Já contei pra vocês a história do Anão, do Pirata e do Palhaço?
Não?
Pois então: era uma vez um Anão, um Pirata e um Palhaço que moravam em uma bela cidade do interior. Apesar dos três se conhecerem, nutriam um pelo outro um sentimento de desconfiança e, por que não dizer, ódio. Sim, eram amigos e freqüentadores das mesmas rodas sociais,mas não conseguiam realmente serem simpáticos entre si.
O motivo da desconfiança entre os eles era o amor de uma jovem dançarina que os três tão avidamente disputavam. Seu nome era Darya, mas era conhecida entre os amigos como Dolly. Era uma linda mulher cujos detalhes físicos não valem a pena serem citados, pois já basta o Anão, o Pirata e o Palhaço correndo atrás da moça.
Além de bela, Dolly era uma menina encantadora, com um senso de humor e um charme capaz de derreter o mais frio dos homens, o que ela fazia com grande prazer, quase como um esporte para matar os momentos de tédio. Mas apesar de todas as suas qualidade e encantos, Darya era uma mulher complicada. Não conseguia decidir o que fazer de sua vida e escondia um sentimento de tristeza e solidão por trás de suas brincadeiras e de sua dança alegre que conquistava os moradores de sua cidade.
O Anão sabia bem disso, pois já havia tido sua chance com a encantadora moça e se decepcionado. Mas, da mesma forma que um viciado é incapaz de largar seu vício, continuava a investir seu tempo e dinheiro a fim de conquistá-la definitivamente. Seu breve romance com Dolly era visto com inveja pelos outros dois amigos, corroendo-se por dentro cada vez que a mulher oferecia mostrar ao diminuto rapaz um passo de dança novo que aprendera.
O Pirata era um rapaz viajado, sabedor das coisas do mundo, conhecido aqui e acolá por todos e tido na mais alta conta por seus amigos. Era o grande favorito nas apostas de bar sobre quem conquistaria o coração da dançarina, pois além de ser hábil com as palavras, era um músico de categoria e sabia uma quantidade suficiente de passos de dança. “Ora, que moça recusaria um rapaz assim?” Diziam seus amigos antes de apostar parte de suas economias na vitória do nobre viajante dos mares.
Por fim havia o palhaço, que, de acordo com todas as casas de apostas da região, corria por fora na emocionante disputa pelo coração de Dolly. Ele era menos famoso que os outros dentro do círculo de amizade que seus rivais freqüentavam, mas tinha a vantagem de conhecer muito das artes corporais, afinal era um palhaço, e saber dançar como poucos, sendo o par favorito da jovem em suas noites fora dos palcos oficiais da cidade. Isso fazia com que ele ostentasse uma arrogância no mínimo irritante para o Anão e o Pirata.
O tempo escorria devagar e a complicada moça não conseguia decidir-se com quem ficaria ou se não ficaria com ninguém, deixando os três rapazes impacientes e irritadiços. Além disso, eles não contavam com um jovem empresário da capital, que ao ver uma apresentação da moça em sua cidade apaixonara-se completamente e tinha o grande desejo de levá-la de sua cidadezinha para a metrópole. Os três rivais sabiam de suas intenções, mas não o consideravam um adversário a altura, pois era constantemente rechaçado e por vezes ignorado por Darya. Além disso, o empresário não possuía nenhum grande dom artístico, seja na dança, música ou poesia; era apenas mais um calculista forjado pela metrópole que calhara de se apaixonar.
Um dia, os três rivais esperaram a dançarina no mesmo local de sempre em que costumavam se encontrar para irem se divertir e reiniciar os cortejos por mais uma noite. Eles esperaram e ela não apareceu; eles desesperaram e ela não apareceu; eles brigaram e ela não apareceu. Por fim eles desistiram sem que a moça tivesse dado o ar de sua graça e foram para casa desconsolados, pois haviam perdido uma preciosa noite com a mais bela mulher da região. Na manhã seguinte descobriram que a cidade inteira falava da dançarina que havia fugido com um certo empresário da capital apaixonado por ela. Acontece, diziam os velhos a jogar cartas na praça, que ele só tinha seu amor a dar para a jovem e mais nada, e era apenas isso que ela queria.
O Anão, o Pirata e o Palhaço nunca mais se viram e nunca mais foram dançar.
Já contei pra vocês a história do Anão, do Pirata e do Palhaço?
Não?
Pois então: era uma vez um Anão, um Pirata e um Palhaço que moravam em uma bela cidade do interior. Apesar dos três se conhecerem, nutriam um pelo outro um sentimento de desconfiança e, por que não dizer, ódio. Sim, eram amigos e freqüentadores das mesmas rodas sociais,mas não conseguiam realmente serem simpáticos entre si.
O motivo da desconfiança entre os eles era o amor de uma jovem dançarina que os três tão avidamente disputavam. Seu nome era Darya, mas era conhecida entre os amigos como Dolly. Era uma linda mulher cujos detalhes físicos não valem a pena serem citados, pois já basta o Anão, o Pirata e o Palhaço correndo atrás da moça.
Além de bela, Dolly era uma menina encantadora, com um senso de humor e um charme capaz de derreter o mais frio dos homens, o que ela fazia com grande prazer, quase como um esporte para matar os momentos de tédio. Mas apesar de todas as suas qualidade e encantos, Darya era uma mulher complicada. Não conseguia decidir o que fazer de sua vida e escondia um sentimento de tristeza e solidão por trás de suas brincadeiras e de sua dança alegre que conquistava os moradores de sua cidade.
O Anão sabia bem disso, pois já havia tido sua chance com a encantadora moça e se decepcionado. Mas, da mesma forma que um viciado é incapaz de largar seu vício, continuava a investir seu tempo e dinheiro a fim de conquistá-la definitivamente. Seu breve romance com Dolly era visto com inveja pelos outros dois amigos, corroendo-se por dentro cada vez que a mulher oferecia mostrar ao diminuto rapaz um passo de dança novo que aprendera.
O Pirata era um rapaz viajado, sabedor das coisas do mundo, conhecido aqui e acolá por todos e tido na mais alta conta por seus amigos. Era o grande favorito nas apostas de bar sobre quem conquistaria o coração da dançarina, pois além de ser hábil com as palavras, era um músico de categoria e sabia uma quantidade suficiente de passos de dança. “Ora, que moça recusaria um rapaz assim?” Diziam seus amigos antes de apostar parte de suas economias na vitória do nobre viajante dos mares.
Por fim havia o palhaço, que, de acordo com todas as casas de apostas da região, corria por fora na emocionante disputa pelo coração de Dolly. Ele era menos famoso que os outros dentro do círculo de amizade que seus rivais freqüentavam, mas tinha a vantagem de conhecer muito das artes corporais, afinal era um palhaço, e saber dançar como poucos, sendo o par favorito da jovem em suas noites fora dos palcos oficiais da cidade. Isso fazia com que ele ostentasse uma arrogância no mínimo irritante para o Anão e o Pirata.
O tempo escorria devagar e a complicada moça não conseguia decidir-se com quem ficaria ou se não ficaria com ninguém, deixando os três rapazes impacientes e irritadiços. Além disso, eles não contavam com um jovem empresário da capital, que ao ver uma apresentação da moça em sua cidade apaixonara-se completamente e tinha o grande desejo de levá-la de sua cidadezinha para a metrópole. Os três rivais sabiam de suas intenções, mas não o consideravam um adversário a altura, pois era constantemente rechaçado e por vezes ignorado por Darya. Além disso, o empresário não possuía nenhum grande dom artístico, seja na dança, música ou poesia; era apenas mais um calculista forjado pela metrópole que calhara de se apaixonar.
Um dia, os três rivais esperaram a dançarina no mesmo local de sempre em que costumavam se encontrar para irem se divertir e reiniciar os cortejos por mais uma noite. Eles esperaram e ela não apareceu; eles desesperaram e ela não apareceu; eles brigaram e ela não apareceu. Por fim eles desistiram sem que a moça tivesse dado o ar de sua graça e foram para casa desconsolados, pois haviam perdido uma preciosa noite com a mais bela mulher da região. Na manhã seguinte descobriram que a cidade inteira falava da dançarina que havia fugido com um certo empresário da capital apaixonado por ela. Acontece, diziam os velhos a jogar cartas na praça, que ele só tinha seu amor a dar para a jovem e mais nada, e era apenas isso que ela queria.
O Anão, o Pirata e o Palhaço nunca mais se viram e nunca mais foram dançar.
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