No primeiro dia de suas férias, Eduardo e Mariana estavam em seu carro, ouvindo Victor e Léo e deixando para trás todo estresse e confusão de Belo Horizonte. Estavam viajando para a Serra do Cipó, na região central de Minas Gerais.
Se iam parar na Serra do Cipó, ou seguir a diante, ainda não sabiam. Na verdade, a viagem foi decidida de uma hora para outra na noite anterior, numa conversa que o casal teve um pouco antes de dormir:
"Mari, eu tava aqui pensando" disse Eduardo acariciando os cabelos da noiva.
"O que, amor?"
"Lembra que eu sempre quis pegar o carro e sair sem rumo por aí?"
"Lembro."
"Vamos fazer isso? Pegar o carro e sair sem destino pelo interior?"
"Mas sem planejar nada, Edu?"
"É, uai! Ah, todas as férias é a mesma coisa. A gente vai pra Divinópolis ou pra Guarapari. Ou então a gente fica aqui, indo pra Pampulha, Parque Municipal e Mineirão... Vamo fazer alguma coisa diferente!"
"Tá, mas pra onde a gente vai?"
"Ah, a gente sempre quis ir na Serra do Cipó. Vamo lá!"
Mariana hesitou um pouco, mas acabou aceitando o convite do noivo.
Naquela hora estavam em Vespasiano, pegando a MG 010. Em poucas horas estariam chegando na Serra. Mariana se virou para o noivo e disse:
Se iam parar na Serra do Cipó, ou seguir a diante, ainda não sabiam. Na verdade, a viagem foi decidida de uma hora para outra na noite anterior, numa conversa que o casal teve um pouco antes de dormir:
"Mari, eu tava aqui pensando" disse Eduardo acariciando os cabelos da noiva.
"O que, amor?"
"Lembra que eu sempre quis pegar o carro e sair sem rumo por aí?"
"Lembro."
"Vamos fazer isso? Pegar o carro e sair sem destino pelo interior?"
"Mas sem planejar nada, Edu?"
"É, uai! Ah, todas as férias é a mesma coisa. A gente vai pra Divinópolis ou pra Guarapari. Ou então a gente fica aqui, indo pra Pampulha, Parque Municipal e Mineirão... Vamo fazer alguma coisa diferente!"
"Tá, mas pra onde a gente vai?"
"Ah, a gente sempre quis ir na Serra do Cipó. Vamo lá!"
Mariana hesitou um pouco, mas acabou aceitando o convite do noivo.
Naquela hora estavam em Vespasiano, pegando a MG 010. Em poucas horas estariam chegando na Serra. Mariana se virou para o noivo e disse:
"Aqui, eu preciso de ir no banheiro, vamos parar?"
"Vamos, sim. Deixa só eu achar uma lanchonete, que a gente também já toma o café."
"Tá."
Passaram por duas lanchonetes em Vespasiano, mas Mariana não quis parar nelas. Então só foram parar quilômetros a frente, em Lagoa Santa. Era uma lanchonete limpinha e acolhedora. Suas paredes estavam cheias de pôsteres dos times da capital e de fotos de pessoas famosas que ali passaram, a maioria, jogadores do time que tinha um CT na cidade. A não ser pelo dono do bar, um velho de olhar amigável, não havia mais ninguém ali.
Mariana foi ao banheiro enquanto Eduardo ia fazendo os pedidos. O dono do bar, perguntou ao rapaz:
"Estão viajando pra onde?"
"Pra ser sincero, nem nós mesmo sabemos direito. A gente tá querendo ir pra Serra do Cipó, mas a gente tá conhecendo a região também. O senhor tem alguma sugestão de lugar aqui perto que a gente possa conhecer?"
"Tem a Lapinha."
"Lapinha?"
"É, um vilarejo a uns quilômetros daqui. Lá tem uma gruta muito bonita, que recebe visitantes de todo o Brasil."
"Legal. Mas como que eu chego lá?"
O dono do bar contou para Eduardo o caminho e este contou à noiva sobre a gruta assim que ela chegou. Mariana, que já tinha visto fotos do local, entusiasmou-se muito com a idéia e antes do rapaz convidar, ela já disse que queria fazer uma visita.
15 minutos depois, Eduardo e Mariana estavam chegando ao vilarejo de Lapinha, a cerca de 3 quilômetros da gruta. Eduardo estacionou o carro numa pracinha no centro do vilarejo e seguiu a pé com a noiva. O dia claro e o clima de interior estavam deixando o passeio ainda melhor.
Na Gruta da Lapinha, o casal foi acompanhado do guia Ricardo. Enquanto caminhavam pelas fascinantes formações, que a água esculpiu na pedra por milhões de anos, o guia contou que a gruta havia sido descoberta pelo arqueólogo dinamarquês, Dr. Peter Lund em meados de 1835. Ali haviam sido encontrados vários fósseis, sendo o mais importante, de um ser humano que viveu ali há 12 mil anos. As formações de pedra eram impressionantes, pareciam ter sido esculpidas à mão. Após quase uma hora de passeio, eles sairam e o sol que brilhava ao entrarem na caverna, havia dado lugar a uma chuva pesada.
Sem guarda-chuvas, Eduardo e Mariana andaram os três quilômetros que os separavam do carro. Não se importavam com a chuva que caía, estavam querendo mesmo é aproveitar o passeio. Ensopados, entraram na pick up e seguiram seu caminho.
Continua...
Lucas C. Silva
ps. as fotos desse conto são reais, dos lugares onde os personagens estão passando.
*Fotos de Carlos Fabiano Braga, felixaustria
"Vamos, sim. Deixa só eu achar uma lanchonete, que a gente também já toma o café."
"Tá."
Passaram por duas lanchonetes em Vespasiano, mas Mariana não quis parar nelas. Então só foram parar quilômetros a frente, em Lagoa Santa. Era uma lanchonete limpinha e acolhedora. Suas paredes estavam cheias de pôsteres dos times da capital e de fotos de pessoas famosas que ali passaram, a maioria, jogadores do time que tinha um CT na cidade. A não ser pelo dono do bar, um velho de olhar amigável, não havia mais ninguém ali.
Mariana foi ao banheiro enquanto Eduardo ia fazendo os pedidos. O dono do bar, perguntou ao rapaz:
"Estão viajando pra onde?"
"Pra ser sincero, nem nós mesmo sabemos direito. A gente tá querendo ir pra Serra do Cipó, mas a gente tá conhecendo a região também. O senhor tem alguma sugestão de lugar aqui perto que a gente possa conhecer?"
"Tem a Lapinha."
"Lapinha?"
"É, um vilarejo a uns quilômetros daqui. Lá tem uma gruta muito bonita, que recebe visitantes de todo o Brasil."
"Legal. Mas como que eu chego lá?"
O dono do bar contou para Eduardo o caminho e este contou à noiva sobre a gruta assim que ela chegou. Mariana, que já tinha visto fotos do local, entusiasmou-se muito com a idéia e antes do rapaz convidar, ela já disse que queria fazer uma visita.
15 minutos depois, Eduardo e Mariana estavam chegando ao vilarejo de Lapinha, a cerca de 3 quilômetros da gruta. Eduardo estacionou o carro numa pracinha no centro do vilarejo e seguiu a pé com a noiva. O dia claro e o clima de interior estavam deixando o passeio ainda melhor.
Na Gruta da Lapinha, o casal foi acompanhado do guia Ricardo. Enquanto caminhavam pelas fascinantes formações, que a água esculpiu na pedra por milhões de anos, o guia contou que a gruta havia sido descoberta pelo arqueólogo dinamarquês, Dr. Peter Lund em meados de 1835. Ali haviam sido encontrados vários fósseis, sendo o mais importante, de um ser humano que viveu ali há 12 mil anos. As formações de pedra eram impressionantes, pareciam ter sido esculpidas à mão. Após quase uma hora de passeio, eles sairam e o sol que brilhava ao entrarem na caverna, havia dado lugar a uma chuva pesada.
Sem guarda-chuvas, Eduardo e Mariana andaram os três quilômetros que os separavam do carro. Não se importavam com a chuva que caía, estavam querendo mesmo é aproveitar o passeio. Ensopados, entraram na pick up e seguiram seu caminho.
Continua...
Lucas C. Silva
ps. as fotos desse conto são reais, dos lugares onde os personagens estão passando.
*Fotos de Carlos Fabiano Braga, felixaustria
9 comentários:
bom texto ....
bom blog....
gostei...
bjkssss
www.daniilopes.blogspot.com
Cara, bacana seu blog... primeiro pelo símbolo do centenário do nosso glorioso e pelo post sobre a gruta da Lapinha... bacana mesmo.
Abraçoo!
pode deixar que aviso quando continuar a historia... brigadim... bjão
www.daniilopes.blogspot.com
aaaah.. altos texto!
quero ler a continuação.
auhhaua
adorei o blog \o
beeijos :*
retribuindo o comentário! gostei desse texto, não consegui parar de ler por um instante, gostei dessa idéia de colocar suas viagens, acho legal ler fatos da vida! parece ter sido bem interessante! o pessoal de BH gosta muito de visitar grutas em cidades vizinhas, afinal, sao lindas as riquezas naturais de MG!
Estamos vivendo um romance turístico...
Acho que gostei da idéia.
Quem sabe eu não pesquise melhor minhas próximas férias com referências boas, deste tipo?
Cara, nao deu pra postar o MEME na nova postagem ok?
Mais eu vou postar na proxima, valeu
Abraços
ai que sooodade da minha terrinha... das montanhas mineiras... da estraada... adoorei a históriaaaa, principalmente porque se passa no melhor Estado do Brasil=)
te falei que era emlhor pensar em coisas boas... por exemplo, Minas ! hehehehe
queem sabe eu estrelo o filme né... o sonho do meu irmão é ser diretor de cinema... vai que um dia acontece né !
Já tive a oportunidade de ir visitar a gruta da lapinha algumas vezes, e é bem legal...
Aqui tb tem a gruta Rei do Mato, que fica em Sete lagoas e a Gruta do Maquiné, que num sei o nome da cidade que fica....
É uma pena que alguns vândalos destruam esses patrimonios...
Postar um comentário