Depois de falar do livro Os Mortos Não Dançam Valsa, cá estamos nós novamente para falar dele, Roberto Drummond. Sou suspeito para falar, mas acho uma pena que o Drummond não tenha sido mais conhecido e reconhecido. Para além de Hilda Furacão e do grande torcedor do Atlético que era, Roberto era um grande ser humano. Defensor dos perseguidos, dos negros, das mulheres, das feias (que foram criticadas pelo cultuado Vinícius de Moraes) e dos gays. Numa época em que a luta contra a homofobia ainda nem era uma bandeira defendida tão abertamente.
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Roberto Drummond no Viaduto Santa Teresa, em Belo Horizonte (Foto: UAI/Estado de Minas) |
Numa época em que presidenciáveis vêm defender a "família tradicional", acho pertinente compartilhar com vocês essa crônica escrita pelo mestre Drummond, no jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Acredito que essa crônica seja de 1997. É uma resposta ao geneticista James Watson, que propôs que as mães abortassem quando soubessem que o filho que elas carregavam seria gay.