Meados de 1996, 1997. Eu, com meus 7, 8 anos, estou brincando na casa de uns amigos da família em Guarulhos, Grande São Paulo, numa festa de aniversário. Lá pelas tantas, está tocando uma "música de adolescente", que não me atrai muito. A música estourava nas rádios naquela época, falava de uma moça num vestidinho preto indetectível. Só lembro da minha mãe me falando, sempre que essa banda tocava "Eles são de lá de Minas!" e eu pensava "e daí?". Mal sabia que minha reação ao ouvir falar de Skank mudaria tanto nos próximos anos...
Foto de Weber Padua - Pauta Comunicação
O tempo foi passando e eu fui moldando meu gosto musical. E o Skank sempre esteve entre minhas bandas favoritas. Até porque, foi uma das mais presentes durante toda minha infância e adolescência. Fosse na televisão (não esqueço do clipe de Resposta tocando nos créditos finais do programa da Eliana, na Record), nas trilhas sonoras das novelas, nas rádios ou mesmo com o CD MTV Ao Vivo em Ouro Preto, que já deve ter tocado em casa e no carro da família umas 42 milhões de vezes, fui crescendo e gostando cada vez mais do Skank.
Mas era aquela. Até meados de 2009, só conhecia os hits das rádios mais as músicas dos CDs Ao Vivo em Ouro Preto e Radiola. Foi só quando conheci uma grande amiga minha, também de Minas, que comecei a, incentivado por ela, procurar o resto do trabalho da banda. E foi aí que virei fã de carteirinha mesmo. Há todo um universo musical de letras, melodias e ideias que eu explorava, com cada vez mais vontade. Os primeiros trabalhos foram surgindo, músicas que eu não lembrava foram sendo redescobertas e listas das preferidas foram se alternando a medida que eu (re)descobria novas. E, quando eu menos percebi, estava no Mineirão com essa grande amiga minha, assistindo à gravação do terceiro DVD da banda. Uma experiência inesquecível!
CD, DVD e ingresso do show no Mineirão. Fui, vi e ouvi! - foto de Lucas C. Silva
Mais do que listas de preferidas, as letras do Skank fizeram parte trilha sonora da minha vida nos últimos 3 anos. Desde o namoro que começou ao som de Sutilmente e terminou ao som de Os Exilados até aquela inesquecível noite em que meus amigos e eu viemos da Barra da Tijuca a Botafogo cantando Resposta, É Uma Partida de Futebol, Três Lados entre outras, elas estiveram presentes, me fazendo rir e chorar. Hoje estou na expectativa do Rock in Rio, com meu ingresso de 1º de outubro bem guardadinho aqui em casa. Loucura pagar 95 reais para ver uma banda brasileira? Pode até ser, mas quem disse que fã é normal?
Samuel, Haroldo, Lelo, Henrique e todos aqueles que construíram o Skank, parabéns pelos 20 anos de sucesso. Que sejam os primeiros de muitos outros tantos que virão aí pela frente.
Grande abraço!
Lucas C. Silva
2 comentários:
É impressionante como as vidas podem ser musicadas, né. E eu compartilho com vc essa admiração pelo Skank, não só pq as músicas são boas, mas principalmente porque fazem parte da minha infância e juventude. Sempre presentes em nosso cotidiano e em momentos especias, a história do Skank se cruza com nossas próprias histórias.
Eu tenho um orgulho em ser mineiro, e das coisas de Minas, principalmente a cultura, incluindo esse caras ai, também participaram de minha infância e adolescência, e fiquei muito mais fã depois do Show no mineirão.
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