Muitos o consideravam o último dos românticos. Ele não concordava inteiramente. Sabia que os românticos eram uma espécie em extinção, parafraseando seu cantor preferido, mas ele não era o último. Apaixonado, fiel, companheiro, muitas vezes se agarrando com todas as forças a um sentimento não correspondido, ele seguia seu caminho, tocava sua vida a frente.
O considerado último dos românticos também era uma espécie de Policarpo Quaresma. Apaixonado por sua terra, defendia sua bandeira com um fervor visto em poucas pessoas. Para ele, as montanhas de sua terra eram as mais lindas, as cidades eram as mais aconchegantes, o horizonte era o mais belo. Sua terra não tem mar? Não, o mar não tem sua terra.
Algo contante em sua vida era a distância entre ele e seus amores. As mulheres e a terra que tanto amou, sempre estiveram longe dele. Fosse por quilômetros, fosse por pessoas, fosse por sentimentos, seus amores sempre foram shakesperianos.
Ele era assim. Podia não ser feliz sempre, mas não tinha como mudar. Era constantemente alvo de críticas e deboches, mas pouco ligava para isso. O que o incomodava era a incredulidade.
Constantemente ouvia das pessoas frases do gênero:
- Você nunca amou fulana!
- Você fantasia demais!
- Você está solitário/exilado, por isso fantasia, imagina que é tudo tão bom, mas quando estiver lá vai acabar se decepcionando.
- Você nunca amou ninguém!
As pessoas não acreditavam em seu amor. Não duvidavam de sua sinceridade, apenas acreditavam que ele estava tão desesperado que acabava inventando amores, fossem eles por pessoas, fossem por lugares. Como assim ele nunca amou ninguém, nem nada? Como as pessoas podem ter tanta certeza do que ele sentiu ou não sem estar dentro dele, sem passar pelo que ele passou, sem viver o que ele viveu?
Por mais que soubesse que não faziam por mal, o último dos românticos, que nunca amou, foi vivendo cada vez mais fechado, mais exilado em seus sentimentos, se abrindo cada vez menos às pessoas ao redor. Se era pra demonstrar incredulidade sem saber o que se passava dentro dele, melhor então que nem tivessem motivos para esse desconhecimento.
Lucas C. Silva
O considerado último dos românticos também era uma espécie de Policarpo Quaresma. Apaixonado por sua terra, defendia sua bandeira com um fervor visto em poucas pessoas. Para ele, as montanhas de sua terra eram as mais lindas, as cidades eram as mais aconchegantes, o horizonte era o mais belo. Sua terra não tem mar? Não, o mar não tem sua terra.
Algo contante em sua vida era a distância entre ele e seus amores. As mulheres e a terra que tanto amou, sempre estiveram longe dele. Fosse por quilômetros, fosse por pessoas, fosse por sentimentos, seus amores sempre foram shakesperianos.
Ele era assim. Podia não ser feliz sempre, mas não tinha como mudar. Era constantemente alvo de críticas e deboches, mas pouco ligava para isso. O que o incomodava era a incredulidade.
Constantemente ouvia das pessoas frases do gênero:
- Você nunca amou fulana!
- Você fantasia demais!
- Você está solitário/exilado, por isso fantasia, imagina que é tudo tão bom, mas quando estiver lá vai acabar se decepcionando.
- Você nunca amou ninguém!
As pessoas não acreditavam em seu amor. Não duvidavam de sua sinceridade, apenas acreditavam que ele estava tão desesperado que acabava inventando amores, fossem eles por pessoas, fossem por lugares. Como assim ele nunca amou ninguém, nem nada? Como as pessoas podem ter tanta certeza do que ele sentiu ou não sem estar dentro dele, sem passar pelo que ele passou, sem viver o que ele viveu?
Por mais que soubesse que não faziam por mal, o último dos românticos, que nunca amou, foi vivendo cada vez mais fechado, mais exilado em seus sentimentos, se abrindo cada vez menos às pessoas ao redor. Se era pra demonstrar incredulidade sem saber o que se passava dentro dele, melhor então que nem tivessem motivos para esse desconhecimento.
Lucas C. Silva
4 comentários:
baaahhhhh...eu nao penso como todo mundo....e concordo com vc..ninguem sabe , de fato, o q e com q inensidade sentimos....da mesma forma como nunca saberemos com os outro sentem....
Mesmo q eu me coloque no seu lugar..só vc sabe o q te da frio na barriga só d pensar...o q te enche d felicidade...e nao é empolgação....é um encanto q vem sabe-se la d onde e colore td.... deixa td mágico....é meio meloso...meio poético...mas sentimentos são assim........
Não se feche...seja como vc é...as vezes vai machucar....mas so pelo fato d sentir-se flutuando..compensa...pelo menos pra mim......
beijinhooss
Isso só mostra q eles te conhecem pouco e q conhecem menos ainda das alterosas!!! rsrsrs
É por vc ser o último dos românticos q os normais não te entendem!!
"Como vovó já dizia":coração dos outro é terra onde a gente não pisa. É difícil,mas tenta ignorar esse povo. E lembra q cê agora tem sempre a última das românticas pra compartilhar sua loucura^^
Bjos =***
É, acho que sou destas pessoas que costumam medir amores alheios...
mas já entendi que amor é dessas coisas, que tem dois pesos e duas medidas...
Para mim, amor é uma incógnita. Hoje mesmo, antes de ler seu texto, perguntei-me se já amei alguém... fiquei sem resposta. Pensei em minha família e amigos, naqueles que tenho mais motivos para amar e que poderia amar sem motivos.
Mas lembrei-me disso:
" Aquele que ama não exige estar perto"
E cheguei a conclusão que ainda sou muito egoísta para amar plenamente...
Tem nem o que falar né! Adorei o texto, ainda mais pela belíssima referência ao meu cantor preferido.
Mas olha só não perca o que existe de mais maravilhoso na vida por causa da incredulidade de outras pessoas. As vezes daqueles que nem te conhecem de verdade. O mundo precisa de mais "românticos desvairados" por isso o último dos românticos não pode ser perdido assim!
Beijos!
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