Amor e culpa
Carmo do Cajuru, Minas Gerais. 15 de novembro de 2007
Naquele feriado, Mateus e Fernanda viajaram pela primeira vez sozinhos. O tio do garoto cedeu seu sítio, na beira da Barragem de Carmo do Cajuru para que eles pudessem acampar e a garota, com muito custo, convenceu seu zeloso pai a deixá-los viajar.
“Mateus, eu confio em você. Vê se não vai fazer nada com a minha filha, se é que você está me entendendo.” disse Júlio ao genro quando estavam a sós alguns dias antes da viagem.
“Júlio, eu te prometi isso quando comecei a namorar com a Fernanda. Você acha mesmo que eu vou descumprir sua promessa? Além disso, você sabe como ela te obedece.” disse o garoto com sinceridade
“Bem, só estou frisando...”
O casal estava planejando essa viagem havia algum tempo. Fernanda passou no vestibular e foi estudar Engenharia Civil na UFMG, em Belo Horizonte. Mateus, que não conseguiu passar estava fazendo pré-vestibular em Cordeirinho e trabalhando na livraria O Farol. Eles juntaram dinheiro por algum tempo e prepararam tudo para o acampamento. Saíram de Cordeirinho na quinta de madrugada e chegaram em Cajuru ao amanhecer. Ao chegarem no sítio, montaram a barraca, guardaram suas mochilas, trocaram de roupa e foram nadar.
Algum tempo depois, eles saíram da água e foram conhecer a barragem. Eles caminharam por horas e adoraram o lugar, apesar de estar cheio. Então voltaram para perto do sítio e ficaram nadando até o final do dia, quando nuvens de chuva chegaram.
“Mateus, tá escurecendo e eu tô com fome. Vamos voltar?” perguntou Fernanda.
“Tá, vamos sim... Nossa, a gente não comeu nada o dia inteiro!”
Eles voltaram para o acampamento, acenderam a fogueira e tostaram uns queijos. Quando a noite caiu, as nuvens se foram e inúmeras estrelas apareceram no céu.
“Nossa, morando em Belo Horizonte até esqueci como o céu no interior é estrelado!” comentou Fernanda.
“É, isso foi uma das primeiras coisas que eu reparei ao chegar em Cordeirinho.” disse Mateus.
Eles se olharam e se beijaram. Tomados pelo cansaço, os garotos entraram na barraca. Fazia muito frio, por isso se deitaram próximos um do outro.
Aquela era a primeira vez em 4 anos de namoro que os dois dormiam juntos. Júlio, e sua eficiente proteção sobre Fernanda nunca permitia aquilo. Fernanda sempre deveria voltar cedo e, se viajasse com Mateus, deveria ser acompanhada. Mas ele estava há mais de 100 quilômetros, não poderia fazer nada.
Tomado por um desejo que nunca sentira antes, Mateus beijou Fernanda que começou a acariciá-lo. Quando parecia que não teria volta, Fernanda empurrou Mateus e disse triste:
“Desculpa, Mateus, mas a gente não pode fazer isso. Você conhece meu pai. Se ele souber o que a gente tava prestes a fazer, é capaz dele dar um sumiço em você e em mim.”
“Tá... desculpa, não resisti. É melhor a gente parar por aqui mesmo.” disse Mateus virando de costas para Fernanda, que se virou para o outro lado.
Eles ficaram assim um minuto, dois, três... Então não resistiram e se entregaram ao desejo.
Aquela foi a melhor noite de suas vidas. Fernanda e Mateus se amavam de um jeito que nunca tinham se amado antes. Quando tudo terminou, um olhou sem graça para o outro, trocaram um sorriso e se beijaram. Então, abraçados e extremamente felizes, fecharam os olhos e foram dormir. Apesar do cansaço, o sono de Fernanda não chegava. Ela olhou para Mateus, que dormia, pensou em seu pai e sentiu culpa por ter quebrado a promessa que havia feito. Ela não gostava de desobedecer ao pai, que sempre lhe dissera para não passar dos beijos e abraços com Mateus. Mesmo não gostando de ser essa menina à moda antiga, Fernanda resistiu o quanto pôde. Agora, já estava feito e Júlio, gostando ou não, teria que aceitar e entender que ela já não era mais uma garotinha e que aquilo era apenas uma questão de tempo.
Carmo do Cajuru, Minas Gerais. 15 de novembro de 2007
Naquele feriado, Mateus e Fernanda viajaram pela primeira vez sozinhos. O tio do garoto cedeu seu sítio, na beira da Barragem de Carmo do Cajuru para que eles pudessem acampar e a garota, com muito custo, convenceu seu zeloso pai a deixá-los viajar.
“Mateus, eu confio em você. Vê se não vai fazer nada com a minha filha, se é que você está me entendendo.” disse Júlio ao genro quando estavam a sós alguns dias antes da viagem.
“Júlio, eu te prometi isso quando comecei a namorar com a Fernanda. Você acha mesmo que eu vou descumprir sua promessa? Além disso, você sabe como ela te obedece.” disse o garoto com sinceridade
“Bem, só estou frisando...”
O casal estava planejando essa viagem havia algum tempo. Fernanda passou no vestibular e foi estudar Engenharia Civil na UFMG, em Belo Horizonte. Mateus, que não conseguiu passar estava fazendo pré-vestibular em Cordeirinho e trabalhando na livraria O Farol. Eles juntaram dinheiro por algum tempo e prepararam tudo para o acampamento. Saíram de Cordeirinho na quinta de madrugada e chegaram em Cajuru ao amanhecer. Ao chegarem no sítio, montaram a barraca, guardaram suas mochilas, trocaram de roupa e foram nadar.
Algum tempo depois, eles saíram da água e foram conhecer a barragem. Eles caminharam por horas e adoraram o lugar, apesar de estar cheio. Então voltaram para perto do sítio e ficaram nadando até o final do dia, quando nuvens de chuva chegaram.
“Mateus, tá escurecendo e eu tô com fome. Vamos voltar?” perguntou Fernanda.
“Tá, vamos sim... Nossa, a gente não comeu nada o dia inteiro!”
Eles voltaram para o acampamento, acenderam a fogueira e tostaram uns queijos. Quando a noite caiu, as nuvens se foram e inúmeras estrelas apareceram no céu.
“Nossa, morando em Belo Horizonte até esqueci como o céu no interior é estrelado!” comentou Fernanda.
“É, isso foi uma das primeiras coisas que eu reparei ao chegar em Cordeirinho.” disse Mateus.
Eles se olharam e se beijaram. Tomados pelo cansaço, os garotos entraram na barraca. Fazia muito frio, por isso se deitaram próximos um do outro.
Aquela era a primeira vez em 4 anos de namoro que os dois dormiam juntos. Júlio, e sua eficiente proteção sobre Fernanda nunca permitia aquilo. Fernanda sempre deveria voltar cedo e, se viajasse com Mateus, deveria ser acompanhada. Mas ele estava há mais de 100 quilômetros, não poderia fazer nada.
Tomado por um desejo que nunca sentira antes, Mateus beijou Fernanda que começou a acariciá-lo. Quando parecia que não teria volta, Fernanda empurrou Mateus e disse triste:
“Desculpa, Mateus, mas a gente não pode fazer isso. Você conhece meu pai. Se ele souber o que a gente tava prestes a fazer, é capaz dele dar um sumiço em você e em mim.”
“Tá... desculpa, não resisti. É melhor a gente parar por aqui mesmo.” disse Mateus virando de costas para Fernanda, que se virou para o outro lado.
Eles ficaram assim um minuto, dois, três... Então não resistiram e se entregaram ao desejo.
Aquela foi a melhor noite de suas vidas. Fernanda e Mateus se amavam de um jeito que nunca tinham se amado antes. Quando tudo terminou, um olhou sem graça para o outro, trocaram um sorriso e se beijaram. Então, abraçados e extremamente felizes, fecharam os olhos e foram dormir. Apesar do cansaço, o sono de Fernanda não chegava. Ela olhou para Mateus, que dormia, pensou em seu pai e sentiu culpa por ter quebrado a promessa que havia feito. Ela não gostava de desobedecer ao pai, que sempre lhe dissera para não passar dos beijos e abraços com Mateus. Mesmo não gostando de ser essa menina à moda antiga, Fernanda resistiu o quanto pôde. Agora, já estava feito e Júlio, gostando ou não, teria que aceitar e entender que ela já não era mais uma garotinha e que aquilo era apenas uma questão de tempo.
19 comentários:
Cara, ble? Vi o seu perfil e pensei que fosse sobre a minha pessoa....trabalho em jornal, faço facul de Letras e adoro escrever....pensei que estivesse sozinho nesse sonho maluco de escrever, mas que bom que encontrei um parceiro...rs...vamos que vamos. Abs
Haha, que linda história cara!
Realmente são poucas as meninas que ainda obedecem os pais nessa questão do sexo.
Também, se dependesse dos pais, suas filhas morreriam virgens. =p
boa a historia, mas um texto muito longo...
cara... muito extenso..
As pessoas andma meio sem tempo..
tente ser mais resumido..
No mais..
Tah td bom. ;D
visite o meu brog!
alemdq.blogspot.com
Oi
O Blog tá muito legal!
Bons posts!
Parabéns!
Abraço!
Se puder visite!!!
http://tiagoenes.blogspot.com/
poh cara até que eu keria escrever sobre o texto q vc fez e é isso q todos nos esperamos neh...rsr...mas num deu sab....eh q to meio sem tempo...depois retorno aki pra ler com mais calma....ta blz
mas gostei do seu blog até o seu perfil eu li..kkkk
http://sonacachaca.blogspot.com
porra, gente, se for pra comentar, comenta direito!
Lucas, vi sua reclamação no blogger, e curti já que meu bloguinho tem dois comentários, um deles certeza que a pessoa num leu até o fim, quando eu vejo que o post não me interessa nem leio e nem faço coments pedindo para reduzir, já que isso seria mandar vc reduzir sua criatividade. Gostei do texto e vou começar a acompanhar seu blog, realmente é dificil achar um casal assim, que passe tanto tempo sem sexo, mas talvez seja essas simples coisas que façam q agente perceba que quando se ama se espera o quanto necessário, ou talvez até a oportunidade correta....
Depois de muito custo e consegui colocar um link seu!!!!
Um texto simples e honesto, claro, direto, sem aquelas metáforas mirabolantes que alguns pensam que valorizam o texto.
Gostei da sua gramática, camarada.
Diferente de muitos, cujos erros parecem quase uma obrigação.
Continue a escrever, sempre.
esse conto, mostrou que é possivel haver sexo com amor, tudo é uma questão de respeito, e tempo, não a futilidade de hoje, que a moda é pegar a maior quantidade de pessoas possiveis.
Sabe o que eu acho interessante? É que esta EStória na verdade retrata muitas HIStórias que acontecem por vários lugares.
É interessante a gente despir de nossos (pre)conceitos e analisar que existem pessoas com princípios que podem não ser os mesmos que os nossos, mas são os certos para elas.
A verdade é uma só: a confiança é um dos elementos que formam a base de toda e qualquer manifestação de FELICIDADE.
Qual seria a continuação da HIStória?
O pai dessa Fernanda deve encher a o Matheus de bala depois dessa, pô, tava gostando, faz um final aí e depois me dá um toque pra eu ler...
Muito bom o texto!
Demorei para conseguir comentar aqui, mas vale a pena.
Boa sorte com o blog.
E pode deixar que de mim, não levará calote.
Beijão
www.juogata.blogspot.com
hey, obrigado por seu comentario.
A intençao era mesmo que visse os outros quadrinhos, a entrevista é mais para o publico fiel do blog e tal.
www.meusquadrinhos.blogspot.com
Amor e culpa
é um ótimo Texto!
Te confesso que não li todo só até a metade!
Adorei os tralers dos filmes!
Abraço
Não sou entendedor de futebol, mas falo do seu blo, esta muito bom, organizado, textos bem escritos.
legal mesmo.
boa sorte
Haha, eu vou mostrar esse texto para o pai da moça.
(6)
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