Encostados no parapeito, eles pararam de conversar. Desde que haviam se encontrado, algumas horas antes, não tinham parado de conversar. A química existia. Eles sentiam isso. Agora era tomar o próximo passo.
Silêncio do casal. Os olhos dele se encontraram com os dela. Frio na barriga. Aquele frio na barriga que eles já tinham sentido com outras pessoas tantas vezes antes. Sorrisos sem graça. Os rostos se aproximando. Os olhos fechados e o beijo. O primeiro beijo. Ele, finalmente, estava beijando a menina que gostava. A primeira menina que gostava havia anos.
Terminaram de se beijar e se olharam, sorrindo.
Crônica publicada em 6 de novembro de 2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário