Chile. Para mim (e para 95% dos brasileiros que tem um mínimo de noção de geografia) sempre foi aquele pais esticado ocupando quase toda costa oeste da América do Sul. Um dos únicos países que não faz divisa com o Brasil (o outro é o Equador). O país, cuja capital é Santiago, recebeu muitos brasileiros que escaparam da Ditadura por aqui, mas que tiveram que fugir quando Augusto Pinochet promoveu seu golpe militar por lá, num 11 de setembro (ô data!) de 1973. É conhecido pelos Andes, pelos vinhos e cobre, pelo Atacama (deserto mais seco do mundo), pelos terremotos, pelos Sobreviventes nos Andes (clássico do Corujão da Rede Globo) e pelos 33 mineiros que ficaram presos em Copiapó no ano passado.
Tirando o que a gente ouve nas aulas de Geografia (Qual é a capital do Chile? Quem nasce no Chile é o quê? Que país na América do Sul não faz divisa com o Brasil?) o contato mais marcante que tive com o país vem de um tio meu que trabalhou por lá durante algum tempo (e me trouxe duas fotos do país), e do livro Meninos Sem Pátria, da coleção Vaga-Lume. No livro (de onde tirei o título dessa postagem), uma família de brasileiros se refugia na terra de Neruda, fugindo da nossa ditadura militar e, de lá, vai para Paris, fugindo de Pinochet. Também me lembro de dois nomes ao ouvir falar de nossos vizinhos, Salas e Zamorano, dois jogadores da Copa do Mundo de 1998. Por que lembro deles? Não sei. Por que estou falando do Chile? Porque este é o primeiro país que vou visitar, daqui a aproximadamente um mês (dependendo de quando você ler isso, eu posso estar por lá, ter voltado ao Brasil ou mesmo ter voltado ao Chile).
Desde que uma grande amiga minha foi para lá, graças ao intercâmbio, estava quase certo de que eu visitaria o país, a princípio, para fazer um mochilão. A viagem duraria duas semanas, saindo de Santiago, para só Deus sabe onde... Mas, por problemas de prazos e destinos, acabei antecipando a viagem em um mês. E que mês demorado! Parece que, desde que comprei as passagens, passaram-se 2 anos! E parece que tem mais 10 anos até o dia 22 de junho!
O que espero do Chile? Primeiro, um país muito bonito. O que andei lendo e vendo sobre o lugar é animador. Ainda mais considerando que estarei indo em junho, quando as temperaturas em Santiago são mais baixas. Com sorte, encontrarei uma cidade repleta de árvores peladas, telhados brancos e aquele vento gelado que pede um copo de chocolate fumegante. Nevar não neva. Mas chove e a chuva congela. Chuva congelada é, para um brasileiro que nunca saiu do país, neve. Por falar em neve, a imagem dos Andes brancos no horizonte santiaguino (obrigado Google) deve ser fantástico! Eu já acho impressionante a Serra do Curral em Belo Horizonte (literalmente), imagina os Andes! Outra coisa que espero ansiosamente ver é o Oceano Pacífico. Quando você nasce num estado sem mar e ouve as pessoas passarem a vida inteira falando isso para você, molhar os pés num segundo oceano é questão de honra. Mas não é só isso que quero conhecer no Chile. Quero conhecer a culinária local, cultura e costumes. Quero hablar en mi portuñol de mierda com as pessoas que vivem por lá, na medida do possível fazer novos amigos. Quero quebrar pré-conceitos e clichês com o país. Em resumo, estou morrendo de ansiedade para pegar os aviões, fazer a viagem de quase 11 horas (por causa das inúmeras horas gastas em conexões) e finalmente pisar em novas terras!
Mas, nem tudo é festa. Quem nunca saiu do Brasil, nunca lidou com outras moedas e muito menos pisou na neve, tem suas dúvidas. Na verdade, elas se resumem em duas perguntas: 1) Qual é a melhor forma de converter o dinheiro? Vai direto para Peso ou passa pelo Dólar? 2) Como cobrir pés e mãos na neve? Luvinhas de lã que usamos por aqui são suficientes ou precisamos de mais coisas? E para os pés? Vale a pena usar mais de uma meia? Se alguém puder responder...
Mas, nem tudo é festa. Quem nunca saiu do Brasil, nunca lidou com outras moedas e muito menos pisou na neve, tem suas dúvidas. Na verdade, elas se resumem em duas perguntas: 1) Qual é a melhor forma de converter o dinheiro? Vai direto para Peso ou passa pelo Dólar? 2) Como cobrir pés e mãos na neve? Luvinhas de lã que usamos por aqui são suficientes ou precisamos de mais coisas? E para os pés? Vale a pena usar mais de uma meia? Se alguém puder responder...
Bem, eu acho que é isso. Como já disse outras vezes, não sou muito fã desse negócio de blog diário, mas as vezes é bom. Espero voltar a escrever por aqui em breve.
Até mais e obrigado pelos comentários!
Lucas C. Silva
2 comentários:
tenha uma boa viajem pequeno cavaleiro da terra que nunca viu o mar
Muito bacana o post, Lucas!! E vc postou nele mais coisas que eu sabia antes de vir para cá, rsrs (e eu nunca vi o filme do Corujão! rsrs)
Tenho certeza que vc gostará muito da viagem e do Chile. É sem dúvidas um local que vale a pena ser visitado.
Para te ajudar com suas dúvidas, ainda que não tenha muita experiência com o inverno chileno:
- Para proteger pés e mãos na neve vc usa meias grossas (umas 2 tá legal) e luvas de lã grossa (se não tiver ai não esquenta não que dá p vc comprar aqui por menos de 4 reais). Eu sei que vc está hiper animado p ver a neve (eu tbm, óbvio), mas a gente vai passar poucas horas por lá, então não se preocupe tanto com o tempo que o seu pé ficará em contato com ela! rsrs
- E sobre o dinheiro, traga reais e converta aqui direto p pesos, o câmbio compensa mais.
Estou animada com sua visita, te espero aqui amigo!
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