12 de junho de 2009. Entre 9:30 e 10 horas da manhã.
Era uma manhã fria, apesar de ensolarada. Muita gente aproveitava o feriado prolongado de Corpus Christi pra fazer caminhada ao redor da Lagoa do Parque Municipal de Belo Horizonte. Ao passar por um casal, que aproveitava aquele Dia dos Namorados, sentado num banquinho perto da Ilha dos Amores, uma mulher com roupa de ginástica disse:
- Quanto amor!
O casal sorriu para ela, que mal sabia, mas aqueles eram os primeiros momentos dos dois juntos.
Uma série de coincidências os levou até ali. Ele, mineiro, morador do Rio de Janeiro. Ela, mineira, que passou no vestibular da universidade que ele estudava no Rio, mas que ficou por Minas mesmo. Duas pessoas que começaram a se falar via msn, meio que por acaso, e foram se aproximando e se apaixonando.
Marcaram de se encontrar um dia.
- Que tal no Corpus Christi? É um feriado prolongado, poderei ir aí em Minas - disse ele.
- Uai, pode ser. Quando cai?
- Tcho ver aqui... 11, 12, 13, 14 de junho. Dia 11 vou pra minha cidade. Aí dia 12 vou aí em Beagá.
O que nenhum dos dois se lembrava, era que o dia 12 de junho era o Dia dos Namorados.
Ele, sem jeito, sentado ao lado dela, esticou seu braço e pegou a mão da menina. Ela não resistiu. Ele, sem jeito, sentado ao lado dela, deitou a cabeça em seu ombro. Ela deixou. Ele, sem jeito, sentado ao lado dela, começou a acariciá-la. Ela retribuiu. Paixão inocente, sem segundas intenções. Apenas troca de carinho e de palavras doces.
Naquele momento, a ficha caiu para ele. Não era um sonho, não era uma idealização. Ele estava ali, ao lado dela, deitado no ombro dela, como sempre quis, de mãos dadas com ela, como sempre quis, fazendo e recebendo carinho dela, como sempre quis. A felicidade existia, e não dependia de dinheiro, nem luxos, nem nada daquilo. Bastava a menina que tanto adorava e um banquinho ao lado de uma lagoa num parque.
O momento se foi para sempre. Passou um dia, que se transformou numa semana. A semana se juntou a outras e se transformaram num mês. Os meses foram se sucedendo até chegarmos no dia de hoje, quando completa um ano.
Foi-se o parque, foi-se a menina, foi-se o amor. Sobrou apenas o rapaz, sua saudade e suas lembranças.
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso há momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"
Citação de Fernando Pessoa na dedicatória escrita no livro que ela deu a ele naquela manhã.
Lucas C. Silva
Era uma manhã fria, apesar de ensolarada. Muita gente aproveitava o feriado prolongado de Corpus Christi pra fazer caminhada ao redor da Lagoa do Parque Municipal de Belo Horizonte. Ao passar por um casal, que aproveitava aquele Dia dos Namorados, sentado num banquinho perto da Ilha dos Amores, uma mulher com roupa de ginástica disse:
- Quanto amor!
O casal sorriu para ela, que mal sabia, mas aqueles eram os primeiros momentos dos dois juntos.
Uma série de coincidências os levou até ali. Ele, mineiro, morador do Rio de Janeiro. Ela, mineira, que passou no vestibular da universidade que ele estudava no Rio, mas que ficou por Minas mesmo. Duas pessoas que começaram a se falar via msn, meio que por acaso, e foram se aproximando e se apaixonando.
Marcaram de se encontrar um dia.
- Que tal no Corpus Christi? É um feriado prolongado, poderei ir aí em Minas - disse ele.
- Uai, pode ser. Quando cai?
- Tcho ver aqui... 11, 12, 13, 14 de junho. Dia 11 vou pra minha cidade. Aí dia 12 vou aí em Beagá.
O que nenhum dos dois se lembrava, era que o dia 12 de junho era o Dia dos Namorados.
Ele, sem jeito, sentado ao lado dela, esticou seu braço e pegou a mão da menina. Ela não resistiu. Ele, sem jeito, sentado ao lado dela, deitou a cabeça em seu ombro. Ela deixou. Ele, sem jeito, sentado ao lado dela, começou a acariciá-la. Ela retribuiu. Paixão inocente, sem segundas intenções. Apenas troca de carinho e de palavras doces.
Naquele momento, a ficha caiu para ele. Não era um sonho, não era uma idealização. Ele estava ali, ao lado dela, deitado no ombro dela, como sempre quis, de mãos dadas com ela, como sempre quis, fazendo e recebendo carinho dela, como sempre quis. A felicidade existia, e não dependia de dinheiro, nem luxos, nem nada daquilo. Bastava a menina que tanto adorava e um banquinho ao lado de uma lagoa num parque.
O momento se foi para sempre. Passou um dia, que se transformou numa semana. A semana se juntou a outras e se transformaram num mês. Os meses foram se sucedendo até chegarmos no dia de hoje, quando completa um ano.
Foi-se o parque, foi-se a menina, foi-se o amor. Sobrou apenas o rapaz, sua saudade e suas lembranças.
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso há momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"
Citação de Fernando Pessoa na dedicatória escrita no livro que ela deu a ele naquela manhã.
Lucas C. Silva
4 comentários:
Lucas, muito bom o seu texto. Tem muita sensibilidade e está emocionante. Gostei demais.
Adorei!!! ^^
Muito lindo!
Linda história... ♥
ahhhhh vou chorar =//
lindo e triste... mas acredito que tudo acontece por um motivo e que muitas vezes nos falta a sensibilidade para entender porque este motivo existe. Felicidade existe e continua existindo... dentro de nós :)
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