sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Literatura e Futebol

Vocês sabiam que o escritor Aníbal Machado foi jogador de futebol e marcou o primeiro gol da história de um importante clube brasileiro?
Tudo começou no distante ano de 1908, mais precisamente no dia 25 de março, quando um grupo de 22 garotos de 13 e 14 anos mataram aula e se reuniram no coreto do Parque Municipal de Belo Horizonte para criarem um time de futebol. Nascia assim o Atlhetico Mineiro Football Club.
Quase um ano depois, esses meninos foram jogar sua primeira partida. Era contra o Sport Club Football, o time mais tradicional da capital mineira na época.
Pingo, como era chamado Aníbal, era um menino franzino, mas bom de bola e marcou o primeiro gol da história do Atlético, naquela vitória de 3 a 0. O Sport pediu revanche e perdeu de 2 a 0. No terceiro jogo deu 4 a 0 pro Galo.
Depois disso, o Sport deixou de existir e muitos de seus torcedores e jogadores se tornaram atleticanos.
Depois de ter jogado pelo Galo e ter dado tantas alegrias a torcida atleticana, Aníbal, deu aulas de História Mundial, foi crítico de artes no Diário de Minas, promotor público e professor de Literatura, além de escritor modernista.
É, mas acho que ele foi mais feliz usando o Manto Sagrado...

Saudações Atleticanas!

Lucas C. Silva

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Filme Cult

Jonas havia ido ao cinema com os amigos naquela noite de sexta-feira. Havia recebido, com muita felicidade, o raro convite de ir ao cinema e aceitou sem pensar duas vezes.
Ao chegar, o garoto percebeu que aquele não era seu ambiente. Ali estavam dezenas de pessoas intelectualizadas, daquelas apreciadoras de arte que ele não entendia. Discutiam com fervor quadros que não mostravam nada, poesias de poucas palavras e esculturas de formatos incompreensíveis.
De saco cheio daquela conversa e sem dizer sequer uma palavra, Jonas saiu do grupo e começou a andar por ali. Sentada em um banco, uma menina linda folheava um livro. Assim como ele, a garota parecia ter-se separado de seu grupo para esperar por seus ingressos. Jonas se sentou ao seu lado e perguntou.
"Que livro é esse?"
"A volta ao mundo em 80 dias, do Júlio Verne" respondeu a menina sem tirar os olhos do livro.
"É um dos melhores que eu já li. Você tá em qual parte?"
A menina olhou para ele e, com um sorriso, disse:
"Acabei de comprar. Nem comecei a ler ainda..."
"Ah, desculpa por te atrapalhar."
"Que nada! Não ia conseguir ler aqui mesmo. Qual é o seu nome?"
"Jonas, e o seu?"
Quando a menina ia responder, um amigo de Jonas chegou com os ingressos e disse.
"Jonas, pelo visto você conheceu a Letícia! Ela veio ver o filme com a gente. Lê, aqui seu ingresso."
Letícia pegou os ingressos, entregou um a Jonas e, ao verem que ainda faltava mais de uma hora para o filme começar, ficaram conversando ali naquele banco. Eles tinham muita coisa em comum. Gostavam dos mesmos filmes, dos mesmos livros, dos mesmos assuntos. Mesmo com essa afinidade, Jonas não disse a Letícia que estava odiando aquele lugar. Na hora do filme, entraram juntos e se sentaram lado a lado.
Meia hora depois, na tela passava um filme croata cujo nome era impronunciável e era dirigido por um cara com nome mais estranho ainda. A história, de um ferrado na vida, era sem graça, sem ação e sem diálogos. Mesmo assim, as pessoas na sala pareciam estar tocadas, muitas até choravam. Todas, menos duas bem no meio da sala. Jonas olhou para o lado e viu uma Letícia mais entediada que ele.
"Ué, não tá gostando do filme?" cochichou Jonas
"Não é por nada não, mas esse tipo de filme não é o que eu gosto. Não sou do tipo de menina, como eles dizem aqui, intelecutalizada..."
"Hehehehe... somos dois! Estou de saco cheio desse filme! Vamos procurar outro melhor pra ver?"
"Vamos sim!" disse Letícia sorrindo.
Os dois se levantaram e, sem dar satisfação a mais ninguém correram pra fila, compraram dois ingressos e foram assistir Star Wars.

Lucas C. Silva

domingo, 25 de novembro de 2007

Há um ano atrás...

Sábado, 25 de novembro de 2006. Minha primeira vez...

Primeira vez é inesquecível. E a minha foi totalmente excelente! Eu tava em Belo Horizonte, mal tinha conseguido dormir naquela noite. Aquele sábado chegou ensolarado, prometendo um dia lindo para a festa que a cidade esperava há uma semana.
Meus primos conseguiram os ingressos por, digamos "caminhos alternativos" e a gente pegou o ônibus saindo do Barreiro, zona sul da cidade, rumo ao centro, onde pegaríamos outro pra Pampulha. Eu mal podia me controlar, estava muito ansioso! Esperei por aquele dia por muitos anos, mal podia acreditar que tinha chegado. Então entramos num ônibus fretado e seguimos, cantando e festejando, rumo ao Mineirão!
O Galo tinha caído pra Série B no ano anterior e em 2006 fez uma campanha digna de um time da grandeza e tradição do Atlético. Antes que algum espírito de porco venha encher o saco, ser campeão da Série B não é vergonha nenhuma. Vergonha é ser campeão da Série A ou da Libertadores com ajuda de juiz! Mas voltando a história, o Galo tinha sido campeão na rodada anterior, então aquele último jogo seria festa. Os 75 mil ingressos que foram colocados a venda se esgotaram em 7 horas! A gente só conseguiu os nossos no dia do jogo, a 50 reais na mão de um cambista (sim, estávamos muito desesperados!)
Mas cada centavo do ingresso valeu a pena! Na hora que eu vi o gramado verdinho e as arquibancadas vermelhinhas pela primeira vez senti um arrepio que poucas vezes na vida eu tinha sentido. Naquela hora tive a certeza de que o Mineirão é o estádio mais lindo desse mundo! E ele ficou ainda mais lindo quando a massa compareceu em peso e o lotou. Antes do jogo começar, houve um grande show de Beth Carvalho, Wilson Sideral (com participação de Daniel de Oliveira) e do Bloco Bica Galo, de Juiz de Fora. Então chegaram os jogadores. O primeiro que eu vi entrar foi o goleiro Diego (DIEEEEEEEEGOOOOOO!!!!) e Édson para fazerem o aquecimento. Depois voltaram ao vestiário e mais tarde entraram em campo os outros jogadores.
Que festa aquela. 75 mil vozes gritando "É CAMPEÃO!!!! É CAMPEÃO!!!!" e depois cantando o hino do Atlético! Faz até o mais radical dos cruzeirenses cogitar trocar de time. Mas como tudo que é bom, aquilo durou pouco.
105 minutos e 4 gols depois (ficou 2 a 2 e o América de Natal se classificou para a série A) o jogo acabou... Mas a festa estava apenas começando. Os jogadores receberam a taça, deram a volta olímpica e Beth Carvalho voltou pra cantar o segundo hino do Galo, Vou Festejar.
Festejamos até a noite. No dia seguinte, voltei ao Rio, à minha vida normal. Só que muito mais feliz!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Se não a amo mais...

...Por que as vezes acordo sentindo tanta falta dela?
Por que as vezes me dói ouvir as músicas que a gente tanto gosta?
Por que ninguém mais me faz sentir tão bem quanto ela fazia?
Por que sinto tanta saudade das nossas conversas, risadas, de senti-la aqui do meu lado mesmo estando a 1500 km daqui?
Por que diabos ainda dou um sorriso, quase imperceptível, ao ouvir o sotaque gaúcho?
Por que eu gosto do sotaque gaúcho?
Por que eu estava lendo hoje sobre a Revolução Farroupilha?
Por que, sempre que estou bolando uma história, coloco algo relacionado ao Rio Grande do Sul?
Por que sempre penso em personagens que querem fugir pra lá?
Por que as vezes tenho vontade de pegar minha mochila, colocar umas roupas e fugir pra lá?
Por que ainda procuro nas revistas aquele avião com o nome dela?
Por que ainda olho suas fotos e penso "Essa é a menina mais linda desse mundo"?
Por que fico triste ao ver que não tenho ninguém mais pra falar sobre Star Wars comigo?
Por que me arrependo de não ter falado tanta coisa a ela ou de ter falado outras tantas que eu não deveria?
Por que eu leio A guria com um aperto tão grande no peito?
Por que escuto Hey There Delilah pensando nela?
Por que ainda penso nas coisas legais que a gente poderia ter feito?
Por que?

Lucas C. Silva

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Minas Gerais e o Estado do Triângulo

Estão falando por aí que querem criar novos vários novos estados no Brasil. Do Norte ao Sul do país, inúmeras novidades aparecerão no mapa, se o projeto for aprovado.
Como mineiro, fico preocupado com o que pode acontecer com minha amada Minas Gerais. Dizem que vão criar um estado do Triângulo. Então, sem o triângulo mineiro, como ficará Minas?
Nas áreas da política, da infra estrutura, economia ou qualquer outra coisa dessas, fica difícil imaginar como ficará os estados. A única coisa que imagino como pode ficar diferente são as novas bandeiras:

Estado do Triângulo:Minas Gerais:
Interessante, não?

Não deixem de visitar o Brasil Fora do Eixo.

Lucas C. Silva

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sugestão do Meus Pensamentos

Harry Potter e a Ordem da Fênix (Harry Potter and the Order of the Phoenix - EUA/Inglaterra - 2007)
Nessa semana chega às lojas o DVD do quinto filme da saga de Harry Potter. Na história, Harry conhece Ordem da Fênix, uma organização secreta organizada por Alvo Dumbledore para combater Lord Voldemort e seus seguidores, os Comensais da Morte. Mas é ao chegar na escola que os problemas de Harry começam. Para vigiar a escola, o Ministério da Magia manda Dolores Umbridge, uma auxiliar do ministro, pra dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas e, pra variar, Harry se dá mal com isso.
Apesar de ser o melhor filme da saga, quem leu o livro pode ficar um pouco desapontado. A história, apesar de estar interessante, saiu meio atropelada. Sabe aqueles diálogos que têm umas 3 páginas? Pois é, no filme se resumem a umas duas falas de cada personagem. Tudo bem que se fizessem um filme que contasse as 702 páginas do livro, deveriam fazer uma trilogia... Mas isso não tira a graça do filme não. Os efeitos especiais estão excelentes, a trilha sonora dá de dez na anterior e os atores melhoraram muito. Apesar de eu ser um grande fã da Emma Watson, o destaque fica para a iniciante Evanna Lynch, que faz o papel (e muito bem, diga-se de passagem) de Luna Lovegood.
Se você procura um bom filme pra assistir nesse fim de ano, aqui fica a dica para Harry Potter e a Ordem da Fênix. Agora, se você tiver tempo (e saco) leiam o livro. O filme é bom, mas o livro é melhor!

Harry Potter e as Relíquias da Morte - J.K. Rowling

Após 10 anos, a saga de Harry Potter chega ao fim. No capítulo final da saga, Harry, Rony e Hermione vão atrás das horcruxes de Voldemort, para que finalmente possam derrotá-lo. Mas, durante a viagem, acabam enfrentando desafios que nunca imaginaram enfrentar e descobrem segredos que fazem a história dar uma revira-volta.
O final do livro é o mais emocionante (tanto de fazer chorar, quanto de prender a atenção dos leitores - não chorei, mas ontem fiquei até as 3 da madrugada lendo o livro) da saga, mas, particularmente, o capítulo que mais prendeu minha atenção foi o 23 (A mansão dos Malfoy). Outra coisa interessante é o fato de muita coisa que aparece no livro ser muito parecida com o nazismo. Não, gente, não sou nazista, mas a autora disse certa vez que uma das inspirações para criar Voldemort foi Adolf Hitler e se você estudou o assunto na escola recentemente, vai perceber que algumas coisas que acontecem, parecem muito com os países europeus durante os anos 30 e 40. E isso faz até algum sentido, J.K. Rowling morou em Portugal, que foi assolado pelo regime Salazarista (daí o nome Salazar Slytherin).
Se você esperou pelo fim da saga e por respostas sobre o que aconteceu nos livros anteriores, não percam seu tempo e vão ler As Relíquias da Morte!

Lucas C. Silva

"Comentem, ou sentirão o poder da minha varinha!"

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Fernanda

Fernanda, vem do teutônico Fradenandus, união de Frad (Inteligente, Protetor) com Nand (Ousado, Corajoso). É muito popular na Espanha, usado várias vezes pelas famílias reais Aragão e Castela e há algum tempo faz sucesso no Brasil.
Gosto muito desse nome. Não sei direito porque, mas acho "Fernanda" lindo (não tem erro de concordância, nem digitação, aqui não, antes que algum espírito de porco venha encher o saco!). Tão lindo que é assim que batizei minha amada bicicleta (vejam na foto como a Nandinha é linda!), além das personagens de pelo menos 2 contos meus: Histórias de Cordeirinho e A Saga de Jonas. Muita gente me pergunta por que gosto desse nome, já imaginando que é por causa de alguma Fernanda que eu possa ter conhecido. Com sinceridade, digo que não é por isso. Se fosse para eu gostar de um nome por causa de alguma menina que eu tivesse me apaixonado, seria... é... bem... não, esse não... tem a... É não gosto de nenhum nome por causa de alguma paixão minha.
De qualquer jeito, se caso vocês me virem (daqui a pelo menos 10 anos) passeando com minha filha e me ouvirem a chamando de Fernanda, ou encontrarem esse nome em algum conto meu, não se surpreendam. A não ser que case com uma ou que minha esposa realmente não queira, esse será o nome da minha guria...
Ah, e por falar nisso, alguém já viu uma Fernanda velha? Parem pra pensar, a gente vê uma pá de meninas com esse nome e várias mulheres também. Mas, pelo menos eu, nunca vi uma idosa chamada assim. Aí alguém aí diz "Tem a Fernanda Montenegro!" mas o verdadeiro nome dela é Arlete Pinheiro Monteiro... Eu reparei isso (o lance das Fernandas idosas, não da Montenegro) numa propaganda de celular, num desses natais passados, que era um jogo de amigo secreto (ou amigo oculto, se preferirem. Por falar nisso, essa história da adedOnha que deu uma polêmica...) de uma família que a matriarca, já de idade, dizia "Meu presente vai pra Fernanda!" Aí vinha um cara, provavelmente seu filho e dizia "A Fernanda é a senhora!" e todos riam... Tá, mas onde eu queria chegar mesmo? Ah, é, foi depois dessa propaganda que eu percebi que não existem muitas Fernandas velhas...
Se vocês conhecerem, comentem aqui. Se não conhecerem, comentem também! Estou escrevendo isso pra avisar que se aparecerem outras Fernandas nas minhas histórias, não se surpreendam e não me venham com essa história que é por causa de alguma garota em especial. Ah, e se minha futura esposa tiver lendo isso, já fica avisado que quero colocar esse nome na nossa guria e que não precisa sentir ciúmes não, tá legal?

ps1. No conto que eu linkei 2 vezes acima, chamado Adedanha, muita gente veio dizer que ou chamava a brincadeira de Stop (OOOOEEEEEEESTOP!) ou de AdedOnha. Vou ser sincero, nunca ouvi adedonha e acho a pronuncia um tanto estranha. Em São Paulo, onde cresci, a brincadeira se chama Stop e em Minas, onde nasci, se chama Adedanha. Como a história se passa na cidade fictícia de São José do Cordeirinho, coloquei o nome da brincadeira que dão no estado, ou pelo menos na região que nasci.

ps2. Outros nomes de menina que gosto são Letícia e Mariana. Pra meninos, acho legal Gustavo e Mateus (sem H mesmo).

ps3. Quanto ao nome da bicicleta, não sou louco e tenho uma explicação plausível pra isso: Na Segunda Guerra Mundial, os pilotos costumavam dar nomes de mulheres para seus aviões. Infelizmente, não tenho um avião. No meu aniversário ganhei uma bicicleta, daí pra batizá-la, foi um pulo! E tem mais gente cujas bicicletas têm nomes.

Lucas C. Silva

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Questionários...

Hoje vou postar aqui 2 questionários. Um que eu vi no programa "Inside the Actors Studios" e se vocês quiserem, podem respondê-lo nos seus comentários. Se eu fosse ao programa, o diálogo seria:

Qual é a sua palavra favorita? - Divinópolis
Qual é a palavra que você menos gosta? - Hemograma completo
Qual é o seu som favorito - Um avião a hélice passando
Qual é o som que você mais odeia? - Aspirador de pó
Qual é o seu palavrão favorito? - Puta que pariu!
O que te anima? - Andar de bicicleta ou desenhar
O que te repugna? - Traição
Qual profissão, diferente da sua, você gostaria de ter? - Piloto de avião
Qual profissão você nunca gostaria de ter? - Policial
Se existir o Paraíso, o que você gostaria de ouvir Deus te dizendo quando você chegasse na porta do Céu? - Ei, Lucas, Santos Dumont tá te esperando pra vocês poderem dar uma volta de avião.

Agora vem o segundo questionário. Recebi ele do Antonio:

Uma hora: 18:45
Um astro: Juliana Lohmann
Um móvel: Minha cama
Um líquido: Água
Uma pedra preciosa: Ouro
Uma árvore: Eucalípto
Uma flor: Dama da noite (seu cheiro me lembra minha terra)
Uma cor: Verde
Um animal: Ornitorrinco
Uma música: High - Lighthouse Family
Um livro: Volta ao Mundo em 80 Dias - Julio Verne
Um lugar: Carmo do Cajuru, Minas Gerais
Um verbo: Voar
Uma expressão: Que a Força esteja com você
Um mês: Janeiro
Um número: 23
Um instrumento musical: Gaita
Estação do ano: inverno
Um filme: Star Wars Episódio 3, A vingança dos Sith

Estou indicando as seguintes 5 pessoas pra responderem: Luidi, Cris, Bernardo, Solitáro, Wanderson

sábado, 10 de novembro de 2007

Histórias de Cordeirinho

Adedanha

São José do Cordeirinho, Minas Gerais. 1 de maio de 2002

"A-DE-DA-NHA!" disseram 5 crianças ao mesmo tempo. Então a única menina da turma começou a contar:
"A - B - C... tá valendo!"
Além de Fernanda, Marcos, Lucas e João estavam na casa de Mateus naquele feriado chuvoso. Eles estavam combinando de ir ao Laguinho, mas como começou a chover, decidiram ficar e esperar a chuva passar. Para passarem o tempo, as crianças começaram a jogar adedanha.
Por aproximadamente um minuto e meio, ninguém falou. Todos estavam escrevendo nos papéis o máximo de coisas que lembravam com a letra C. Fernanda foi a primeira a terminar. Mateus terminou logo em seguida. João e Lucas terminaram juntos. Como Marcos era o último, ele teve que parar onde estava.
"Tá legal, que nome vocês colocaram?" perguntou Mateus "O meu foi Carla."
"Cláudio" disse Fernanda, se lembrando do amigo que foi embora anos antes.
"César" disse Lucas.
"Cecília" respondeu João.
"Ciça" disse Marcos.
Cada um tinha marcado 10 pontos. Chegou a hora de dizer a cidade.
"Chicago" disse João.
"Canoas" falou Fernanda, se lembrando novamente de Cláudio.
"Carmo do Cajuru" disse Mateus. "Uai, gente, fica perto de Divinópolis, podem olhar no mapa. Fui num churrasco lá!" disse o garoto após o olhar de "que cidade é essa?" de seus amigos.
"Chicago também... 5 pontos pra gente" disse Lucas.
"Cordeirinho" respondeu Marcos.
"Não, Cordeirinho não vale!" disse Lucas.
"É, Marcos, a cidade se chama São José do Cordeirinho!" disse Fernanda.
"Mas a gente chama a cidade de Cordeirinho!" defendeu-se Marcos.
"Não, mas a gente tem que colocar o nome completo da cidade, e não o apelido!"
"Fernanda, pode perguntar pra qualquer um. Todos chamam a cidade de Cordeirinho."
Sandra, a mãe de Mateus passou pela sala naquela hora e Marcos perguntou.
"Tia - era assim que as crianças chamavam as mães dos amigos - em qual cidade você mora?"
"Cordeirinho, por que?"
"Viram! Cordeirinho!"
"Ah, não, se ele receber os pontos, eu paro de jogar agora!" disse Mateus que, até ali, estava calado.
"E se eu não receber, eu paro de jogar!"
Uma grande discussão começou e só foi cessada quando Sandra interveio.
"Olha só, crianças, se é pra vocês brigarem, então é melhor pararem de jogar!"
Com raiva, todos largaram os papéis e lápis na mesa e cada um seguiu para um canto da sala. Meia hora depois, todos estavam jogando Banco Imobiliário, como se nada tivesse acontecido...

Lucas C. Silva

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

C3PO x R2D2, quem é o melhor?

R2D2 e C3PO são os únicos personagens da Saga Guerra nas Estrelas que aparecem em todos os filmes. Os robôs estão sempre na companhia dos heróis, sendo muitas vezes decisivos. Mas qual dos dois foi mais útil?
Ps 1. esse texto tem alguns detalhes que quem não assistiu aos filmes, pode ficar "boiando".
Ps 2. O texto contem Spoilers da saga.
Ps 3. Se, por algum motivo, você não estiver interessado nesse texto, fique a vontade para ler e comentar os outros!

R2D2:
- Salvou todo o mundo quando consertou o cruzador da Rainha Amidala (Star Wars Episódio 1 - A Ameaça Fantasma)
- Salvou a Padmé na fábrica de dróides ao desligar a máquina que despejava metal derretido e consertou a cabeça do C3PO na arena de Geonosis. (Star Wars Episódio 2 - O Ataque dos Clones)
- Destruiu um dos robozinhos que destruia a nave do Anakin na batalha de Coruscant, pôs fogo naqueles robôs da Federação do Comércio e ainda deu choque em outro. (Star Wars Episódio 3 - A Vingança dos Sith)
- Levou a mensagem da Léia pro Obi Wan Kenobi. Foi "destruído" pelo Vader. Disse onde a Léia tava presa na Estrela da Morte, desligou o compactador de lixo, salvando Han, Léia, Luke e Chewbacca. (Star Wars Episódio 4 - Uma Nova Esperança)
- Consertou a hiperpropulsão da Millennium Falcon, avisou o C3PO que a hiperpropulsão tava defeituosa, lançou aquela fumaça pros Stormtroopers não exergarem os heróis na Cidade das Nuvens, em Bespin. (Star Wars Episódio 5 - O Império Contra Ataca)
- Deu a mensagem do Luke pro Jabba, lançou o sabre pro Luke no poço do Sarlaac e ia abrir a porta do gerador do escudo da Estrela da Morte em Endor, só não abriu porque o Stormtrooper atirou nele. (Star Wars Episódio 6 - O Retorno de Jedi)


C3PO:
- Não fez nada e ainda estava pelado (Star Wars Episódio 1 - A Ameaça Fantasma)
- Também não fez nada e ainda quis que o R2 ficasse na nave de Padmé em Geonosis . Detalhe, se o R2 tivesse ficado, a Padmé teria morrido na fábrica de robôs. Isso sem contar que perdeu a cabeça, literalmente, na fábrica. (Star Wars Episódio 2 - O Ataque dos Clones)
- Não fez nada. (Star Wars Episódio 3 - A Vingança dos Sith)
- Convenceu o Tio Owen a comprar o R2. Desligou o câmbio quase matando o Luke, o Han, o Chewie e a Léia no compactador de lixo. (Star Wars Episódio 4 - Uma Nova Esperança)
- Não fez nada, atrapalhou o Han na hora que finalmente beijou a Léia, levou um tiro do Stormtrooper, ignorou o aviso do R2 que a hiperpropulsão da Millennium Falcon estava desligada, pediu para que não tivessem raiva do Lando, que entregou Han Solo de bandeja pro Darth Vader, e quando o R2 foi consertar a hiperpropulsão, reclamou. (Star Wars Episódio 5 - O Império Contra Ataca)
- Conversou com os Ewoks, mas não conseguiu convencê-los a libertar os heróis. Mesmo assim foi muito útil. (Star Wars Episódio 6 - O Retorno de Jedi)

R2 vence esse duelo fácil fácil. Não odeio o C3PO, mas que ele não ajuda muito, isso é verdade!

Que a Força esteja com você!

Lucas C. Silva

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

AS AVENTURAS DE DANILINHO

Episódio de Hoje: Danilinho na África

Danilinho um dia foi caçar na savana africana. Ao anoitecer deu de cara com um leão faminto.
Sem pensar foi com a mão direto no rifle. O que ele não esperava é que o rifle estava sem munição.
O leão percebendo que Danilinho estava desarmado partiu para o ataque. Danilinho não perdeu tempo. Quando o leão abriu a boca, Danilinho puxou a lingua dele. Assim ele conseguia manter a boca do leão aberta. Ficaram assim por três dias...
Danilinho começou a ficar cansado. E o leão ainda com mais fome. Quanto mais o leão tentava morder, Danilinho puxava mais a lingua dele. Até que Danilinho teve uma ideia brilhante. Pegar o rifle descarregado e colocar dentro da boca do leão, assim ele conseguiria ir embora.
O rifle estava logo atrás de Danilinho. E ele tentava pegar com o pé. Mas qto mais ele mexia o pé... mais poeira levantava... e Danilinho teve uma vontade insustentavel de espirrar.
Quando espirrou aconteceu o inesperado:
Ele espirrou com tanta força que acabou puxando a lingua do leão mais do que devia...
E virou o leão do lado do avesso!!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Uma tarde, na livraria...

Segunda Feira, 5 de outubro de 2007. Taí um dia que não vou esquecer...
Depois de um fim de semana horrível, daqueles que devem ser esquecidos, enterrados para nunca serem lembrados, o sol brilhou de novo para mim.
Antes de continuar a história, preciso fazer 2 observações pessoais:

A primeira é que eu tenho uma lista de coisas que quero fazer. Por enquanto, são 37 itens classificados em Fácil, Médio, Difícil, Muito Difícil e Impossível. Quanto mais difícil, mais feliz eu ficaria ao realizá-lo.

A segunda é que nunca fui de acompanhar novelas, ou de idolatrar artistas, mas tenho algumas exceções. Sou fã assumido da Juliana Lohmann, que fez O Beijo do Vampiro, Malhação, Vidas Opostas entre outros trabalhos na TV (por falar nisso, quem tiver o episódio da Diarista "A Chuva", me diz, por favor!). Ela é minha atriz nacional favorita e era um grande sonho meu conhecê-la, tirar uma foto com ela, ou mesmo apenas um autógrafo. E na lista, esse sonho estava classificado como Muito Difícil.

Voltando a história, eu estava na livraria do Botafogo Praia Shopping com meu irmão, Felipe e um colega de sala dele, o Leandro. A gente estava lendo o livro 100 coisas para fazer antes de morrer quando entra na livraria uma menina muito bonita. Eu olhei para ela e pensei "Engraçado, ela parece a Juliana Lohmann." e continuei olhando o livro com os caras. Só que eu não conseguia parar de olhar para ela. A menina se parecia demais com a atriz. Era inacreditável que a Juliana Lohmann estivesse ali, na minha frente. Então eu falei "Gente, acho que aquela moça ali de costas é atriz de TV." O Leandro passou perto dela e voltou dizendo "É sim. É aquela menina que fez malhação há algum tempo..."
Era a confirmação. Mal podia acreditar que eu estava perto dela. Não poderia deixar a chance de pedir um autógrafo, ou mesmo de falar com ela, escapar. Chamei meu irmão num canto e pedi a ele uma caneta e um papel (ele tinha acabado de sair da escola). Tímido e com a garganta seca, cheguei perto dela e disse "Oi, você é a Juliana Lohmann?". Ela olhou para mim e, sorrindo, respondeu "Sou eu sim."
"É que eu sou um grande fã seu, e você poderia me dar um autógrafo?" perguntei. "Obrigada, claro!" disse a Juliana pegando o caderno e autografando. Meu irmão, logo atrás, também pediu um e ela autografou. "Vocês querem autógrafo pra mais alguém?" ela perguntou depois de assinar o caderno pela segunda vez. Então eu disse. "Posso tirar uma foto com você?" Simpática, ela respondeu, "Pode sim" e a gente posou para a foto. Sabem, aqueles poucos segundos que ficamos juntos, foram uns dos melhores da minha vida, sem dúvida nenhuma. Não é todo o dia que a gente realiza um sonho. Na minha lista de coisas a fazer, o item 6 era exatamente aquele, tirar uma foto com ela. Foi muito melhor que eu sonhei que seria. Ao tirarmos a foto, fomos ver como tinha ficado. Eu pisquei na hora e a Juliana disse "Ah, você ficou de olhos fechados. Vamos tirar outra." Nossa, foi muito melhor que eu tinha imaginado! Não tirei apenas 1 foto com ela, tirei 2! Tá, uma foi apagada, mas, nossa, foi muito bom! Depois a gente tirou uma foto dela com meu irmão. Nos despedimos e seguimos nossos caminhos.
Além da alegria de ter encontrado uma "ídala" minha, fiquei muito feliz com a simpatia dela. Ao contrário de muito ídolo por aí, a Juliana foi super educada e atenciosa conosco. Deu os autógrafos, tirou as fotos, conversou conosco, tudo isso na maior boa vontade. Isso sem contar que ao vivo, ela é muito mais linda que na TV ou nas revistas...

Mas, como tudo de bom na vida, foi tudo muito rápido... É engraçado, agora fico lembrando de quando eu era menor, tinha meus 11, 12 anos e a via na TV ou naquelas revistas femininas que minhas primas colecionavam. Ficava me imaginando conhecendo ela, talvez numa praia do Rio (eu ainda morava em SP) ou numa festa... Sei lá. Imaginava que na hora eu não teria coragem de falar com ela. Empacaria e ela iria embora. Na vida real foi bem diferente. Foi mais legal, vê-la de perto, falar com ela, olhar em seus olhos...
Certamente, esse 5 de novembro será um dos meus dias inesquecíveis...

Lucas C. Silva

sábado, 3 de novembro de 2007

A "verdade" sobre Divinópolis - Minas Gerais

Divinópolis é a capital não oficial do Brasil. Com uma população estimada em 15 milhões e uma renda per capta de aproximadamente 100 mil dólares, é a mais importante cidade do Universo. O PIB é de 150 bilhões de dólares. A espectativa de vida é de 130 anos, por isso recebe imigrantes de 293 países do mundo. Por falar nisso, lá estão localizadas embaixadas de 312 países. No Google Earth só mostra o centro da cidade, pois, se fosse mostrar tudo, seriam necessários 3 Google Earths.
Lá estão localizadas as principais rios do país, o Rio Itapecerica e Pará; a principal rua de negócios do Brasil, a Rua Goiás; o principal aeroporto; o maior edifício, o Costa Rangel; e o maior estádio do mundo, que sediará a final da Copa de 2014, o Estádio Farião. As mais belas mulheres do Brasil nascem em Divinópolis. São ganhadoras de Miss Universo há 4000 anos consecutivos. A última não-divinopolitana que venceu o Miss Universo foi Cleópatra-mãe. Nossa Festa da Cerveja é imitada no mundo inteiro. A imitação mais famosa é a Oktoberfest
A mais bela praia do litoral mineiro está localizada a poucos quilômetros do centro da cidade-estado.
A Barragem de Cajuru é conhecida por sua água com propriedades curativas.
Por questão de segurança, a imprensa não divulga a importância da cidade. Se fosse divulgada, todos os países do mundo tentariam invadir Divinópolis. Claro que nenhum ia conseguir, seus exércitos seriam mortos pelo Exército Imperial Divinopolitano, que não sofreria sequer um arranhão. Chuck Norris, Capitão Nascimento e Danilinho seriam chamados para invadir a cidade, mas seriam derrotados sem dó. Para evitar esse massacre mundial, o governo brasileiro esconde a importância de Divinópolis.

Outro motivo pra Divinópolis ser a cidade mais importante do Universo, é que foi lá que eu nasci.

Lucas C. Silva

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Saudade de um time que não vi jogar

Esse campeonato brasileiro de 2007 é um dos piores que eu já vi. Só perde praquela palhacada que foi o de 2005. Vendo esses times fracos e esses jogadores mercenários jogando, não consigo deixar de pensar no futebol dos anos 80. Principalmente na seleção do Galo daquela época. E, apesar de não ter visto eles jogando, confesso que sinto muita saudade daquele time...
Nos anos 80, o Galo não tinha um time, tinha uma seleção. Com Reinaldo, Éder Aleixo, Nelinho, João Leite, Toninho Cerezo e tantos outros, só os juizes eram capazes de nos parar (né, senhor José Rouberto Wright?). Naquela época, os jogadores jogavam com amor à camisa, não amor ao dinheiro. Pergunte a João Leite, Éder ou Reinaldo qual é o time do coração deles. Com certeza responderão "Galo, é claro!"
São são iguais a uns Ronis da vida por aí que, enquanto jogavam no Galo, diziam "Posso receber os maiores salários do mundo, mas nada se compara a jogar pelo Atlético." e depois vão para o Cruzeiro, marcam gol contra o Galo e ainda comemoram... Claro, isso acontece com vários jogadores de vários clubes, mas como sou atleticano, vou falar do que eu sei.
Naquela época, os bons jogadores ficavam no Brasil, defendiam suas cores até o fim de suas carreiras. Hoje em dia, o cara começa a se destacar aí vem os times europeus querendo comprar eles... Enquanto o futebol europeu está lá, indo muito bem, obrigado, o brasileiro está assim, os times classificados para a Libertadores brigando para não caírem pra segundona...
Imagina um Atlético dos anos 80, ou até um Flamengo mesmo (Claro, sempre jogaram com 12 em campo - 1 goleiro, 4 zagueiros, 4 meias, 2 atacantes e 1 juiz. Dizem que o maior ídolo do Flamengo na época foi um tal de José Rouberto Wright...) jogando hoje em dia. Até o fim do campeonato, Reinaldo, Éder, Zico e outros estariam jogando na Europa.
Dizem que sou saudosista, sou museu, que gosta de ficar lembrando do passado e essas coisas. Com certeza! Gosto de futebol arte, jogado com raça e amor à camisa. Sinto muitas saudades de uma época que infelizmente não pude acompanhar...

Lucas C. Silva